Sem resumo de edição
(Vídeo YouTube)
Etiqueta: editor de código 2017
 
(4 revisões intermediárias por 2 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
Primogênito da sueca Ida Christina Bergström e do português Manoel Lourenço
Manuel Bergström Lourenço Filho foi um educador e pensador da educação e da psicologia, conhecido por sua participação no movimento da Escola Nova, na criação de laboratórios de psicologia e pela sua importância como pioneiro da relação entre psicologia e educação no Brasil. Primogênito da sueca Ida Christina Bergström e do português Manoel Lourenço Filho, ele nasceu em Porto Ferreira no estado de São Paulo em 10 de março de 1897. Estudou direito no Largo do São Francisco, em São Paulo, e trabalhou em várias instituições brasileiras, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Ceará. Viveu seus últimos dias no Rio de Janeiro, onde faleceu em 3 de agosto de 1970 com 73 anos, deixando uma vasta produção de obras.
Filho, Manoel Bergström Lourenço Filho é conhecido por
==Biografia==
sua grande importância enquanto pioneiro da relação entre psicologia e
Da pequena cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo, Lourenço Filho era cuidado por sua mãe, junto de seus sete irmãos, enquanto seu pai trabalhava como comerciante. O comércio familiar era muito diverso, mas concentrava-se basicamente na venda de materiais de fotografia e de livros. A família dele possuía também uma tipografia, um jornal semanal intitulado A Folha e um cinema.  
educação no Brasil. Nascido em Porto Ferreira - São Paulo, no dia 10 de março de 1897, foi
um educador e pedagogista renomado, sobretudo, por sua participação no movimento dos
pioneiros da Escola Nova. Viveu seus últimos dias no Rio de Janeiro e faleceu em 3 de agosto
de 1970 com 73 anos, deixando uma vasta produção de obras.
=Biografia=
Vida e Formação profissional
Da pequena cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo, Lourenço Filho sendo o
primogênito dos seus sete irmãos, era, junto deles, cuidado por sua mãe enquanto seu pai
trabalhava como comerciante. O comércio da família tinha como característica a
diversificação e o trabalho com bens culturais, basicamente venda de livros e materiais para
fotografia. A família possuía também uma tipografia, um jornal semanal intitulado A Folha e
um cinema.


Diferente de outros intelectuais de sua época que assumiram posições de destaque no
Diferente de outros intelectuais do campo educacional de sua época que assumiam suas posições por conta de heranças familiares, Lourenço Filho obteve suas conquistas através de seu esforço pessoal, sua formação escolar no ensino médio público, seu autodidatismo e do apoio de sua família que valorizava a cultura em suas diversas formas. No ano de 1903, em sua cidade natal, deu início a sua vida escolar com seis anos, dando sequência na cidade vizinha, Santa Rita de Passa Quatro. Após as insistências do professor Ernesto Moreira, matriculou-se no Ginásio de Campinas, porém devido à família numerosa, seu pai enfrentou dificuldades para mantê-lo naquela instituição. Assim, no final do ano letivo, ele teve que deixar o Ginásio. Em 1911 retomou seus estudos após conseguir o primeiro lugar na recém-inaugurada Escola Normal Primária de Pirassununga, onde obteve orientação do mestre de francês e pedagogia Antonio de Almeida Júnior. Lourenço Filho se formou no ano de 1916 e mudou-se para São Paulo para receber o diploma de professor pela Escola Normal da Praça da República, após cursar os seus últimos dois anos de ensino na capital. Essa era a primeira escola-modelo de São Paulo que tinha como objetivo modelar a educação no estado e no país e formar professores. Em seguida matriculou-se na Faculdade de Medicina para estudar psiquiatria, mas a abandonou dois anos depois. Em 1919, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se dez anos depois, trajetória longa em virtude de suas interrupções pelas várias atividades paralelas que desenvolveu, com destaque no campo educacional.  
campo educacional em decorrer de heranças familiares, Lourenço, através de seu esforço
pessoal, obteve suas conquistas devido tanto a sua formação escolar no ensino público quanto
ao seu autodidatismo, além do apoio de sua família que valorizava a cultura em suas diversas
formas.


Em 1903, deu início a sua vida escolar aos seis anos de idade, em sua cidade natal,
Pode-se dizer que sua carreira profissional foi precoce. Aos oito anos elaborou seu próprio jornal, O Pião, em que exercia todas as funções como por exemplo chefe, tipográfico e redator. Mais tarde, trabalhou em outros jornais como o Jornal do Comércio, no Estado de São Paulo e na Revista do Brasil.
dando sequência aos estudos na cidade vizinha, Santa Rita do Passa Quatro. Cedendo às
insistências de seu professor Ernesto Moreira, matriculou-se no Ginásio de Campinas, porém
devido à família numerosa, seu pai teve dificuldade para mantê-lo. Assim, no final do ano,
ele teve que deixar o Ginásio. Retomou seus estudos em 1911, após conseguir o primeiro
lugar nos exames de admissão para a recém-inaugurada Escola Normal Primária de
Pirassununga, onde teve como grande mestre de francês e pedagogia Antonio de Almeida
Júnior. Formado no ano de 1916, mudou-se para São Paulo para cursar os dois últimos anos
na Escola Normal da Praça da República, recebendo novo diploma de professor. Sendo esta a
primeira escola-modelo de São Paulo cujo objetivo era a formação de professores, tornando-se uma referência em educação no estado e no país. E em seguida, se matriculou na Faculdade de Medicina para estudar psiquiatria, abandonando-a dois anos depois. Já em
1919, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se dez anos depois, em
1929, trajetória esta que fora longa em virtude de suas interrupções pelas várias atividades
paralelas que desenvolveu, com destaque no campo educacional.


Pode-se dizer que sua carreira profissional foi precoce, levando em consideração que,
Lourenço Filho se destacava como docente mesmo quando era aluno. Ele exercia suas habilidades administrando aulas particulares como preparação para os testes de admissão da Escola Normal Primária de Pirassununga. Em 1920 teve um novo contato com a atividade de lecionar na Escola Normal Primária de São Paulo, em que administrava diversas disciplinas acerca da pedagogia. No ano seguinte, fundou a Revista de Educação depois de ser nomeado para a cátedra de Pedagogia e Psicologia da Escola Normal de Piracicaba.  
aos 8 anos, elaborou seu próprio jornal, O Pião, em que ele mesmo exercia todas as funções
de chefe, redator e tipográfico. Mais tarde, trabalhou no Jornal do Comércio, no Estado de S.
Paulo e na Revista do Brasil.


Lourenço se destacava como docente mesmo sendo aluno, quando exercia habilidades
Em 1922 assumiu o cargo de Diretor da Instrução Pública no Ceará, onde realizou reformas que repercutiram no Brasil e que podem ser consideradas fonte dos movimentos de renovação educacional-pedagógica no país nas primeiras décadas do século XX. Em 1924, Lourenço assumiu a vaga de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de São Paulo, permanecendo por seis anos e tendo produzido muito nesse período. Nessas obras é possível notar grande influência da Psicologia Experimental. Em São Paulo, ao coordenar a educação, organizou o ensino e criou cursos de especialização para professores, onde exigiu as disciplinas de sociologia e psicologia. Convidou Noemi Rudolpher da Silveira e J. B. Damasceno Penna para trabalhar ao seu lado, e com Noemi criou o Laboratório de Psicologia Educacional na Escola Normal de São Paulo.
docentes desenvolvendo aulas particulares de preparação para os testes admissionais desde o
exame de admissão para a Escola Normal Primária de Pirassununga. Em 1920 teve um novo
contato com a atividade de lecionar, na Escola Normal Primária de São Paulo, em que
administrava diversas disciplinas pedagógicas. No ano seguinte, funda a Revista de Educação
depois de ser nomeado para a cátedra de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de
Piracicaba.


Em 1922 assumiu o cargo de Diretor da Instrução Pública no Ceará, onde suas
Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro para exercer funções de chefe de gabinete do Ministro da Educação, Francisco Campos, e em 1937 se tornou diretor geral do Departamento Nacional de Educação após ser nomeado por Gustavo Capanema. Entre 1938 a 1946 foi diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, sendo assim, o primeiro diretor Geral do INEP, que se tornou Instituto Nacional de Assuntos e Pesquisas Educacionais em 1972. Também dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, durante a gestão de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação do Distrito Federal.
reformas repercutiram no país e podem ser consideradas fonte dos movimentos nacionais de
renovação pedagógica das primeiras décadas do século. Em 1924 assume a vaga de
Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de São Paulo, permanecendo por 6 anos de muita
produção, nas quais é possível notar grande influência da Psicologia Experimental nesse
momento.


Em São Paulo, ao dirigir a educação, além de reorganizar o ensino criou cursos de
Em 3 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, Lourenço Filho faleceu vítima de um colapso cardíaco, aos 73 anos. Em sua homenagem, foram criadas escolas, como por exemplo, as escolas estaduais Professor Lourenço Filho em São João de Meriti e também em São Paulo, em 1972, o Colégio Lourenço Filho em Fortaleza em 1932, e também o grupo escolar Professor Lourenço Filho, existente desde 1950, em Cornélio Procópio.
aperfeiçoamento para professores e exigiu as disciplinas Psicologia e Sociologia. Convidou
==Contribuições==
Noemi Rudolpher da Silveira e J. B. Damasceno Penna para trabalhar ao seu lado e com
===Psicologia e Educação===
Noemi, criou o Laboratório de Psicologia Educacional na Escola Normal de São Paulo.
Lourenço Filho foi considerado pioneiro no relacionamento entre a psicologia e a educação no Brasil. Participou, então, de forma ativa da efetivação da psicologia como campo científico no Brasil além de atuar em várias áreas do campo educacional, principalmente naquelas que conectavam a ciência psicológica e a educação. Ele atuou nas reformas educacionais nos estados do Ceará (1922) e São Paulo (1930); foi docente na formação de professores que foram referência nacional, como os da Escola Normal de São Paulo e de Piracicaba; publicou diversos livros, incluindo infantis, e atuou também como prefaciador e tradutor de obras utilizadas de forma ampla na formação de professores. Lourenço esteve também outras posições administrativas.  
Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro exercendo funções de chefe de
gabinete do ministro da Educação Francisco Campos e em 1937, foi nomeado diretor geral
do Departamento Nacional de Educação por Gustavo Capanema. De 1938 a 1946 foi diretor
do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, sendo assim, o primeiro diretor Geral do INEP
(que apenas em 1972, passou a ser Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).


Também dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, durante a gestão de Anísio
O diploma da Escola Normal da Praça dava ao indivíduo a possibilidade de desfrutar de prestígio intelectual e institucional, era um título decisivo na carreira do profissional garantindo a ocupação de postos importantes no aparelho escolar. Durante a graduação de Lourenço Filho as ideias de Oscar Thompson, Clemente Quaglio e Ugo Pizzoli estavam em plena efervescência. Porém, Lourenço - mesmo tendo se formado por essa linha de pensamento - questionava as práticas psicofísicas que eram voltadas à classificação de escolares que possuíam como fonte predominante os pressupostos da escola de antropologia italiana de Cesare Lombroso, caso dos dois últimos desses professores. Esses debates mostravam as disputas existentes entre as diferentes escolas psicológicas, Lourenço e outros educadores da época questionavam o método analítico que fragmentava a vida psíquica e não conseguia medir a capacidade geral do sujeito.
Teixeira na Secretaria de Educação do Distrito Federal (então RJ).
Em 3 de agosto de 1970, no Rio, faleceu vítima de colapso cardíaco, aos 73 anos. Em
sua homenagem, foram criadas algumas escolas, como as escolas estaduais Professor
Lourenço Filho em São João de Meriti e em São Paulo, em 1972, o Colégio Lourenço Filho
em Fortaleza, em 1938, e também o grupo escolar Professor Lourenço Filho, existente desde
1950, em Cornélio Procópio.


=Contribuições=
A partir de 1927, ele atuou na coleção pedagógica Bibliotheca de Educação a organizando e implementando. Essa coleção publicava títulos estrangeiros traduzidos e originais de autores nacionais que mostravam as ideias que emergiram da Escola Nova. Essa foi considerada a primeira série de textos de divulgação pedagógica no Brasil. Segundo Monarcha (2001), essa série mostra o esforço para transformar a educação em atividade social sob amparo da ciência e apresentar esse material inovador de forma acessível para o público interessado e, ao mesmo tempo, recrutar um público leitor mais amplo.
==Psicologia e Educação==
Lourenço Filho foi considerado pioneiro na relação entre psicologia e educação no
Brasil, participou de forma efetiva do movimento de instituição da Psicologia como campo
científico no país além de atuar em várias instâncias do campo educacional, principalmente
das que relacionavam a ciência psicológica com a educação. Alguns desses setores foram nas
reformas que realizou na educação nos estados do Ceará (1922) e São Paulo (1930); na
docência em cursos de formação de professores que foram referência no Brasil, como os da
Escola Normal de São Paulo e de Piracicaba; na publicação de diversos livros, inclusive
infantis, além de ser prefaciador e tradutor de obras amplamente utilizadas na formação de
professores, entre outras posições administrativas.


Ser diplomado pela Escola Normal da Praça significava a possibilidade de desfrutar
As viagens que fazia pelo Brasil e para o exterior lhe proporcionavam uma vasta cultura que possibilitaram contribuir em áreas como Geografia, História do Brasil, Estatística, Sociologia e na Psicologia, em testes e medidas na educação e a maturação humana. Na educação, contribuiu em diversas áreas, como: educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino secundário, ensino técnico rural, universidades, educação didática, metodologia de ensino, administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de professores, educação física e literatura infanto-juvenil.
prestígio intelectual e institucional, sendo o diploma um título decisivo na carreira
profissional e na ocupação de postos importantes no aparelho escolar. Na época em que
Lourenço Filho ingressou nessa escola, estavam em plena efervescência as ideias de Oscar
Thompson, Clemente Quaglio e Ugo Pizzoli. Frisando que, embora tenha sido formado sob
estas influências, questionou as práticas psicofísicas voltadas à classificação de escolares que
tinham como fonte predominante os pressupostos da escola de antropologia italiana de Cesare
Lombroso, caso dos dois últimos desses professores. Questionando o método analítico que
fragmentava a vida psíquica e não conseguia medir a capacidade geral do sujeito, Lourenço e
outros educadores da época demonstram com tais críticas as disputas existentes entre
diferentes escolas psicológicas (Monarcha, 2001).


A partir de 1927, Lourenço Filho organizou e implementou, a coleção pedagógica
Sua contribuição estendeu-se também para a área política, onde expôs seus pensamentos sobre o ensino primário e a liberdade dos programas de ensino nas Conferências Nacionais de Educação de 1927 e 1928, em Curitiba e Belo Horizonte. Lourenço também foi um dos autores de maior importância no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.
Bibliotheca de Educação, que publicou títulos estrangeiros traduzidos e originais de autores
==Teorias e críticas==
nacionais que explicitam as idéias ascendentes da Escola Nova, sendo considerada a primeira
O movimento da Escola Nova surgiu no fim do século XIX e se desenvolveu fortemente no século XX na Europa e na América do Norte. O escolanovismo se focava na renovação na forma de ensino. Essa corrente de pensamento chegou ao Brasil em 1882 através de Rui Barbosa e teve Lourenço Filho como um de seus principais educadores juntamente com Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo. Na década de 30, a Escola Nova foi perseguida pelo governo provisório de Getúlio Vargas. Tal repressão inviabilizava a estabilidade das reformas sustentadas pelos envolvidos nas ideias de John Dewey que se aliaram e elaboraram o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, que sendo lançado em 1932 teve Lourenço Filho como um dos principais autores. Esse documento defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita.
série de textos de divulgação pedagógica no Brasil. Segundo Monarcha, essa série traduz o
esforço da educação em tornar-se uma atividade social especializada sob o amparo da ciência
e em apresentar os conhecimentos mais inovadores da época em matéria de educação
acessível ao público leitor interessado e, ao mesmo tempo, recrutar um público leitor mais
amplo.


As viagens que fazia pelo Brasil e para o exterior e sua vasta cultura lhe
Lourenço foi o brasileiro que mais pesquisou sobre a Escola Nova, sempre preocupado com a escola no contexto social e nas atividades realizadas na sala de aula. Ele acreditava que a Era Vargas era um momento propício para a reforma na educação por conta de uma das características essenciais do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova ser a superação do caráter discriminatório e antidemocrático do ensino nacional. Nesse período, os pobres recebiam educação profissionalizante e a elite era destinada à educação acadêmica. Além disso, temiam a interferência da Igreja Católica que insistia em implantar o ensino religioso nas escolas brasileiras. A militância católica considerava a educação baseada em princípios cristãos como a “verdadeira educação”. Eles criticavam, então, a laicidade implementada pela República, essa forma de ensino segundo eles “só instruía, não educava”.  
possibilitaram contribuir também em áreas como Geografia, História do Brasil, Estatística,
Sociologia e Psicologia (testes e medidas na educação, maturação humana). Na educação,
contribuiu nas áreas de educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino
secundário, ensino técnico rural, universidade, didática, metodologia de ensino,
administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de
professores, educação física e literatura infanto-juvenil.


Sua contribuição para a política também merece destaque, apresentou suas ideias
O movimento da Escola Nova foi criticado pelo caráter tecnicista de suas propostas educacionais, também foi criticado pela colaboração com Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, pois acreditava na proposta de modernização do governo querendo inserir, então, a educação nesse momento de “reformas”.
quanto ao ensino primário e à liberdade dos programas de ensino nas Conferências Nacionais
==Seguidores==
de Educação de 1927 e 1928, em Curitiba e Belo Horizonte, respectivamente, e foi um dos
A Escola Nova e esses pioneiros da educação influenciaram fortemente as gerações seguintes com grandes nomes como Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire. Esse movimento representou um esforço na superação da pedagogia da essência, por uma pedagogia da existência. Visando combater o modelo educacional repressor e dogmático, buscou promover a valorização do indivíduo. Assim, estabeleceu o caráter psicológico exercido pela pedagogia da existência.
atores mais importantes do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.


=Teorias=
==Obras==
A Escola Nova foi um movimento de renovação do ensino que surgiu no fim do
século XIX e ganhou força no início do século XX na Europa e América do Norte. Chegando
ao Brasil em 1882 por Rui Barbosa, teve Lourenço Filho como um de seus principais
educadores, juntamente com Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo. Na década de 30,
quando Getúlio Vargas assumiu o governo provisório, houve repressão e perseguição no
campo educacional em relação ao movimento da Escola Nova. Tal repressão inviabilizava a
manutenção das reformas sustentadas pelos envolvidos pelas ideias de John Dewey que se
aliaram e elaboraram o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, sendo lançadas as
bases e diretrizes de uma nova política de educação, no qual Lourenço Filho foi um dos
principais autores. Este documento defendia a universalização da escola pública, laica e
gratuita.
 
Ativo e preocupado com a escola no contexto social e nas atividades de sala de aula,
Lourenço foi o educador brasileiro que mais pesquisou sobre o movimento educativo da
Escola Nova. Lourenço acreditava que a Era Vargas fosse realmente de modernização, ou
seja, lhe pareceu um momento oportuno para reformar a educação devido ao governo. Um
dos objetivos fundamentais expressos no Manifesto dos Educadores da Escola Nova era a
superação do caráter discriminatório e antidemocrático do ensino brasileiro. Neste período, a
escola profissionalizante era direcionada para os pobres e o ensino acadêmico para a elite.
Além disso, temiam a força da militância católica, que insistia em instituir o ensino religioso
nas escolas, pois para ela a “verdadeira educação” seria aquela baseada em princípios
cristãos. Os pensadores católicos criticavam a tendência laica instalada pela República, para
eles essas “só instruem, não educam”.
=Críticas=
Além de ser criticado pelo caráter tecnicista de suas propostas educacionais, foi
criticado também por ter colaborado com o Estado Novo de Getúlio Vargas, pois acreditava
na proposta de modernização do governo e por isso achava ser um bom momento para
reformar a educação.
 
=Seguidores=
Os pioneiros da educação e o movimento da Escola Nova influenciaram fortemente a
nossa nova geração de educadores, com grandes nomes como Darcy Ribeiro, Florestan
Fernandes e Paulo Freire.
 
A “escola nova” representou um esforço na superação da pedagogia da essência, por
uma pedagogia da existência. Surge assim um modelo que visava combater a educação
dogmática e repressora, buscando se diferenciar por ser uma pedagogia que valoriza o
indivíduo. Dando, assim, o caráter psicológico exercido pela pedagogia da existência.
 
=Obras=
● Estatística e educação. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1940, 23 p.
● Estatística e educação. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1940, 23 p.


Linha 178: Linha 53:
● Psicologia de ontem e de hoje. São Paulo: Melhoramentos.
● Psicologia de ontem e de hoje. São Paulo: Melhoramentos.


=Prêmios=
==Prêmios==


* Ciência da Educação, Fundação Moinho Santista - 1963
* Ciência da Educação, Fundação Moinho Santista - 1963


=Ver também=
==Ver também==
[[Escola Normal de São Paulo]]
 
[[Escola Nova]]
 
[[Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova]]
 
[[Os testes ABC]]
 
==Boletim do Portal História da Psicologia==
Este verbete está publicado também no Boletim do Portal História da Psicologia, e pode ser acessado [https://doi.org/10.5281/zenodo.7492882 aqui]
 
==Vídeo==
<youtube>oPVQEI8YZec?si=63PlyVnuZuT6QyQy</youtube>
 
==Referências==
SGANDERLA, Ana Paola; CARVALHO, Diana Carvalho de. Lourenço Filho: um pioneiro da relação entre psicologia e educação no Brasil. Psicol. educ., São Paulo , n. 26, p. 173-190, jun. 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000100010&l>. Acesso em: 21 de abril de 2021.
 
LOURENÇO FILHO. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 17, n. 1, p. 53, 1997 . Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-98931997000100009>. Acesso em: 21 de abril de 2021.


* [[Escola Nova]]
LOURENÇO FILHO, Ruy; MONARCHA, Carlos. Por Lourenço Filho: uma bioblibliografia. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2001.


=Referências=
PEDROSA, José Geraldo; OLIVEIRA, Flávia Dueñas. A presença de Lourenço Filho na educação profissional brasileira dos anos 1950: trabalhos manuais e psicologia da aprendizagem. Multiverso: Revista Eletrônica do Campus Juiz de Fora - IF Sudeste MG, [S.l.], v. 4, p. e348, set. 2019. ISSN 2447-8725. Disponível em: <http://periodicos.jf.ifsudestemg.edu.br/multiverso/article/view/348>. Acesso em: 21 de abril de 2021.


# [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931997000100009&lng=e&#x20;n&nrm=iso Lourenço Filho - Biografia]. '''Psicol. cienc. prof.''', Brasília, v. 17, n. 1, p. 53, 1997.
MONARCHA, Carlos; LOURENÇO, Ruy (org.). Por Lourenço Filho: uma biobibliografia. Brasília - DF: [s. n.], 2001. 315 p. v. 1.  
# LOURENÇO FILHO, Ruy; MONARCHA, Carlos. Por Lourenço Filho: uma bioblibliografia. '''Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais'''. Brasília, 2001.
# PEDROSA, José Geraldo; OLIVEIRA DUENHAS, Flávia. [http://periodicos.jf.ifsudestemg.edu.br/multiverso/article/view/348 A PRESENÇA DE LOURENÇO FILHO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BRASILEIRA DOS ANOS 1950: TRABALHOS MANUAIS E PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM]. '''Multiverso: Revista Eletrônica do Campus Juiz de Fora - IF Sudeste MG''', [S.l.], v. 4, p. e348, set. 2019.
# MONARCHA, Carlos; LOURENÇO, Ruy (org.). Por Lourenço Filho: uma biobibliografia. Brasília - DF: [s. n.], 2001. 315 p. v. 1.
# SGANDERLA, Ana Paola; CARVALHO, Diana Carvalho de. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000100010&l Lourenço Filho: um pioneiro da relação entre psicologia e educação no Brasil]. '''Psicol. educ.''', São Paulo, n. 26, p.173-190, jun. 2008.


== Links externos ==
== Links externos ==
Linha 203: Linha 92:


=Autoria=
=Autoria=
Verbete criado inicialmente por: Gabriella Lobo e Nathália Meirelles, como exigência
Verbete criado inicialmente por: Gabriella Lobo e Nathália Meirelles, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia e Desenvolvimento Cognitivo da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2021.1. publicado em 2021.1. Revisado por Clara Lyra Santos.
parcial para a disciplina de Psicologia e Desenvolvimento Cognitivo da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2021.1. publicado em 2021.1.
[[Categoria:Personagens]]
[[Categoria:Personagens]]

Edição atual tal como às 17h31min de 29 de setembro de 2024

Manuel Bergström Lourenço Filho foi um educador e pensador da educação e da psicologia, conhecido por sua participação no movimento da Escola Nova, na criação de laboratórios de psicologia e pela sua importância como pioneiro da relação entre psicologia e educação no Brasil. Primogênito da sueca Ida Christina Bergström e do português Manoel Lourenço Filho, ele nasceu em Porto Ferreira no estado de São Paulo em 10 de março de 1897. Estudou direito no Largo do São Francisco, em São Paulo, e trabalhou em várias instituições brasileiras, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Ceará. Viveu seus últimos dias no Rio de Janeiro, onde faleceu em 3 de agosto de 1970 com 73 anos, deixando uma vasta produção de obras.

BiografiaEditar

Da pequena cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo, Lourenço Filho era cuidado por sua mãe, junto de seus sete irmãos, enquanto seu pai trabalhava como comerciante. O comércio familiar era muito diverso, mas concentrava-se basicamente na venda de materiais de fotografia e de livros. A família dele possuía também uma tipografia, um jornal semanal intitulado A Folha e um cinema.

Diferente de outros intelectuais do campo educacional de sua época que assumiam suas posições por conta de heranças familiares, Lourenço Filho obteve suas conquistas através de seu esforço pessoal, sua formação escolar no ensino médio público, seu autodidatismo e do apoio de sua família que valorizava a cultura em suas diversas formas. No ano de 1903, em sua cidade natal, deu início a sua vida escolar com seis anos, dando sequência na cidade vizinha, Santa Rita de Passa Quatro. Após as insistências do professor Ernesto Moreira, matriculou-se no Ginásio de Campinas, porém devido à família numerosa, seu pai enfrentou dificuldades para mantê-lo naquela instituição. Assim, no final do ano letivo, ele teve que deixar o Ginásio. Em 1911 retomou seus estudos após conseguir o primeiro lugar na recém-inaugurada Escola Normal Primária de Pirassununga, onde obteve orientação do mestre de francês e pedagogia Antonio de Almeida Júnior. Lourenço Filho se formou no ano de 1916 e mudou-se para São Paulo para receber o diploma de professor pela Escola Normal da Praça da República, após cursar os seus últimos dois anos de ensino na capital. Essa era a primeira escola-modelo de São Paulo que tinha como objetivo modelar a educação no estado e no país e formar professores. Em seguida matriculou-se na Faculdade de Medicina para estudar psiquiatria, mas a abandonou dois anos depois. Em 1919, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se dez anos depois, trajetória longa em virtude de suas interrupções pelas várias atividades paralelas que desenvolveu, com destaque no campo educacional.

Pode-se dizer que sua carreira profissional foi precoce. Aos oito anos elaborou seu próprio jornal, O Pião, em que exercia todas as funções como por exemplo chefe, tipográfico e redator. Mais tarde, trabalhou em outros jornais como o Jornal do Comércio, no Estado de São Paulo e na Revista do Brasil.

Lourenço Filho se destacava como docente mesmo quando era aluno. Ele exercia suas habilidades administrando aulas particulares como preparação para os testes de admissão da Escola Normal Primária de Pirassununga. Em 1920 teve um novo contato com a atividade de lecionar na Escola Normal Primária de São Paulo, em que administrava diversas disciplinas acerca da pedagogia. No ano seguinte, fundou a Revista de Educação depois de ser nomeado para a cátedra de Pedagogia e Psicologia da Escola Normal de Piracicaba.

Em 1922 assumiu o cargo de Diretor da Instrução Pública no Ceará, onde realizou reformas que repercutiram no Brasil e que podem ser consideradas fonte dos movimentos de renovação educacional-pedagógica no país nas primeiras décadas do século XX. Em 1924, Lourenço assumiu a vaga de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de São Paulo, permanecendo por seis anos e tendo produzido muito nesse período. Nessas obras é possível notar grande influência da Psicologia Experimental. Em São Paulo, ao coordenar a educação, organizou o ensino e criou cursos de especialização para professores, onde exigiu as disciplinas de sociologia e psicologia. Convidou Noemi Rudolpher da Silveira e J. B. Damasceno Penna para trabalhar ao seu lado, e com Noemi criou o Laboratório de Psicologia Educacional na Escola Normal de São Paulo.

Na década de 30, transferiu-se para o Rio de Janeiro para exercer funções de chefe de gabinete do Ministro da Educação, Francisco Campos, e em 1937 se tornou diretor geral do Departamento Nacional de Educação após ser nomeado por Gustavo Capanema. Entre 1938 a 1946 foi diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, sendo assim, o primeiro diretor Geral do INEP, que se tornou Instituto Nacional de Assuntos e Pesquisas Educacionais em 1972. Também dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, durante a gestão de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Em 3 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, Lourenço Filho faleceu vítima de um colapso cardíaco, aos 73 anos. Em sua homenagem, foram criadas escolas, como por exemplo, as escolas estaduais Professor Lourenço Filho em São João de Meriti e também em São Paulo, em 1972, o Colégio Lourenço Filho em Fortaleza em 1932, e também o grupo escolar Professor Lourenço Filho, existente desde 1950, em Cornélio Procópio.

ContribuiçõesEditar

Psicologia e EducaçãoEditar

Lourenço Filho foi considerado pioneiro no relacionamento entre a psicologia e a educação no Brasil. Participou, então, de forma ativa da efetivação da psicologia como campo científico no Brasil além de atuar em várias áreas do campo educacional, principalmente naquelas que conectavam a ciência psicológica e a educação. Ele atuou nas reformas educacionais nos estados do Ceará (1922) e São Paulo (1930); foi docente na formação de professores que foram referência nacional, como os da Escola Normal de São Paulo e de Piracicaba; publicou diversos livros, incluindo infantis, e atuou também como prefaciador e tradutor de obras utilizadas de forma ampla na formação de professores. Lourenço esteve também outras posições administrativas.

O diploma da Escola Normal da Praça dava ao indivíduo a possibilidade de desfrutar de prestígio intelectual e institucional, era um título decisivo na carreira do profissional garantindo a ocupação de postos importantes no aparelho escolar. Durante a graduação de Lourenço Filho as ideias de Oscar Thompson, Clemente Quaglio e Ugo Pizzoli estavam em plena efervescência. Porém, Lourenço - mesmo tendo se formado por essa linha de pensamento - questionava as práticas psicofísicas que eram voltadas à classificação de escolares que possuíam como fonte predominante os pressupostos da escola de antropologia italiana de Cesare Lombroso, caso dos dois últimos desses professores. Esses debates mostravam as disputas existentes entre as diferentes escolas psicológicas, Lourenço e outros educadores da época questionavam o método analítico que fragmentava a vida psíquica e não conseguia medir a capacidade geral do sujeito.

A partir de 1927, ele atuou na coleção pedagógica Bibliotheca de Educação a organizando e implementando. Essa coleção publicava títulos estrangeiros traduzidos e originais de autores nacionais que mostravam as ideias que emergiram da Escola Nova. Essa foi considerada a primeira série de textos de divulgação pedagógica no Brasil. Segundo Monarcha (2001), essa série mostra o esforço para transformar a educação em atividade social sob amparo da ciência e apresentar esse material inovador de forma acessível para o público interessado e, ao mesmo tempo, recrutar um público leitor mais amplo.

As viagens que fazia pelo Brasil e para o exterior lhe proporcionavam uma vasta cultura que possibilitaram contribuir em áreas como Geografia, História do Brasil, Estatística, Sociologia e na Psicologia, em testes e medidas na educação e a maturação humana. Na educação, contribuiu em diversas áreas, como: educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino secundário, ensino técnico rural, universidades, educação didática, metodologia de ensino, administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de professores, educação física e literatura infanto-juvenil.

Sua contribuição estendeu-se também para a área política, onde expôs seus pensamentos sobre o ensino primário e a liberdade dos programas de ensino nas Conferências Nacionais de Educação de 1927 e 1928, em Curitiba e Belo Horizonte. Lourenço também foi um dos autores de maior importância no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.

Teorias e críticasEditar

O movimento da Escola Nova surgiu no fim do século XIX e se desenvolveu fortemente no século XX na Europa e na América do Norte. O escolanovismo se focava na renovação na forma de ensino. Essa corrente de pensamento chegou ao Brasil em 1882 através de Rui Barbosa e teve Lourenço Filho como um de seus principais educadores juntamente com Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo. Na década de 30, a Escola Nova foi perseguida pelo governo provisório de Getúlio Vargas. Tal repressão inviabilizava a estabilidade das reformas sustentadas pelos envolvidos nas ideias de John Dewey que se aliaram e elaboraram o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, que sendo lançado em 1932 teve Lourenço Filho como um dos principais autores. Esse documento defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita.

Lourenço foi o brasileiro que mais pesquisou sobre a Escola Nova, sempre preocupado com a escola no contexto social e nas atividades realizadas na sala de aula. Ele acreditava que a Era Vargas era um momento propício para a reforma na educação por conta de uma das características essenciais do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova ser a superação do caráter discriminatório e antidemocrático do ensino nacional. Nesse período, os pobres recebiam educação profissionalizante e a elite era destinada à educação acadêmica. Além disso, temiam a interferência da Igreja Católica que insistia em implantar o ensino religioso nas escolas brasileiras. A militância católica considerava a educação baseada em princípios cristãos como a “verdadeira educação”. Eles criticavam, então, a laicidade implementada pela República, essa forma de ensino segundo eles “só instruía, não educava”.

O movimento da Escola Nova foi criticado pelo caráter tecnicista de suas propostas educacionais, também foi criticado pela colaboração com Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, pois acreditava na proposta de modernização do governo querendo inserir, então, a educação nesse momento de “reformas”.

SeguidoresEditar

A Escola Nova e esses pioneiros da educação influenciaram fortemente as gerações seguintes com grandes nomes como Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire. Esse movimento representou um esforço na superação da pedagogia da essência, por uma pedagogia da existência. Visando combater o modelo educacional repressor e dogmático, buscou promover a valorização do indivíduo. Assim, estabeleceu o caráter psicológico exercido pela pedagogia da existência.

ObrasEditar

● Estatística e educação. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1940, 23 p.

● Tendências da educação brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1940, 164 p.

● A criança na Literatura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1948.

● Educação comparada. São Paulo: Melhoramentos, 1961, 294 p.

● Organização e administração escolar: Um curso básico. São Paulo: Melhoramentos, 1963, 288 p.

● Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo: Melhoramentos, 1978, 271 p.

● Psicologia educacional. São Paulo: Melhoramentos.

● Psicologia de ontem e de hoje. São Paulo: Melhoramentos.

PrêmiosEditar

  • Ciência da Educação, Fundação Moinho Santista - 1963

Ver tambémEditar

Escola Normal de São Paulo

Escola Nova

Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova

Os testes ABC

Boletim do Portal História da PsicologiaEditar

Este verbete está publicado também no Boletim do Portal História da Psicologia, e pode ser acessado aqui

VídeoEditar

ReferênciasEditar

SGANDERLA, Ana Paola; CARVALHO, Diana Carvalho de. Lourenço Filho: um pioneiro da relação entre psicologia e educação no Brasil. Psicol. educ., São Paulo , n. 26, p. 173-190, jun. 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000100010&l>. Acesso em: 21 de abril de 2021.

LOURENÇO FILHO. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 17, n. 1, p. 53, 1997 . Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-98931997000100009>. Acesso em: 21 de abril de 2021.

LOURENÇO FILHO, Ruy; MONARCHA, Carlos. Por Lourenço Filho: uma bioblibliografia. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2001.

PEDROSA, José Geraldo; OLIVEIRA, Flávia Dueñas. A presença de Lourenço Filho na educação profissional brasileira dos anos 1950: trabalhos manuais e psicologia da aprendizagem. Multiverso: Revista Eletrônica do Campus Juiz de Fora - IF Sudeste MG, [S.l.], v. 4, p. e348, set. 2019. ISSN 2447-8725. Disponível em: <http://periodicos.jf.ifsudestemg.edu.br/multiverso/article/view/348>. Acesso em: 21 de abril de 2021.

MONARCHA, Carlos; LOURENÇO, Ruy (org.). Por Lourenço Filho: uma biobibliografia. Brasília - DF: [s. n.], 2001. 315 p. v. 1.

Links externosEditar

AutoriaEditar

Verbete criado inicialmente por: Gabriella Lobo e Nathália Meirelles, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia e Desenvolvimento Cognitivo da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2021.1. publicado em 2021.1. Revisado por Clara Lyra Santos.