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Edição das 21h19min de 24 de agosto de 2025
Noemy Marques da Silveira, mais conhecida como Noemy da Silveira Rudolfer, nasceu em 8 de agosto de 1902, em Santa Rosa de Viterbo, São Paulo. Estudiosa da educação, teve uma atuação marcante na área da psicologia educacional, sendo defensora da importância das diferenças individuais no processo de aprendizagem. Rudolfer foi uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova e realizou diversos trabalhos em prol do conhecimento da criança, tornando-se uma forte influência para o campo da psicologia escolar no Brasil.
Biografia
Início de sua trajetória
Noemy Marques da Silveira nasceu no dia 08 de agosto de 1902, em Santa Rosa de Viterbo, um pequeno município da região de Ribeirão Preto, São Paulo. Seu pai era farmacêutico e sua mãe era dona de casa. Eles tiveram 4 filhas: Itacy, Ana, Iracema e Noemy, e todas foram incentivadas pelos pais a estudarem e a conquistarem uma formação profissional.
Em 1914, ela e sua família se mudaram para São Paulo. Em 1918, Noemy formou-se na Escola Normal do Brás e começou a lecionar como professora substituta na Escola Normal Padre Anchieta. Em 1921, tornou-se professora primária adjunta no Grupo Escolar Prudente de Morais, onde permaneceu até 1927.
Durante a década de 1920, iniciou seu trabalho como assistente de Lourenço Filho na área de Pedagogia e Psicologia na Escola Normal da Praça, onde ela estudou muitas teorias psicológicas europeias e norte-americanas e contribuiu com a adaptação dos testes Binet-Simon.
Em 1928, apresentou o tema “Orientação profissional e seu objetivo: papel da escola primária como pré-orientadora profissional” na Comissão de Ensino Primário e Secundário (CEPS), durante a II Conferência Nacional da Educação da ABE, em Belo Horizonte. Por meio desse trabalho, Noemy defendeu a orientação profissional como guia para a escolha adequada da profissão de acordo com as próprias aptidões.
Universidade de Columbia
Em 1930, Noemy Rudolfer integrou um grupo de educadores escolhidos pela Associação Brasileira de Educação, em parceria com o Institute of International Education de Nova York, para visitar o Teacher’s College, escola de pós-graduação em educação da Universidade de Columbia, a fim de ter um contato mais próximo com a psicologia e a educação dos Estados Unidos. Nessa viagem, Rudolfer trabalhou a educação profissional, com foco na orientação vocacional, e observou o sistema escolar norte-americano a partir das excursões organizadas pelo Institute of International Education. Após retornar ao Brasil, apresentou à ABE um relatório sobre a viagem, que foi publicado posteriormente no jornal “O Estado de São Paulo” e apresentado em uma palestra na recém-criada Associação de Educadores Sanitários de São Paulo.
Em setembro do mesmo ano, Rudolfer retornou aos Estados Unidos, após ter sido indicada para a bolsa de estudos Macy Student Fund por Paul Monroe, professor de educação do Teacher's College, para aprofundar seus conhecimentos em psicologia e educação. Nessa viagem, entrou em contato com pessoas importantes para a psicologia, como Arthur I. Gates e W. H. Kilpatrick, cujos livros “Psicologia para estudantes de educação” e “Educação para uma civilização em mudança” foram traduzidos por Noemy alguns anos depois.
Atuação universitária
Em sua segunda viagem aos Estados Unidos, Noemy iniciou uma especialização em psicologia no Teacher’s College, mas cursou apenas um semestre pois, em fevereiro de 1931, foi convidada por Lourenço Filho a ocupar a direção do Serviço de Psicologia Aplicada de São Paulo, onde eram realizadas atividades que incluíam a investigação da maturidade para a aprendizagem de leitura e escrita, a aplicação de testes de desenvolvimento e a aferição dos testes Binet-Simon e de Dearborn. Alguns meses depois, após Lourenço Filho ser destituído de seu cargo, Rudolfer pediu demissão do SPA. Voltou a dirigir o SPA, que foi anexado ao Instituto de Educação, apenas em novembro do ano seguinte, quando Fernando Azevedo assumiu a Diretoria de Ensino paulista.
Em 1932, Noemy Rudolfer assumiu a responsabilidade da Cátedra de Psicologia e do Laboratório de Psicologia Educacional da Escola Normal de São Paulo (que passou a ser chamada de Instituto Pedagógico e, posteriormente, Instituto de Educação Caetano de Campos), criado por Lourenço Filho em parceria com Rudolfer.
No mesmo ano Rudolfer apresentou à V Conferência Nacional de Educação da ABE uma comunicação intitulada “Da homogeneização das classes escolares”, que discutia as diferenças individuais e o motivo do fracasso escolar e que viria a ser publicado em abril do ano seguinte na revista do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Instituto criado em 1931 com a contribuição de Rudolfer).
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
Noemy defendia a classificação dos alunos em grupos homogêneos e acreditava que, para resolver problemas educacionais, como a reprovação, era necessário o conhecimento da criança. Além disso, Rudolfer sugeriu a inclusão de materiais como psicologia educacional, psicologia da criança e estatísticas aplicadas à educação no currículo das Escolas Normais, a criação de um curso de nível superior para a formação de psicólogos escolares e a criação de um serviço de psicologia educacional que, segundo ela, auxiliaria a escola a oferecer um ambiente mais adequado ao desenvolvimento das capacidades de cada aluno.
Por ser uma figura de destaque na psicologia educacional, tanto por ter entrado em contato com a educação norte-americana, quanto por ter trabalhado as diferenças individuais do aluno e a orientação profissional, Rudolfer foi convidada, em 1932, por Fernando de Azevedo para ser uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que propunha uma educação voltada para o desenvolvimento do aluno, tópico que já havia sido defendido anteriormente por Noemy.
Carreira
Em 1933, Noemy Marques da Silveira casou-se com o engenheiro tcheco Bruno Rudolfer, adotando o mesmo sobrenome. Em 1934, foi nomeada professora da Universidade de São Paulo, lecionando na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. No ano seguinte, tornou-se professora de Psicologia Social da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (ELSP), tendo Virgínia Bicudo como uma de suas alunas.
Em 1936, ao apresentar a monografia “A evolução da psicologia educacional através de um histórico de psicologia moderna” no concurso da cadeira de Psicologia Educacional, que foi publicada posteriormente com o título “Introdução à psicologia educacional”, Noemy foi nomeada catedrática de Psicologia Educacional da Universidade de São Paulo, onde permaneceu até o ano de 1954, sendo substituída por Arrigo Leonardo Angelini.
Em 1938 presidiu o I Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Medicina Legal e Criminologia. Em julho do ano seguinte, Noemy Rudolfer participou da VIII Conferência Internacional da New Education Fellowship (NEF), realizada em Michigan, nos Estados Unidos. Nessa Conferência, Rudolfer foi convidada como representante do Brasil e apresentou uma palestra intitulada “What is happening to parents and children in Brazil?”.
Após a morte de seu marido, Bruno Rudolfer, em 1942, Noemy integrou a Defesa Passiva Antiaérea da Legião Universitária Feminina, que prestava serviços à comunidade paulista, como o policiamento e a distribuição dos produtos racionados.
Ao longo da década de 1940, Rudolfer se tornou professora de Psicologia em diversas instâncias de ensino militar, como no Curso de Aperfeiçoamento para Oficiais Superiores da Diretoria de Ensino do Estado Maior do Ministério da Guerra.
Ministrou em 1949, no curso promovido pela Fundação Getúlio Vargas, em cooperação com o Departamento Nacional de Educação, aulas de “Psico-Pedagogia do Adolescente e do Adulto Analfabeto” e defendeu um olhar diferenciado na educação de adolescentes e adultos analfabetos, que, segundo ela, deveriam ser levados a um ajustamento e integração social.
Ligação com a psicanálise
Noemy Rudolfer passou por uma primeira análise com Margareth Gill e, em 1949, fez análise com Werner Kemper. Além disso, era membro do grupo de Kemper, que foi reconhecido posteriormente pela Associação Internacional de Psicanálise (IPA), e seu nome aparece na ata de fundação da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ) de 29 de setembro de 1955 na categoria de membros fundadores efetivos.
Em meados dos anos 1950, Rudolfer se aposenta como professora emérita da USP.
Escola Superior de Guerra
Apresentou três conferências na Escola Superior de Guerra, unidade de ensino ligada aos departamentos de Defesa Nacional e ao Estado Maior das Forças Armadas: “Elementos básicos da Nacionalidade Brasileira: o Homem” (1965), na qual ela definiu a “patologia social” como um problema de esclarecimento, e não propriamente clínico, resultantes de experiências deficitárias de participação e integração social; “A Crise da Adolescência Moderna” (1970), onde ela destacou a adolescência como um momento de “defender-se em uma regressão infantil” que conduz ao “radicalismo total” (Rudolfer, 1970, p. 9) e apontou como solução para esse problema: estender o período da obrigatoriedade escolar e oferecer tratamento psicoterápico e orientação aos jovens com problemas de ajustamentos; já em sua última conferência, cujo tema era “Problemática da Juventude no Brasil: Psicologia e Psicopatologia da Adolescência” (1974), Rudolfer defendeu que a “delinquência civil encontrada nos filhos se reflete quase da mesma maneira nos pais” (Rudolfer, 1974, p. 11) e concluiu que a solução dessa situação seria a terapia clinicamente orientada e a análise feita com cautela, pois, segundo ela, o ego não está devidamente formado nessa fase, o que acarreta no “problema [...] em discernir se as dificuldades são circunstanciais ou passageiras ou se revelam de fato uma patologia” (Rudolfer, 1974, p. 26).
Falecimento
Noemy da Silveira Rudolfer morreu em 16 de dezembro de 1980, aos 78 anos, em São Paulo. Não há informações sobre a causa de seu falecimento.
Contribuições
Contribuições na Educação
Noemy teve grande importância na consolidação da psicologia na área da educação. Tornou-se assistente de Lourenço Filho e juntos aplicaram e adaptaram o teste ABC, responsável por avaliar as dificuldades de cada aluno, o que destacou a importância das diferenças individuais no processo de aprendizagem. Também publicou o trabalho “Orientação profissional e seu objetivo: papel da escola primária como pré-orientadora profissional”, que demonstrava a importância da orientação profissional como um guia para a escolha adequada da profissão de acordo com as próprias aptidões e particularidades de cada aluno.
Estudou a educação profissional com foco na orientação vocacional na Universidade de Columbia e foi importante para o debate da homogeneização das classes escolares e da educação de adolescentes e adultos analfabetos, sempre voltada para as diferenças individuais.
Noemy defendeu mudanças na formação de docentes, incluindo a disciplina de psicologia e estatística aplicada à educação nos currículos, além da criação de um curso de nível superior para psicólogos escolares. Suas ideias unem ciência, educação e atuação profissional, com o objetivo de promover uma escola mais eficiente, humana e adaptada às necessidades do aluno.
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
Em 1932, foi divulgado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, organizado por Fernando de Azevedo e assinado por 26 educadores importantes para a educação brasileira, como Lourenço Filho, Francisco Campos, Anísio Teixeira e Noemy Rudolfer.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova surgiu da necessidade de renovação da educação no Brasil. Seu objetivo era transformar a educação brasileira em um ensino que tivesse o aluno como centro do aprendizado, respeitando as diversidades e a individualidade do aluno. Além disso, também possuía a intenção de preparar o indivíduo para ser apto a refletir sobre a sociedade e de ser um cidadão democrático e ativo. Os principais tópicos defendidos pelo Manifesto eram a gratuidade do ensino, a laicidade, a obrigatoriedade e a coeducação. As ideias do Manifesto eram o oposto da educação tradicional vigente no Brasil, que tinha como centro o professor, que era considerado o detentor de conhecimento e transmissor do saber. Esse modelo tinha o propósito de ensinar o aluno a copiar, e não a refletir, além de ser uma educação tecnicista, cujo objetivo era preparar o aluno para o mercado de trabalho.
Noemy dedicou-se integralmente à educação durante a sua vida e afirmava que cabia ao psicólogo “determinar as diferenças individuais e avaliá-las à luz da informação suplementar fornecida pelo professor e pelos pais, para melhorar o ensino da criança e para um progresso mais seguro no seu ajustamento à escola” (RUDOLFER, 1933a, p. 93). Ela via nos testes um meio de classificar os alunos em grupos e, assim, poder auxiliá-los conforme a necessidade de cada um deles, o que era um dos objetivos do Manifesto.
O Manifesto da Educação Nova no Brasil foi um movimento importante que impactou a história da educação nacional, resultando em mudanças significativas no modelo de ensino da década de 1930, e que, ainda hoje, exerce influência na educação brasileira.
Contribuições em traduções na área da psicologia
Noemy, em sua segunda visita à Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, retornou para participar de aulas com psicólogos e filósofos renomados, como William Kilpatrick, que contribuiu para a psicologia da educação com foco no aluno; John Dewey, que tem influência na psicologia educacional, valorizando o papel da experiência do ambiente na aprendizagem; e Edward Thorndike, que foi fundamental para a psicologia experimental e educacional, criando bases para o behaviorismo e para a avaliação educacional.
Aprofundou seus estudos na área e passou a traduzir as obras desses psicólogos para o português, ampliando o acesso ao conhecimento adquirido nos Estados Unidos. Suas traduções foram fundamentais para preencher as lacunas existentes na área da psicologia educacional devido à falta de materiais em língua portuguesa.
Contribuição na área do trabalho
O Brasil estava passando pela industrialização, urbanização e o crescimento de grandes cidades e das indústrias, que deveriam ser ocupadas por trabalhadores com uma preparação mínima para os postos que ocupariam nas indústrias, comércios e serviços.
Diante desse cenário, em 1931, Noemy da Silveira Rudolfer, Lourenço Filho e outros diversos educadores contribuíram para a criação do Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT).
O IDORT centralizou discussões sobre o projeto industrial para o país e sobre a educação profissional dos trabalhadores, que, em grande parte, eram oriundos da zona rural e analfabetos, com o intuito de educá-los e capacitá-los para produzir mais, aumentar a produção e gerar mais lucro.
Além de contribuir com a fundação do IDORT, Rudolfer publicou artigos na Revista de Organização Científica e foi responsável pela Comissão de Redação e pela seção de Orientação Profissional, junto com Victor da Silva Freire.
Também escreveu a tese intitulada “Orientação profissional e o seu objetivo: papel da escola primária, como pré-orientadora profissional”, na qual defendia que os valores humanos deveriam ser considerados na expansão industrial. Para Noemy, a escola primária tinha um papel importante para identificar a aptidão desde a juventude, orientando os indivíduos na escolha de profissões compatíveis com seus talentos e habilidades, promovendo, assim, maior satisfação pessoal, eficiência no trabalho e ganhos econômicos para a sociedade.
Relações com outros personagens ou teorias
Lourenço Filho
Noemy iniciou seu trabalho com Lourenço Filho na década de 1920 com a elaboração de um plano particular com base nas mais avançadas teorias psicológicas europeias e norte-americanas e com a padronização e aplicação dos testes ABC, elaborados para verificar a maturidade necessária à aprendizagem da leitura e da escrita. Os testes desenvolvidos por ambos consistiam em uma adaptação da escala de inteligência Binet-Simon e foi amplamente utilizado nas escolas brasileiras ao longo do século XX.
Ele também a convidou para ocupar a Direção do Serviço de Psicologia Aplicada em 1931, para a função de preparador da Cadeira de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal da Praça e a encarregou de desenvolver experimentos no Laboratório de Psicologia Experimental, anexo à Cadeira de Psicologia e Pedagogia. Além disso, ambos assinaram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova em 1932, que propunha uma educação voltada ao aluno e ao seu desenvolvimento.
Prêmios e reconhecimentos:
- Foi uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Educação - 1932;
- Professora Honorária da Universidade Nacional de Asunción, no Paraguai - distinção concedida pelo reitor Félix Paiva - 1965;
- Mestre do ano - título concedido pelo Governador do Estado de São Paulo - 1970;
- Comendador da Ordem Nacional do Mérito Educativo - título permitido pelo até então atual Presidente da República do Brasil Emílio Garrastazu Médici - 1973;
- Agraciada com o “Diploma Comemorativo do Jubileu de Prata” da Escola Superior da Guerra - 1974
- Psicóloga do Ano - distinção concedida pelo Conselho Regional de Psicologia - C.R.P.-06-1977.
Homenagens Póstumas:
- Escola Noemy da Silveira Rudolfer - situada na Rua Pitangueiras, 20 - Carapicuíba - São Paulo (SP);
- Centenário de seu nascimento - foi comemorado pela academia Paulista de Psicologia - discurso de seu sucessor na cátedra da USP, Arrigo Leonardo Angelini.
Obras
Obras autorais:
- A evolução da psicologia educacional através de um histórico da psicologia moderna, 1936 - Monografia.
- Introdução à psicologia educacional, 1938 - Livro.
Traduções:
- A lei biogenética e a escola activa, 1929 - Adolphe Ferrière.
- Educação para uma civilização em mudança, 1933 - William Heard Kilpatrick.
- Psychologia para estudantes de educação, em dois volumes, 1935 - Arthur L. Gates.
Artigos:
- Aferição do Teste Dearborn, 1935.
- Os motivos profundos no desenho infantil, 1955.
- Critérios em uso na moderna Psicologia, 1955.
- Um caso de anorexia nervosa, 1956.
- Psicologia profunda das manifestações artísticas, 1958.
- As vivências primárias infantis, 1969.
- A teoria talâmica das emoções de dana e a teoria psicanalítica das emoções de Freud, 1977.
- Comparação do freudismo, do kleineanismo e do bionismo, 1978.
Cronologia biográfica
1902: Nasceu em 8 de agosto, em Santa Rosa do Viterbo.
1914: Iniciou estudo na Escola Normal do Brás, em São Paulo (SP).
1918: Formou-se e iniciou sua carreira como professora substituta; começou a lecionar como professora substituta na Escola Normal Padre Anchieta.
1921: Tornou-se professora primária adjunta no Grupo Escolar Prudente de Morais, onde permaneceu até 1927.
1928: Apresenta a pesquisa intitulada “Orientação profissional e seu objetivo: papel da escola primária como pré-orientadora profissional” na II Conferência Nacional de Educação da ABE.
1930: Foi escolhida pela ABE para visitar o Teacher’s College; Apresentou um relatório sobre a viagem; Voltou aos Estados Unidos como bolsista do Macy Student Fund.
1931: Ocupou a Direção do Serviço de Psicologia Aplicada; Ajudou a fundar o Instituto de Organização Racional do Trabalho” (IDORT).
1932: Assume a responsabilidade da Cátedra e do Laboratório da Escola Normal de São Paulo; Apresentou a comunicação “Da homogeneização das classes escolares” na V Conferência Nacional de Educação da ABE; assinou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.
1933: Casou-se com o engenheiro tcheco Bruno Rudolfer.
1934: Foi nomeada professora da Universidade de São Paulo.
1936: Defendeu a monografia “A evolução da psicologia educacional através de um histórico de psicologia moderna”; É nomeada catedrática de Psicologia Educacional da USP.
1938: Publicou o livro “Introdução à Psicologia Educacional”; presidiu o I Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Medicina Legal e Criminologia.
1941: Participou da VIII Conferência Internacional da New Education Fellowship.
1942: Integrou a Defesa Passiva Antiaérea da Legião Universitária Feminina.
1949: Ministrou aulas de “Psico-Pedagogia do Adolescente e do Adulto Analfabeto”.
1955: Membro fundadora efetiva da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro.
1965: Apresentou “Elementos básicos da Nacionalidade Brasileira: o Homem” na Escola Superior da Guerra.
1970: Apresentou “A Crise da Adolescência Moderna” na Escola Superior da Guerra.
1974: Apresentou “Problemática da Juventude no Brasil: Psicologia e Psicopatologia da Adolescência” na Escola Superior da Guerra.
1980: Faleceu em 16 de dezembro em São Paulo (SP).
Ver também
Escala de inteligência Binet-Simon