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==Biografia==
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===Infância e adolescência===  
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Erik até os três anos viveu exclusivamente sob a companhia e cuidados de sua mãe, após esse período sua mãe se casou com Theodor Homberger, seu pediatra, que o registrou com seu nome, quando ele completou 5 anos de idade. O sobrenome Erikson (filho de Erik), foi adotado por ele ao obter a cidadania americana.
Erik até os três anos viveu exclusivamente sob a companhia e cuidados de sua mãe, após esse período sua mãe se casou com Theodor Homberger, seu pediatra, que o registrou com seu nome, quando ele completou 5 anos de idade. O sobrenome Erikson (filho de Erik), foi adotado por ele ao obter a cidadania americana.


Erikson teve uma adolescência conturbada. Era tratado entre os garotos alemães como judeu e entre os judeus tratado como gentio. Isso se deve ao fato dele ter sido criado em uma comunidade judaica e ter aspecto fisionômico alemão. Acredita-se que esse desconforto com os garotos de seu meio o incentivou a, após a conclusão do segundo grau, deixar a cidade onde vivia com a família, Karlsruhe, no sul da Alemanha, para viajar por vários países Europeus.
Erikson teve uma adolescência conturbada. Era tratado entre os garotos alemães como judeu e entre os judeus tratado como gentio. Isso se deve ao fato dele ter sido criado em uma comunidade judaica e ter aspecto fisionômico alemão. Acredita-se que esse desconforto com os garotos de seu meio o incentivou a, após a conclusão do segundo grau, deixar a cidade onde vivia com a família, Karlsruhe, no sul da Alemanha, para viajar por vários países Europeus.


===Erikson e a Psicanálise===  
=== Erikson e a Psicanálise ===
 
Estudou Grego, Latim, Filosofia, Literatura e Ciências, na escola de humanidades da luterana Karlsruhe, concluindo aos 18 anos, o curso secundário que lhe proporcionou uma sólida base. Considerado inquieto e por ter algumas resistências com o ensino alemão, ele optou por não seguir o ensino formal na Universidade.  
Estudou Grego, Latim, Filosofia, Literatura e Ciências, na escola de humanidades da luterana Karlsruhe, concluindo aos 18 anos, o curso secundário que lhe proporcionou uma sólida base. Considerado inquieto e por ter algumas resistências com o ensino alemão, ele optou por não seguir o ensino formal na Universidade.  


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Verbete criado inicialmente por Luciana Barros da Silva Gaspar e Nayara Mesquita Ribeiro, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo. Criado em 2021.2, publicado em 2021.2.
Verbete criado inicialmente por Luciana Barros da Silva Gaspar e Nayara Mesquita Ribeiro, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo. Criado em 2021.2, publicado em 2021.2.
[[Categoria:Personagens]]

Edição das 18h10min de 22 de setembro de 2021

Erik Homburger Erikson, nasceu na cidade de Frankfurt - Alemanha, em 15 de Junho de 1902 e faleceu em 1994 em Harwich (Massachusetts, EUA). Foi psicanalista que se dedicou à Psicologia do desenvolvimento e da personalidade. Famoso por criar o conceito de “crise de identidade” e pela Teoria do Desenvolvimento Psicossocial, atuou como professor na Universidade de Harvard, Yale e UC Berkeley.

Biografia

Infância e adolescência  

Erik até os três anos viveu exclusivamente sob a companhia e cuidados de sua mãe, após esse período sua mãe se casou com Theodor Homberger, seu pediatra, que o registrou com seu nome, quando ele completou 5 anos de idade. O sobrenome Erikson (filho de Erik), foi adotado por ele ao obter a cidadania americana.

Erikson teve uma adolescência conturbada. Era tratado entre os garotos alemães como judeu e entre os judeus tratado como gentio. Isso se deve ao fato dele ter sido criado em uma comunidade judaica e ter aspecto fisionômico alemão. Acredita-se que esse desconforto com os garotos de seu meio o incentivou a, após a conclusão do segundo grau, deixar a cidade onde vivia com a família, Karlsruhe, no sul da Alemanha, para viajar por vários países Europeus.

Erikson e a Psicanálise

Estudou Grego, Latim, Filosofia, Literatura e Ciências, na escola de humanidades da luterana Karlsruhe, concluindo aos 18 anos, o curso secundário que lhe proporcionou uma sólida base. Considerado inquieto e por ter algumas resistências com o ensino alemão, ele optou por não seguir o ensino formal na Universidade.  

Erikson encantou-se pelas Artes, e aos 21 anos, informalmente, estudou Arte em Florença. Posteriormente, iniciou sua carreira no teatro e no magistério, tornando-se especialista no método Montessori de ensino.

Aos 25 anos, em Viena, juntou-se a Sigmund Freud, participando de um grupo formado por analistas e simpatizantes da psicanálise da época. Supõe-se que a aproximação com a Psicanálise ocorreu através de um amigo, Peter Blos, que o havia convidado para dar aulas de teatro em uma escola experimental dirigida por Dorothy Burlinghan e Anna Freud, de quem se tornou amigo e admirador, e posteriormente com quem fez a sua análise didática. Mas também há relatos de que ele tenha conhecido Freud ao pintar um retrato de uma criança de sua família e que após algumas conversas informais, Freud teria estabelecido um vínculo com ele, convidando-o a inscrever-se no Instituto Psicanalítico de Viena.

Sua aproximação com Freud e os primeiros psicanalistas fez despertar seu interesse para a emergente ciência. Artista e sem formação acadêmica, estando entre os intelectuais do Instituto, Erikson chegou a questionar-se sobre sua permanência, contudo, foi encorajado por Anna Freud, que o supervisionava, a através de sua experiência com crianças, buscar compreender o ego e o seu desenvolvimento, e, assim o fazia por meio da observação das brincadeiras infantis. Com isso, seu foco e interesse artístico foi se deslocando para a análise infantil, o que somado a forte influência por seu apreço por museus, fez com que escolhesse como linha de investigação, durante toda a sua vida, o processo vital humano como um ciclo interdependente.

Erikson conheceu em Viena, uma americana, Joan Serson, que viria a ser sua mulher. Mestre em Sociologia, nutria interesse por dança moderna, educação e psicanálise, além de ser muito habilidosa com a escrita, o que fez com que ela desse uma importante contribuição para sua obra intelectual. Joan e Erikson tiveram quatro filhos: Kai (1931), Jon (1933), Sue (1938) e Neil (1944). Neil era portador de Síndrome de Down e faleceu aos 21 anos.

Assim como aconteceu com outros membros do grupo psicanalista inicial; em 1933, após formar-se pelo Instituto de Psicanálise de Viena, com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, mudou-se para os Estados Unidos, onde tornou-se um dos mais conceituados analistas de seu tempo.

Universidades e pesquisas

Foi professor da Universidade de Harvard, da Universidade de Yale e em seguida da Universidade de Berkeley, onde empreendeu os estudos que culminaram com as teorias que o tornariam famoso em todo o mundo. Em Harvard, se uniu a pesquisadores que investigavam a personalidade, em uma Clínica de Psicologia, sob a orientação de Henry Murray.

Em 1936, Erikson foi para o Instituto de Relações Humanas do departamento de psiquiatria da Universidade de Yale. Acostumado a uma forma de trabalho interdisciplinar, o Instituto reforçou seu interesse por investigação transcultural, o que impulsionou a juntar-se, em 1938, com outro colega em uma expedição para estudar os índios Sioux no Dakota do Sul, onde observou crianças, entrevistou adultos e observou suas práticas. Estendendo, em 1939, a investigação transcultural, entre os índios Yurok, do norte da Califórnia, visto que veio a se mudar para Califórnia, em razão de um convite que o fez juntar-se em Berkeley à Universidade local, cidade onde permaneceu por 10 anos de sua vida.

Através da experiência do seu consultório, Erikson que era um pesquisador criterioso e observador atento, buscou material para seu pensamento teórico. O estudo que desenvolveu com os índios Sioux e depois com os índios Yurok, lhe permitiu construir uma explicação acerca do desenvolvimento humano, considerando fatores ambientais e culturais em distintas sociedades. Foi através dessas experiências que Erikson estabeleceu critérios teóricos que embasaram seu trabalho sobre o ciclo de vida humano. Erik Erikson morreu em 1994, e sua última obra foi O Ciclo de Vida Completo, escrito em colaboração com a sua esposa Joan M. Erikson.

Contribuições

Erikson dedicou-se ao estudo do desenvolvimento, tendo como norteador sua teoria do ciclo vital, considerando, portanto, os aspectos sociais, culturais, históricos e afetivos, na constituição do ser humano. Para tanto, suas teorias contribuíram para os estudos acerca das mudanças sociais, com ênfase na juventude, uma vez que se debruça, dentre outros conceitos, sobre personalidade e identidade. Para tanto, possui uma obra intitulada “Identidade: juventude e crise”, no qual destaca as crises psicológicas na constituição da identidade, durante a adolescência.

As obras de Erikson ultrapassam a psicologia, contribuindo também, no campo da Educação. A partir de suas concepções acerca do sujeito psicossocial, Erikson proporciona discussões sobre a integralidade do desenvolvimento humano e da educação, visto que esta não é capaz de ser exercida sem que se considere os aspectos psicossociais do sujeito. A educação está aliada a formação humana, intrinsecamente constituída a partir dos aspectos que permeiam o desenvolvimento do sujeito.

Teorias

Teoria do Desenvolvimento Psicossocial

A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Ciclo de vida) de Erikson considera que o desenvolvimento da identidade ocorre durante toda a vida, sofrendo mudanças mesmo após a adolescência. Esse desenvolvimento se dá em estágios e cada um envolve o que ele chamou de crise na personalidade. Esta crise pode ser compreendida como um dilema psicossocial que se manifesta em determinada fase da vida, respeitando um processo de maturação. E para que haja o desenvolvimento de um ego saudável esta crise precisa ser resolvida.

Crescer significa diferenciar tarefas pré-estabelecidas, ao longo de contínuos períodos críticos, o que Erikson considera que se dará de forma sucessiva e integradora no que diz respeito ao estabelecimento da identidade de uma pessoa. Ele enfatiza a relação do ego com a organização social e afirma que a pessoa poderá fazer isso de forma equilibrada. É o inconsciente que se constitui enquanto motivação básica, neste percurso, embora os processos de socialização sejam corresponsáveis por isso.  

Sua teoria pressupõe que o homem passe por oito fases epigenéticas- oito idades do homem – e que cada uma integra um processo de realização de tarefas ou de crises relativas à identidade: à medida que a pessoa soluciona uma crise está apta a passar para a fase seguinte. Cada fase desta, da infância à velhice, prefigura uma condição afetiva em relação ao solucionamento de cada tarefa: 1) Sentido de confiança; 2) Sentido de Autonomia; 3) Sentido de Iniciativa;4) Sentido de indústria (produtividade pessoal); 5) Sentido de Identidade; 6) Sentido de Intimidade; 7) Sentido de Generatividade; 8) Sentido de Integridade.

Cronologia biográfica

1902 – nasceu em 15 de junho, na cidade de Frankfurt, Alemanha

1920 – concluiu o curso secundário na escola de humanidades da luterana Karlsruhe

1923 – estudou Artes informalmente em Florença

1927 – iniciou seus estudos no Instituto Psicanalítico de Viena

1933 – após formar-se pelo Instituto de Psicanálise de Viena, mudou-se para os Estados Unidos.

1936 – foi para o Instituto de Relações Humanas do departamento de psiquiatria da Universidade de Yale.

1938 – iniciou uma expedição para estudar os índios Sioux, em Dakota do Sul

1939 – mudou-se para a Califórnia e iniciou investigação transcultural entre os índios Yurok, do norte da Califórnia

1944 - 1948 – dedicou-se a escrever a sua obra Childhood and Society

1950 – publicou a sua primeira obra, sendo esta considerada parte principal do seu legado

1950 - 1982 – continuou a dedicar-se à sua linha de investigação e escrita de diversas obras

1969 – publicou um livro sobre a vida de Gandhi que o fez ganhar 2 prêmios no ano seguinte  

1982 - publicou sua última obra: O Ciclo de Vida Completo

1994 – Faleceu em Harwich, Massachusetts, EUA.

Principais Obras

Livros

Infância e sociedade, 1950

Identity and the life cycle, 1959

Identidade: juventude e crise, 1968

A verdade de Gandhi: sobre as origens da não-violência militante, 1969

Dimensions of a new identity, 1974

O ciclo de vida completo, 1982

Artigos

Erikson, E. H. (1956). The problem of ego identity. Journal of American Psychoanalysis, 4,56-121.

Erikson, E. H. (1966). Eight ages of man. International Journal of Psychiatry, 2(3), 281–300.

Erikson, E. H. (1968). Life cycle. International encyclopedia of the social sciences. 9, 286–292.

Prêmios

1970 - Prêmio Pulitzer: Não-Ficção (por  “A verdade de Gandhi: sobre as origens da não-violência militante”), PULITZER

1970 - National Book Award: Não-Ficção  (na categoria Filosofia e Religião pelo livro  “A verdade de Gandhi: sobre as origens da não-violência militante”)

Relação com outros personagens ou teorias

Os trabalhos de Erik Erikson sofreram influência de diversas esferas. A mais significativa foi a psicanálise, tendo Freud (1856-1939) e, como conseguinte,  Anna Freud (1895-1982) como dois dos maiores personagens de influência. Erik desfrutou do privilégio de ser supervisionado por Anna Freud e tê-la como parceira nas discussões acerca da psicanálise.

Henry Murray (1893-1988) foi um psicólogo norte-americano que esteve na direção da Universidade de Harvard por aproximadamente 30 anos. Foi, ao longo deste período, diretor da Clínica Psicológica de Harvard na Escola de Artes e Ciências. Sua relação com Erikson se deu durante as pesquisas de investigação da personalidade, desenvolvidas nesta clínica.

O antropólogo Alfred Kroeber (1876-1960) foi essencial para que Erik iniciasse seu caminho pela pesquisa-ação.

Ver também

http://wiki.historiadapsicologia.com.br/index.php?title=Anna_Freud

Referências

CARPIGIANI, B. Erik H. Erikson- teoria do desenvolvimento psicossocial. (carpsi- serviços em psicologia, saúde e gestão). Newsletter. 7º ed, agosto de 2010.

COSTA, F. Passos. Confiança Básica e imagem inconsciente do corpo: Um diálogo possível entre Erik Erikson e Françoise Dolto em torno da formação do psiquismo infantil e sua relação com os  transtornos mentais. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Santa Catarina, 2005.

FIEDLER, A.J.C.B. Passos. O desenvolvimento psicossocial na perspectiva de Erik H. Erikson : as “oito idades do homem”. Revista Educação. Universidade. v,11, n. 1. 2016.

RABELLO, E.T. e PASSOS, J.S.; Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento. Outubro de 2007. Disponível em: https://josesilveira.com/wp-content/uploads/2018/07/Erikson-e-a-teoria-psicossocial-do-desenvolvimento.pdf. Data de acesso: 08/09/2021

SANTOS, Hellen e SILVA, Daniele. As contribuições da educação infantil e da teoria psicossocial de Erikson para o desenvolvimento infantil. In: Conedu, VII congresso nacional de educação. Maceió, Alagoas. Outubro, 2020.

VERÍSSIMO, R. Desenvolvimento psicossocial (Erik Erikson). Porto: faculdade de medicina do Porto, 2002

Links externos

https://psychology.fas.harvard.edu/people/erik-erikson

https://www.pulitzer.org/winners/erik-h-erikson

Autoria

Verbete criado inicialmente por Luciana Barros da Silva Gaspar e Nayara Mesquita Ribeiro, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo. Criado em 2021.2, publicado em 2021.2.