Joseph Banks Rhine nasceu no estado da Pensilvânia, Estados Unidos, em setembro de 1895, e faleceu em 20 fevereiro de 1980, aos 84 anos. Começou seus trabalhos acadêmicos vinculados à botânica, junto à sua esposa Louisa Ella Weckesser, e posteriormente tornou-se um grande pesquisador, professor e estudioso da Parapsicologia. Interessado por ampliar os conhecimentos desse ramo, ele buscou comprovar que os fenômenos trabalhados por esse campo da ciência eram de fato científicos, ao invés de uma pseudociência. Com seus relevantes experimentos e estudos acerca da percepção extrassensorial e da psicocinese, tornou-se reconhecido dentro da área da psicologia, principalmente como o fundador da Associação de Parapsicologia.

BiografiaEditar

FormaçãoEditar

Joseph Banks Rhine nasceu na Pensilvânia, em setembro de 1895. Rhine foi educado na Ohio Northern University, Universidade Wooster e Universidade de Chicago, onde concluiu seu mestrado no ano de 1923, e em 1925 finalizou seu doutorado em botânica.

Em uma autobiografia escrita para uma aula na faculdade, ele conta como viveu os primeiros cinco anos de sua vida em um local onde não tinha vizinhos, sendo assim, sua única amiga era sua própria irmã. Consequentemente, Joseph tornou-se uma pessoa muito tímida e criou uma conexão intensa com a natureza, o que era perceptível por aqueles que conviveram com ele.

Tais vivências teriam influenciado o campo de pesquisa de J.B, que começou com a pergunta “O espírito humano sobrevive à morte?” e eventualmente se concretizou em “Os humanos possuem outra forma além de física?”. Essas indagações nasceram na sua adolescência, quando ele se conecta profundamente à religião de sua comunidade até a faculdade, e a partir disso, começou a olhar criticamente a religiosidade. O que gerou uma grande desilusão, levando-o para uma visão mecanicista, que permaneceu por alguns anos, incluindo vários na marinha (1917-1919).

Posteriormente, Rhine voltou à faculdade e se informou sobre o campo da pesquisa, que o relembrou sobre seu velho interesse na questão da sobrevivência. Os métodos utilizados não o agradavam, e logo ele percebeu que poderia utilizar o mesmo método da natureza física do homem para estudar a natureza total do homem. Logo após ouvir sobre a chamada pesquisa psíquica, tentou encontrar uma forma de trocar a química vegetal por fenômenos psíquicos.

Em junho de 1923, escreveu três cartas para procurar bolsas ou posições, nas quais ele teria suporte para começar a investigar a área psíquica, deixando claro que largaria o campo que estava prestes a ter um doutorado. Após essas tentativas, não conseguiu nenhuma das bolsas, mas assumiu que as considerações econômicas se resolveriam por si só, uma vez que o maior objetivo estava sob cuidado.

Uma coisa que Joseph não esperava era que qualquer resultado positivo que viesse a alcançar seria recebido muito negativamente pelos seus colegas cientistas, até a publicação de sua monografia “Percepção Extra Sensorial", em 1934, na qual aponta a possibilidade de uma resposta hostil ao seu trabalho, porém persistiu até o fim de sua vida. E por metade de um século, ele foi o líder do campo e delimitou seu curso, tendo marcantes contribuições como: determinação de conceitos e métodos, definição do seu âmbito, mapeação de seu território e promoção de instrumentos para sua profissionalização, incluindo o Jornal de Parapsicologia, fundado em 1937, e a formação da Associação de Parapsicologia, fundada em 1957.

Joseph Banks Rhine: professor e amigoEditar

Joseph e sua esposa Louisa são descritos por amigos como um time, ao qual a influência não pode ser descrita separadamente, tanto na vida pessoal quanto profissional.

Seus alunos inicialmente eram atraídos pela pesquisa da percepção extrassensorial, mas chegando perto se impressionavam pelos Rhine, descritos como amigos sábios, compreensivos, que inspiravam esforços e pesquisas dos estudante. O Dr. Rhine encorajava pessoas jovens no campo de pesquisa e era aberto a quem fosse lhe pedir ajuda, fazendo educadamente críticas construtivas. Ajudava seus alunos de diversas maneiras, mesmo que não tivesse obrigação. Em um episódio, foi pessoalmente auxiliar a fazenda da família de uma aluna que estava em crise.

Joseph, além de ser o diretor do laboratório de parapsicologia, em 1935, ele também foi professor de psicologia na Duke, lecionando um curso de graduação em personalidade humana e um seminário de pós-graduação em parapsicologia. Em personalidade humana eram discutidos tópicos como o problema mente-corpo, as bases culturais e biológicas da ética e o lugar da personalidade humana no universo.

Os anos de estudo de Rhine em parapsicologia o convenceram que existiam evidências para suportar a tese de que existia um aspecto não físico. Em sala de aula, ele não dizia aos seus alunos em que acreditar, mas os desafiavam a pensar, recusar aceitar crenças passivamente e a procurar por respostas usando métodos científicos.

Seu estilo de aula não era no estilo de apresentação. Ele falava calmamente, mas cativava os alunos com sua argumentação e transparência quanto ao assunto. Como para ele o exemplo era o melhor preceito, suas aulas não se resumiam a sala de aula, e para muitos alunos ele se mantém um exemplo de professor e cientista.

Nos finais de semana, os alunos se reuniam na casa dos Rhine, e em uma lareira no quintal ele tocava músicas em alemão e os incentivavam a aprender, indicando que a música era uma forma agradável de aprender um idioma.

Joseph e Louisa tinham diplomas em botânica e amavam atividades ao ar livre. Uma atividade que seus alunos gostavam era acompanhar as expedições para pegar amoras, que eram usadas nas tortas de Louisa. A família Rhine convidava constantemente os alunos de Joseph para inúmeras atividades em seu lar e em áreas naturais como lagos e florestas.

A casa dos Rhine era o centro de muitas atividades, que não incluíam só família, mas alunos, colegas e amigos, como mencionado anteriormente. Durante os anos de guerra eles se ofereceram para receber soldados que precisavam de estadia, e alguns deles se tornaram quase membros da família, retornando sempre que podiam.

Rhine estava sempre preocupado com o futuro daqueles que queriam pesquisar a parapsicologia, pois ele sabia que o campo tinha um futuro incerto. Uma das grandes vantagens de estar associado ao laboratório de parapsicologia era a oportunidade de conhecer inúmeros visitantes que iam discutir fenômenos psíquicos. Autores, filósofos, psicólogos e biólogos vinham de todo o mundo.  O laboratório também atraia pessoas que acreditavam ter habilidades psíquicas, famosos médiuns etc., muitos participando em testes feitos ali.

Os testes eram procedimentos transparentes, mas tinham o objetivo de excluir qualquer tipo de ocorrência de artimanhas. Essa abordagem combinada com a integridade científica foi a maneira de lidar com esse difícil campo.  

Como era um pioneiro em parapsicologia, estava constantemente na visão do público, às vezes sendo honrado por sua coragem e em outros momentos sendo ridicularizado, mas esses insultos não o tiraram de seu objetivo principal.

Todos que conviveram com o pesquisador afirmam que ele nunca se arrependeu de estudar parapsicologia e que expandiu os horizontes da ciência de uma maneira diferente da convencional.  

ContribuiçõesEditar

Joseph Banks Rhine começou sua vida profissional nos estudos relacionados à área de pesquisa psíquica, entretanto, deixou de lado esse campo e, posteriormente, seu legado foi vinculado aos trabalhos voltados para a psicologia.

Foi conhecido como um grande entusiasta da área da Parapsicologia, principalmente aos seus estudos de clarividência, psicocinese e percepção extrassensorial, importantes conceitos trabalhados dentro desse ramo.

Algumas de suas colaborações importantes para o desenvolvimento da Parapsicologia foram:

• A publicação do seu livro “Extra-Sensory Perception”, em 1934, onde descreveu suas melhorias graduais na questão técnica experimental. Para além disso, a principal função do livro de Rhine foi apresentar como a hipótese da percepção extrassensorial poderia ser abordada de forma rigorosamente científica, encorajando outros psicólogos a buscar pesquisas semelhantes.

• Em 1937, junto ao Dr. William McDougall, fundou o Jornal de Parapsicologia, no qual Rhine trabalhou e desenvolveu por 40 anos.

• Rhine foi responsável pelo início da Associação de Parapsicologia, a sociedade profissional da área, que, atualmente, conta com cerca de 300 membros em várias partes do mundo.

• Em seu livro “The Reach of the Mind”, Rhine argumentou que os resultados de sua pesquisa experimental com experiências extrassensoriais, e psicocinese, revelavam que os fenômenos que ele estudava eram resultado de um princípio não físico separado, mas interagindo com o corpo.

• Em 1962, ele estabeleceu a Fundação de Pesquisa da Natureza Humana, com o intuito de assumir o laboratório de parapsicologia da Universidade Duke e reorganizá-lo como Instituto de Parapsicologia.

TeoriaEditar

Joseph Banks Rhine, ao se interessar pelo estudo da parapsicologia, dedicou seu tempo em realizar diversos experimentos e criar métodos eficazes que pudessem comprovar que a parapsicologia deveria ser considerada uma ciência e não uma pseudociência ou misticismo. Nessas pesquisas, ele estudou sobre a clarividência, que consistia em prever algum evento futuro, telepatia, que seria a habilidade de ler a mente das outras pessoas e estudou também a psicocinese, a habilidade psíquica de mover objetos sem ao menos tocá-los. Mas se viu com muitos obstáculos para tal, já que seus experimentos sempre eram alvos de duras críticas por parte da academia, que apontavam diversas falhas e problemas nos processos propostos por Joseph. Entretanto, isso fez com que ele repensasse e retrabalhasse todos os seus experimentos diversas vezes para tentar adequá-los aquilo que a academia exigia em suas críticas.

Experimento das cartasEditar

Um experimento criado por Joseph foi baseado em um já existente, que consistia em medir as habilidades extrassensoriais de clarividência a partir do uso de cartas de baralho.

O experimento original usava as 52 cartas de um baralho normal e colocava um aplicador para retirar as cartas desse baralho comum embaralhado e uma pessoa sendo testada usaria suas habilidades para descobrir aquilo que estava na carta. Rhine percebeu que este procedimento apresentava um problema que estava no próprio baralho, já que o baralho comum era de conhecimento geral, e com isso muitas pessoas tinham cartas ou naipes preferidos que acabavam afetando o experimento. Além disso, as variáveis, número e naipe, geravam outro problema na interpretação dos resultados, já que alguém poderia acertar o naipe e não o número, ou o contrário, mas seu desempenho era medido como o de alguém que teria errado completamente.

Para resolver esse problema, ele desenvolveu um baralho especial para realizar esse tipo de teste, que consistia em 25 cartas que apresentavam 5 símbolos diferentes (círculo, quadrado, cruz ou X, estrela e linhas onduladas), sendo 5 cartas de cada símbolo, e assim nem o aplicador nem o testando seria influenciado por experiências passadas. O experimento era basicamente o mesmo, esse baralho era embaralhado e o aplicador tirava as cartas na ordem em que estavam viradas para baixo em cima de uma mesa e anotavam aquilo que o testando dizia. Esse experimento foi realizado de diversas maneiras, sendo dividido em sessões em que cada uma tinha suas séries que representavam a quantidade de baralhos utilizados, e as tentativas em que eram feitos cada um dos palpites (cada série tinha um número de tentativas e cada tentativa tinha 25 palpites que era o número de cartas no baralho).

A principal crítica a esse processo foi que ele poderia ser facilmente alterado e falsificado. Mesmo assim, ele usava esse método para medir os níveis de habilidades extrassensoriais de clarividência e telepatia, porém, a telepatia gerou problemas para o próprio Joseph. Uma vez que para o teste de telepatia, o aplicador olhava a carta, porém não era possível saber se o testando estava usando a clarividência (lendo a carta) ou telepatia (lendo a mente do aplicador).

Com isso, ele obteve diversos dados, mas que só passaram a representar valores realmente expressivos quando os testandos passaram a ser pessoas escolhidas aleatoriamente e não de maneira a pré avaliar as habilidades que a pessoa tinha antes da realização dos testes.

Experimento dos dadosEditar

Além das habilidades de clarividência e telepatia, Joseph Rhine também se interessou pelo fenômeno da telecinese, e para provar a existência desse fenômeno, ele desenvolveu um experimento que consistia em jogar um dado esperando que uma das faces caísse. Sendo assim a face esperada seria aquela dita pelo testando e a partir disso, o mesmo faria com que o dado caísse na face escolhida. Os dados a partir desse método foram insatisfatórios, o que fez com que ele criasse um método mais sofisticado.

Em seu laboratório ele desenvolveu um mecanismo com motor que automatizou o lançamento dos dados, fazendo com que não houvesse o fator humano que poderia implicar em um lançamento tendencioso. Nesse procedimento o testando teria que dizer que todas as faces apareceriam antes do fim do experimento. Além disso, ele também implementou outros métodos de controle como interromper o experimento antes do fim.  

O experimento decisivoEditar

Esse experimento foi dito no livro "An Introduction to Parapsychology" como o definitivo para comprovar os fenômenos estudados por ele, mais especificamente o da clarividência. Esse experimento ficou conhecido como a série de Pearce-Pratt. Para esse experimento, primeiramente, é necessário um aplicador competente, que nesse cenário foi o assistente de Rhine, J. G. Pratt, que durante seus 40 anos dentro da parapsicologia publicou mais de 100 artigos científicos fazendo com que ele fosse respeitado em diversos campos do conhecimento, depois disso os resultados adquiridos devem ser publicados em periódicos reconhecidos, outro ponto é que a pontuação precisava ser alta o suficiente para não ser afetada por processos do experimento como paradas opcionais. Também seria necessário para o experimento que ele fosse reconhecido por outros pesquisadores da área, e o próprio Joseph alega que os resultados deste experimento estão muito além de qualquer crítica razoável à parapsicologia. Este experimento ocorreu durante os períodos de agosto de 1933 e março de 1934, com um aluno da Duke University chamado Hubert Pearce e tinha como base o experimento das cartas especiais que Rhine tinha desenvolvido. Nesse experimento cada série era dividida em subséries A, B, C e D, em que nas séries A, C e D Pearce ficava a 100 jardas (91,44 m), e na B 250 jardas (228,6m). Para o início do experimento Pearce e Pratt se encontravam e sincronizavam seus relógios, e a partir daí Pearce se dirigia até o local estipulado e na hora marcada nos dois relógios o experimento começava. E com isso Pratt abria um dos vários baralhos disponíveis, embaralhava, cortava e depois tirava cada uma das cartas com um minuto de intervalo entre cada uma, nesse tempo, Pearson estaria adivinhando as cartas, após o término eles descansavam por cinco minutos e seguiam para o próximo baralho. Para assegurar a veracidade dos cálculos, uma cópia, assinada por eles, daquilo que havia sido registrado do experimento era entregue a Joseph e tanto ele quanto Pratt calculariam a pontuação de Pearce, e em caso de divergências o dado divergente era considerado como um erro na tentativa de manter os resultados gerais.

Ao fim de todo processo, foram feitas 1850 tentativas de adivinhação, nas quais o esperado era um acerto médio de 370 das 1850, porém, o resultado apresentado por Pearce foi de 558, muito acima daquilo que era esperado. Tendo esses resultados, as únicas críticas eram a da possibilidade de fraude desses dados, entretanto, essa fraude não chegou a ser comprovada, o que tornou esses valores genuínos e teoricamente válidos para a pesquisa em parapsicologia.  

Cronologia biográficaEditar

• 1895 – Joseph Banks Rhine nasce no dia 29 de setembro, em Waterloo, Pensilvânia.

• 1917-1919 – Serviu ao Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial

• 1920 – Casou-se com Louisa Ella Weckesser e entrou na Universidade de Chicago

• 1922 – Completou seu grau Bacharel em Ciências Biológicas

• 1923 – Obteve seu mestrado em Ciências Biológicas na Universidade de Chicago

• 1924-1926 – Assumiu um posto acadêmico na Universidade da Virginia Ocidental

• 1925 – Concluiu seu doutorado em Ciências Biológicas

• 1926- 1927 – Ingressou na Universidade de Harvard para estudar filosofia

• 1927 – Mudou-se para Carolina do Norte, onde trabalho com William McDougall na Universidade Duke

• 1928-1929 – Foi instrutor de Filosofia e Psicologia na Universidade Duke

• 1934 – Publicou o livro "Extrasensory Perception"

• 1935 – Tornou-se diretor do Laboratório de Parapsicologia

• 1937 – Tornou-se professor de Psicologia na Universidade Duke, publicou seu livro "New Frontiers of the Mind" e fundou a Revista Acadêmica de Parapsicologia

• 1938 – Produziu o relatório de experimentos sobre precognição, o qual foi iniciado em 1933 e participou do Simpósio de Parapsicologia na Associação Americana de Psicologia em Columbus, Ohio

• 1940 – Publicou o livro "Extrasensory Perception After Sixty Years", com participação de colegas da área

• 1943 – Concluiu o relatório de experimentos de psicocinese, o qual foi iniciado em 1934

• 1947 – Publicou o livro "The Reach of the Mind"

• 1950 – Discursou para a Sociedade Real de Medicina em Londres

• 1953 – Publicou o livro "New World of the Mind"

• 1957 – Publicou o livro "Parapsychology: Frontier Science of the Mind", junto com psicólogo J. G. Pratt

• 1957 – Fundou a Associação Parapsicológica

• 1962 – Criação da Fundação de Pesquisa sobre a Natureza do Homem

• 1965 – Publicou o livro "Parapsychology from Duke to FRNM" e participou em uma palestra em Londres, que em seguida virou livro "The British Association/Granada Guildhall Lecture 1965"

• 1968 – Publicou o livro "Parapsychology Today", junto com Robert Brier

• 1971 – Publicou o livro "Progress in Parapsychology"

• 1978 – Palestrou para a Instituição Smithsoniana e ministrou um curso de Parapsicologia e Religião na Universidade Metodista Meridional, em Dallas, Texas

• 1980 – Foi eleito presidente da Sociedade de Pesquisa Psíquica e morreu no mês de fevereiro em Hillsborough, Carolina do Norte.

ColaboradoresEditar

Karl ZenerEditar

Joseph Rhine Banks, com o auxílio do Dr. Zener, desenvolveu um baralho de 25 cartas com 5 desenhos geométricos simples (1934). Ao criar esse instrumento, foram capazes de testar pessoas, alegando que as informações sensoriais estariam seguras. O seu foco inicial foi na Percepção Extrassensorial (ESP), o que acarretou o experimento de Pearce-Pratt, que, posteriormente, forneceu provas em apoio à ESP.

William McDougallEditar

William McDougall e Joseph R. Banks fundaram o Jornal da Parapsicologia em 1937, e permaneceram trabalhando juntos por quarenta anos.

Joseph Gaither PrattEditar

“Primeiro, o experimentador tinha que ser uma pessoa competente, de boa reputação e bem conhecida da comunidade parapsicológica. No estudo-alvo, o experimentador era J. G. Pratt, na época assistente de pesquisa de Rhine. Pratt seguiu uma longa e distinta carreira em pesquisa parapsicológica, publicando mais de 100 artigos em um período de 40 anos, e foi amplamente respeitado por outros no campo (ver Keil, 1987; Stevenson, 1980).” (e.g., Beloff, 1980; Rao, 1984, p. 80)

InfluênciasEditar

Carl Gustav JungEditar

Rhine teve grande influência por seus admiradores, dentre eles, Carl G. Jung (1964), que acreditava que Rhine havia comprovado a existência de fenômenos paranormais e além dele ter sido um dos principais personagens estudados por Jung em relação a fenômenos psíquicos; Joseph foi fundamental para o desenvolvimento da teoria de sincronicidade, já que foram utilizados o ESP e Psicocinese (PK), criados por Rhine.

Giovanni SchepisEditar

Outro nome influenciado por Rhine foi o psicólogo Giovanni Schepis, um dos fundadores da Sociedade de Parapsicologia, que publicou um ensaio referente a “A Abordagem Estatística em Parapsicologia” (1938), baseado no trabalho de Banks e seus colaboradores.

Emilio ServadioEditar

O psicólogo Emilio Servadio também colaborou dentro dessa área da psicologia ao palestrar sobre “Um Ponto de Virada de Parapsicologia" na sede da Società Italiana, Dante Alighieri, em Roma (1946) e demonstrou sua admiração e embasamento no trabalho de Dr. Rhine.

K. R. RaoEditar

“O notável parapsicólogo indiano K. R. Rao (1984) incluiu o relatório de Joseph. R. Banks e Pratt (1954) em sua antologia de “as experiências básicas” no campo da parapsicologia” (Rao, 1981, p. 191).

Rene Warcollier, Whartley Carington e Gardner MurphyEditar

“A pesquisa de Rene Warcollier e, até certo ponto, Whately Carington e, mais tarde, Gardner Murphy. Essas tradições (e pesquisadores) continuaram a ser influentes após a publicação de Extra-Sensory Perception. Além disso, em meados da década de 1940, após talvez uma década de domínio da pesquisa experimentalmente orientada, o campo começou a se abrir novamente para alguns dos interesses mais tradicionais da era pré-renana e, em meados da década de 1960, a era do espetacular sujeito psíquico havia retornado. Parte dessa mudança, ou assim nos parece, envolveu uma revisão de uma das suposições básicas de Rhine sobre a habilidade psíquica, que era comum e facilmente detectável em seres humanos.” (S. H. Mauskopf and M.R. Mc Vaugh, 1980, p.76) .

Rudolf TischnerEditar

O Nestor da parapsicologia alemã, R. Tischner (1950), via Rhine como “o Lavoisier da parapsicologia”. De acordo com Tischner, Rhine fez essencialmente o mesmo para o parapsicólogo que Lavoisier fez para a química. (Lavoisier introduziu o equilíbrio de escala e, portanto, a medição quantitativa para a química.)” (M Johnson, 1982, p. 158).

ObrasEditar

• Extrasensory Perception – 1934

• New Frontiers of the Mind – 1937

• Extrasensory Perception After Sixty Years – 1940

• The Reach of the Mind – 1947

• New World of the Mind – 1953

• Parapsychology: Frontier Science of the Mind – 1957

• Parapsychology from Duke to FRNM – 1965

• Parapsychology Today – 1968

• Progress in Parapsychology – 1971

ReferênciasEditar

  1. ALVARADO, Carlos S. Fenômenos psíquicos e o problema mente-corpo: notas históricas sobre uma tradição conceitual negligenciada. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 40, p. 157–161, 2013. Acesso em: 19 jun. 2023.
  2. IRWIN, H. J. (Harvey J. ). An introduction to parapsychology. 2. ed. Estados Unidos da América: McFarland & Co, 1994.
  3. RAO, K. Ramakrishna. J.B. Rhine : On the frontiers of science. 1. ed. Estados Unidos da América: McFarland & Co, 1982.
  4. RESENDE, Pedro Henrique Costa de. A importância dos fenômenos psíquicos para o projeto de psicologia de C. G. Jung. 2020. Acesso em: 19 jun. 2023.

AutoriaEditar

Verbete criado inicialmente por Amanda Toledo, Maria Clara Xavier, Pietra Mainfeld, Rafael Rodrigues e Tan Ziyun, como exigência parcial para a disciplina de História da Psicologia da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2023.1, publicado em 2023.1.