Introspecção
INTROSPECÇÃO, no contexto da filosofia contemporânea da mente, refere-se ao processo pelo qual adquirimos conhecimento sobre nossos próprios estados ou processos mentais, sejam eles atuais ou ocorridos muito recentemente. É claro que você pode aprender sobre sua mente da mesma forma que você aprende sobre a mente alheia - por meio da leitura de textos de psicologia, da observação de expressões faciais (em um espelho), do exame de leituras de atividade cerebral, da observação de comportamentos passados - mas geralmente pensa-se que você também pode conhecer sua mente introspectivamente, de um jeito que mais ninguém pode. Mas o que é exatamente a introspecção? Nenhuma definição simples é amplamente aceita.
A introspecção é um conceito-chave na epistemologia, uma vez que o conhecimento introspectivo é frequentemente compreendido como particularmente seguro, talvez até imune à dúvida cética. O conhecimento introspectivo também é frequentemente considerado mais imediato ou direto do que o conhecimento sensorial. Estas duas supostas características da introspecção têm sido citadas em apoio à ideia de que o conhecimento introspectivo pode servir como uma base ou fundamento para outros tipos de conhecimento.
A introspecção também é central para a filosofia da mente, tanto como um processo digno de estudo por si só como também uma corte de apelação para outras reivindicações sobre a mente. Filósofos da mente oferecem uma variedade de teorias sobre a natureza da introspecção; e reivindicações filosóficas sobre consciência, emoção, livre arbítrio, identidade pessoal, pensamento, crença, representação [imagery], percepção, e outros fenômenos mentais são frequentemente considerados como tendo consequências introspectivas ou serem suscetíveis à verificação introspectiva. Por razões similares, psicólogos empíricos também discutiram a precisão dos juízos introspectivos e o papel da introspecção na ciência da mente.
Livro "Introspecção"Editar
Ester verbete foi transformado em livro. Para ler o material completo, acesse a página da Editora do Portal História da Psicologia.
Autoria e traduçãoEditar
Este verbete foi publicado originalmente em inglês na Stanford Encyclopedia of Philosophy por Eric Schwitzgebel. Para ver o material completo, acesse a página da Editora do Portal História da Psicologia.