Noemy da Silveira Rudolfer
Noemy Marques da Silveira, mais conhecida como Noemy da Silveira Rudolfer, nasceu em 8 de agosto de 1902, em Santa Rosa de Viterbo, São Paulo. Estudiosa da educação, teve uma atuação marcante na área da psicologia educacional, sendo defensora da importância das diferenças individuais no processo de aprendizagem. Rudolfer foi uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e realizou diversos trabalhos em prol de melhorias na educação, tornando-se uma forte influência para o campo da psicologia escolar no Brasil.
BiografiaEditar
Início de sua trajetóriaEditar
Noemy Marques da Silveira nasceu no dia 08 de agosto de 1902, em Santa Rosa de Viterbo, um pequeno município da região de Ribeirão Preto, São Paulo. Seu pai era farmacêutico e sua mãe, dona de casa. Noemy teve 3 irmãs: Itacy, Ana e Iracema, e todas foram incentivadas pelos pais a estudarem e a conquistarem uma formação profissional.
Em 1914, a família mudou-se para a cidade de São Paulo e foi lá onde Noemy se formou, aos 16 anos, como normalista. No mesmo ano, começou a lecionar como professora substituta na Escola Normal Padre Anchieta. Pouco tempo depois, em 1921, Noemy tornou-se professora primária adjunta no Grupo Escolar Prudente de Morais, onde permaneceu até 1927.
Durante a década de 1920, iniciou seu trabalho como assistente de Lourenço Filho na área de Pedagogia e Psicologia na Escola Normal da Praça, iniciando seus estudos sobre teorias psicológicas europeias e norte-americanas e contribuindo com a adaptação dos testes Binet-Simon.
Universidade de ColumbiaEditar
Em 1930, Noemy integrou um grupo de educadores, escolhidos pela Associação Brasileira de Educação (ABE), para visitar o Teacher’s College, escola de pós-graduação em educação da Universidade de Columbia. Nessa viagem, se aproximou da psicologia e educação dos Estados Unidos, observando o sistema escolar norte-americano a partir de excursões organizadas pelo Institute of International Education. Ao retornar ao Brasil, apresentou à ABE um relatório sobre a viagem, que foi publicado posteriormente no jornal “O Estado de São Paulo” e apresentado em uma palestra na recém-criada Associação de Educadores Sanitários de São Paulo.
Em setembro do mesmo ano, foi indicada por Paul Monroe, professor do Teacher’s College, para a bolsa de estudos Macy Student Fund. Assim, retornou ao Estados Unidos, visando aprofundar seus conhecimentos em psicologia e educação. Nesse período, Noemy conheceu figuras importantes para a psicologia, como Arthur I. Gates e W. H. Kilpatrick, cujos livros “Psicologia para estudantes de educação” e “Educação para uma civilização em mudança” foram traduzidos por Noemy alguns anos depois.
Atuação universitáriaEditar
Em sua segunda viagem aos Estados Unidos, Noemy iniciou uma especialização em psicologia no Teacher’s College, cursando apenas um semestre pois, em fevereiro de 1931, foi convidada por Lourenço Filho a ocupar a direção do Serviço de Psicologia Aplicada de São Paulo, onde eram realizadas atividades que incluíam a investigação da maturidade para a aprendizagem de leitura e escrita, a aplicação de testes de desenvolvimento e a aferição dos testes Binet-Simon e de Dearborn. Nesse mesmo ano, colaborou para a criação do Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT).
Alguns meses depois, Lourenço Filho foi destituído de seu cargo e Noemy pediu demissão. Somente em novembro do ano seguinte Noemy voltaria a dirigir o Serviço de Psicologia Aplicada de São Paulo, quando Fernando de Azevedo assumiu a Diretoria de Ensino paulista.
Em 1932, Noemy assumiu a responsabilidade da cátedra de Psicologia e do Laboratório de Psicologia Educacional da Escola Normal de São Paulo (que passou a ser chamada de Instituto Pedagógico e, posteriormente, Instituto de Educação Caetano de Campos), que foi criado por ela, em parceria com Lourenço Filho.
Ainda em 1932, apresentou à V Conferência Nacional de Educação da ABE uma comunicação intitulada “Da homogeneização das classes escolares”, que discutia as diferenças individuais e o motivo do fracasso escolar. Noemy defendia a classificação dos alunos em grupos homogêneos e acreditava que, para resolver problemas educacionais, como a reprovação, era necessário o conhecimento da criança. Nesse sentido, sugeria a inclusão de materiais de psicologia educacional, psicologia da criança e estatísticas aplicadas à educação no currículo das Escolas Normais; a criação de um curso de nível superior para a formação de psicólogos escolares; e a criação de um serviço de psicologia educacional que, segundo ela, auxiliaria a escola a oferecer um ambiente mais adequado ao desenvolvimento das capacidades de cada aluno.
Manifesto dos Pioneiros da Educação NovaEditar
Destacando-se na área da psicologia educacional, em 1932, Noemy foi convidada por Fernando de Azevedo a ser uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que propunha uma educação voltada para o desenvolvimento do aluno.
CarreiraEditar
Em 1933, Noemy Marques da Silveira casou-se com o engenheiro tcheco Bruno Rudolfer, adotando o mesmo sobrenome. Em 1934, foi nomeada professora da Universidade de São Paulo, lecionando na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. No ano seguinte, tornou-se professora de Psicologia Social da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (ELSP), tendo Virgínia Bicudo como uma de suas alunas.
Em 1936, Noemy tornou-se catedrática de Psicologia Educacional na Universidade de São Paulo por meio do trabalho “A evolução da psicologia educacional através de um histórico de psicologia moderna”, permanecendo até o ano de 1954, quando foi substituída por Arrigo Leonardo Angelini.
Em 1938, Rudolfer presidiu o I Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Medicina Legal e Criminologia. Em julho do ano seguinte, participou da VIII Conferência Internacional da New Education Fellowship (NEF), realizada em Michigan, Estados Unidos. Nessa Conferência, Rudolfer foi convidada como representante do Brasil e apresentou uma palestra intitulada “What is happening to parents and children in Brazil?”.
Em 1942, integrou a Defesa Passiva Antiaérea da Legião Universitária Feminina, que prestava serviços à comunidade paulista, como o policiamento e a distribuição dos produtos racionados. Ao longo da década de 1940, Rudolfer se tornou professora de Psicologia em diversas instâncias de ensino militar, como no Curso de Aperfeiçoamento para Oficiais Superiores da Diretoria de Ensino do Estado Maior do Ministério da Guerra.
Ministrou, em 1949, o curso “Psico-Pedagogia do Adolescente e do Adulto Analfabeto”, defendendo um olhar diferenciado na educação de adolescentes e adultos analfabetos que, segundo ela, deveriam ser levados a um ajustamento e integração social.
Em meados dos anos 1950, Rudolfer se aposenta como professora emérita da USP.
Ligação com a psicanáliseEditar
Noemy Rudolfer passou por uma primeira análise com Margareth Gill e, em 1949, fez análise com Werner Kemper. Além disso, era membro do grupo de Kemper, que foi reconhecido posteriormente pela Associação Internacional de Psicanálise. Seu nome também aparece na ata de fundação da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, na categoria de membros fundadores efetivos.
Escola Superior de GuerraEditar
Rudolfer apresentou três conferências na Escola Superior de Guerra, unidade de ensino ligada aos departamentos de Defesa Nacional e ao Estado Maior das Forças Armadas. Foram elas: “Elementos básicos da Nacionalidade Brasileira: o Homem” (1965), na qual ela definiu a “patologia social” como um problema de esclarecimento, e não propriamente clínico, resultantes de experiências deficitárias de participação e integração social; “A Crise da Adolescência Moderna” (1970), onde ela destacou a adolescência como um momento de “defender-se em uma regressão infantil” que conduz ao “radicalismo total” e apontou como solução para esse problema: estender o período da obrigatoriedade escolar e oferecer tratamento psicoterápico e orientação aos jovens com problemas de ajustamentos; e “Problemática da Juventude no Brasil: Psicologia e Psicopatologia da Adolescência” (1974), em que defendeu que a “delinquência civil encontrada nos filhos se reflete quase da mesma maneira nos pais” e concluiu que a solução dessa situação seria a terapia clinicamente orientada e a análise feita com cautela, pois, segundo ela, o ego não está devidamente formado nessa fase, o que acarreta no
“problema [...] em discernir se as dificuldades são circunstanciais ou passageiras ou se revelam de fato uma patologia” (Rudolfer, 1974, p. 26)
FalecimentoEditar
Noemy da Silveira Rudolfer faleceu em 16 de dezembro de 1980, aos 78 anos, em São Paulo. Não há informações sobre a causa de seu falecimento.
ContribuiçõesEditar
EducaçãoEditar
Rudolfer teve grande importância na aproximação entre a psicologia e a educação. Como assistente de Lourenço Filho, aplicou e adaptou o teste ABC, responsável por avaliar as dificuldades de cada aluno, o que destacou a importância das diferenças individuais no processo de aprendizagem.
Noemy defendeu mudanças na formação de docentes, como a inclusão nos currículos da disciplina de psicologia e estatística aplicada à educação, além da criação de um curso de nível superior para psicólogos escolares. Suas ideias uniam ciência, educação e atuação profissional, com o objetivo de promover uma escola mais eficiente, humana e adaptada às necessidades do aluno.
Manifesto dos Pioneiros da Educação NovaEditar
Em 1932, foi divulgado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, organizado por Fernando de Azevedo e assinado por 26 educadores importantes para a educação brasileira, como Lourenço Filho, Francisco Campos, Anísio Teixeira e Noemy Rudolfer.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova surgiu de um desejo coletivo em renovar a educação no Brasil. Seu objetivo era implantar um modelo educacional que tivesse o aluno e suas necessidades individuais como centro. Além disso, indo contra o modelo de educação vigente no Brasil, que tinha como foco a preparação para o mercado de trabalho, o Manifesto promovia um ensino que garantisse às crianças a possibilidade de refletir sobre a sociedade e de se tornarem um cidadãs cientes e atuantes dos princípios da democracia. Os principais pontos defendidos pelo Manifesto eram a gratuidade do ensino, a laicidade, a obrigatoriedade e a coeducação.
Rudolfer dedicou-se integralmente à educação durante toda a sua vida. Ela entendia nos testes um meio de classificar os alunos em grupos e, assim, poder auxiliá-los conforme a necessidade de cada um deles, o que era um dos objetivos do Manifesto.
O Manifesto da Educação Nova no Brasil foi um movimento importante que impactou a história da educação nacional, resultando em mudanças significativas no modelo de ensino da década de 1930, e que, ainda hoje, exerce influência na educação brasileira.
TraduçõesEditar
Rudolfer aprofundou seus estudos na psicologia educacional e passou a traduzir, para o português, diversas obras de profissionais importantes para a área, ampliando o acesso ao conhecimento que adquiriu nos Estados Unidos. Suas traduções foram fundamentais para preencher as lacunas existentes na área da psicologia educacional devido à falta de materiais em língua portuguesa.
Psicologia do TrabalhoEditar
Em 1931, Noemy Rudolfer, Lourenço Filho e outros educadores contribuíram para a criação do Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT). O IDORT centralizou as discussões sobre o projeto industrial para o país e teve como objeto de trabalho a educação profissional de trabalhadores que, sua maioria, eram oriundos da zona rural e analfabetos. O objetivo do Instituto era garantir a educação e a capacitação desses trabalhadores, visando uma maior produtividade.
Noemy Rudolfer defendia que os valores humanos deveriam ser considerados na expansão industrial, de modo que a escola primária tinha o papel de identificar a aptidão de cada sujeito, desde a juventude, orientando-o na escolha de profissões compatíveis com seus talentos e habilidades. Segundo Rudolfer, desse modo, seriam promovidas a satisfação social, a eficiência no trabalho e a melhoria da sociedade. Esse pensamento foi explicitado pela mesma por meio do texto “Orientação profissional e o seu objetivo: papel da escola primária, como pré-orientadora profissional”, publicado em 1929.
Além de contribuir com a fundação do IDORT, Rudolfer publicou artigos na Revista de Organização Científica e foi responsável pela Comissão de Redação e pela seção de Orientação Profissional da revista, junto de Victor da Silva Freire.
Prêmios e reconhecimentos:Editar
( 1932) Foi uma das signatárias do Manifesto dos Pioneiros da Educação
(1965) Professora Honorária da Universidade Nacional de Asunción, no Paraguai - distinção concedida pelo reitor Félix Paiva
(1970) Mestre do ano - título concedido pelo Governador do Estado de São Paulo
(1973) Comendador da Ordem Nacional do Mérito Educativo - título concedido pelo Presidente da República do Brasil Emílio Garrastazu Médici
(1974) Agraciada com o “Diploma Comemorativo do Jubileu de Prata” da Escola Superior da Guerra - 1974
(1977) Psicóloga do Ano - distinção concedida pelo Conselho Regional de Psicologia
Homenagens Póstumas:Editar
- Em São Paulo, uma escola municipal foi nomeada em homenagem a Rudolfer, a Escola Municipal Professora Noemy da Silveira Rudolfer.
- O centenário de seu nascimento foi comemorado pela Academia Paulista de Psicologia e seu sucessor na cátedra da USP, Arrigo Leonardo Angelini, fez um discurso em sua homenagem.
ObrasEditar
Obras autoraisEditar
(1929) Orientação profissional e o seu objetivo: papel da escola primária, como pré-orientadora profissional
(1936) A evolução da psicologia educacional através de um histórico da psicologia moderna
(1938) Introdução à psicologia educacional
TraduçõesEditar
(1929) A lei biogenética e a escola activa, de Adolphe Ferrière
(1933) Educação para uma civilização em mudança, de William Heard Kilpatrick
(1935) Psychologia para estudantes de educação, de Arthur L. Gates
ArtigosEditar
(1935) Aferição do Teste Dearborn
(1955) Os motivos profundos no desenho infantil
(1955) Critérios em uso na moderna Psicologia
(1956) Um caso de anorexia nervosa
(1958) Psicologia profunda das manifestações artísticas
(1969) As vivências primárias infantis
(1977) A teoria talâmica das emoções de dana e a teoria psicanalítica das emoções de Freud
(1978) Comparação do freudismo, do kleineanismo e do bionismo
Cronologia biográficaEditar
1902: Nasceu em 8 de agosto, em Santa Rosa do Viterbo.
1914: Iniciou estudo na Escola Normal do Brás, em São Paulo (SP).
1918: Formou-se e iniciou sua carreira como professora substituta; começou a lecionar como professora substituta na Escola Normal Padre Anchieta.
1921: Tornou-se professora primária adjunta no Grupo Escolar Prudente de Morais, onde permaneceu até 1927.
1928: Apresenta a pesquisa intitulada “Orientação profissional e seu objetivo: papel da escola primária como pré-orientadora profissional” na II Conferência Nacional de Educação da ABE.
1930: Foi escolhida pela ABE para visitar o Teacher’s College; Apresentou um relatório sobre a viagem; Voltou aos Estados Unidos como bolsista do Macy Student Fund.
1931: Ocupou a Direção do Serviço de Psicologia Aplicada; Ajudou a fundar o Instituto de Organização Racional do Trabalho” (IDORT).
1932: Assume a responsabilidade da Cátedra e do Laboratório da Escola Normal de São Paulo; Apresentou a comunicação “Da homogeneização das classes escolares” na V Conferência Nacional de Educação da ABE; assinou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.
1933: Casou-se com o engenheiro tcheco Bruno Rudolfer.
1934: Foi nomeada professora da Universidade de São Paulo.
1936: Defendeu a monografia “A evolução da psicologia educacional através de um histórico de psicologia moderna”; É nomeada catedrática de Psicologia Educacional da USP.
1938: Publicou o livro “Introdução à Psicologia Educacional”; presidiu o I Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Medicina Legal e Criminologia.
1941: Participou da VIII Conferência Internacional da New Education Fellowship.
1942: Integrou a Defesa Passiva Antiaérea da Legião Universitária Feminina.
1949: Ministrou aulas de “Psico-Pedagogia do Adolescente e do Adulto Analfabeto”.
1955: Membro fundadora efetiva da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro.
1965: Apresentou “Elementos básicos da Nacionalidade Brasileira: o Homem” na Escola Superior da Guerra.
1970: Apresentou “A Crise da Adolescência Moderna” na Escola Superior da Guerra.
1974: Apresentou “Problemática da Juventude no Brasil: Psicologia e Psicopatologia da Adolescência” na Escola Superior da Guerra.
1980: Faleceu em 16 de dezembro em São Paulo (SP).
Ver tambémEditar
Escala de inteligência Binet-Simon
ReferênciasEditar
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AutoriaEditar
Verbete criado originalmente por Thaís Souza dos Santos, Maria Rita de Pádua Soares, Emellyn Pereira Romão da Silva, Ashyley Marinho do Nascimento e Maryana dos Santos de Medeiros como exigência parcial para a disciplina História da Psicologia da UFF de Rio das Ostras. Revisado por Julia Lombardi Carneiro. Criado em 2025.1, publicado em 2025.2.