Ignácio Martín-Baró: mudanças entre as edições

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Ignácio "Nacho" Martín-Baró, nasceu em Valladolid (Espanha) em 7 de novembro de 1942, sendo naturalizado em El Salvador. Foi um psicólogo, social, professor, filósofo e padre jesuíta. Ficou conhecido por usar os ideais teológico-ético-políticos da teologia da libertação, para desenvolver uma psicologia da libertação, voltada para a justiça social de El Salvador. Com base nos ideais da teologia da libertação, e da pedagogia dos oprimidos de Paulo Freire, Martín-Baró realizou pesquisas com as classes mais baixas e oprimidas de El Salvador, com o intuito de sensibilizá-los e empoderá-los em meio a traumas sociais, políticos e de guerra, visto que o país passava por uma processo de guerra civil.
Ignácio Martín-Baró, também conhecido como "Nacho" nasceu em Valladolid, Espanha, em 7 de novembro de 1942, mas naturalizou-se Salvadorenho. Foi um psicólogo social, professor, filósofo e padre jesuíta. Ficou conhecido por usar os ideais teológico-ético-políticos da teologia da libertação para desenvolver a psicologia da libertação, voltada para a justiça social de El Salvador e preocupada com a libertação tanto das estruturas autoritárias, quanto dos conceitos que limitam os indivíduos. Com base nos princípios da teologia libertária, assim como da pedagogia do oprimido de Paulo Freire, Martín-Baró realizou pesquisas com as classes mais baixas e oprimidas de El Salvador com o intuito de empoderá-los e, ao mesmo tempo, zelar por esses sujeitos que estão em meio a traumas sociais, políticos e de guerra. Tendo em vista que o país passava por um processo de guerra civil capaz de desenvolver uma realidade bastante opressora.
==Biografia==
==Biografia==


Ignácio Martín-Baró, passou a maior parte da infância em Valladolid, Espanha. Também estudou no colégio jesuíta São José onde, desde cedo esteve envolvido com as questões religiosas que o fizeram despertar a sua vocação. Em 18 de setembro de 1959, aos 17, no mesmo ano em que a América Latina e o mundo se petrificaram diante da primeira revolução socialista no continente que foi a Revolução Cubana. Martín-Baró, adentrava na Companhia de Jesus em Orduña na Espanha.
=== Formação Inicial ===
Ignácio Martín-Baró nasceu e passou sua juventude em Valladolid, capital autônoma da comunidade de Castilla y León, Espanha. Nessa região estudou no colégio jesuíta São José, lugar no qual se interessou fortemente pela escrita e teve firmeza em suas escolhas religiosas. Em 18 de setembro de 1959, aos 17 anos, Martín-Baró adentrava na Companhia de Jesus no noviciado de Orduña, Espanha. Curiosamente, na mesma época que a América Latina e o mundo se petrificaram diante do primeiro levante socialista no continente, a Revolução Cubana.  


Poucos meses depois, foi transferido para a Vilagarcía de Arousa (Espanha), e então foi enviado à América Central, onde completou seu segundo ano de noviciado. No final de Setembro de 1961 seus superiores o transferiram para a Universidade Católica de Quito, onde estudou Humanidades Clássicas. Após esse período, Baró viajou para Colômbia em Bogotá para estudar filosofia na Pontificia Universidad Javeriana, coordenada por Jesuítas. E em 1964 obteve o bacharelado em Filosofia e no ano seguinte a licenciatura em Filosofia e Literatura.
Poucos meses depois, foi transferido para a Vilagarcía de Arousa, Espanha, e então foi enviado à América Central, mais especificamente El Salvador, onde completou seu segundo ano de noviciado. No final de setembro de 1961 seus superiores o deslocaram para a Universidade Católica de Quito, onde pôde estudar Humanidades Clássicas. Após esse período, Baró mudou-se para Bogotá, capital da Colômbia, para se capacitar em filosofia na Pontificia Universidad Javeriana, coordenada por Jesuítas. Em 1964 obteve o bacharelado em Filosofia e no ano seguinte, a licenciatura em Filosofia e Letras.  


Dois anos após receber o título de professor, em 1966, Baró retornou para El Salvador, e lecionou no Colégio Externado San José, nesse período ele foi professor e coordenador acadêmico até o ano de 1967, quando começou a ensinar na Universidad Centroamericana "José Simeón Cañas" (UCA). O psicólogo viajou para estudar Teologia na Alemanha, na cidade de Frankfurt e em Lovaina na Bélgica. Retornou para El Salvador a fim de dar continuidade aos estudos e em 1970 obteve o Bacharel em Teologia no bairro Eegenhoven na cidade de Lovain. Quando completou os estudos em Teologia, ele começou a estudar psicologia na UCA (Universidad Centroamericana José Simeón Canãs), em El Salvador, mesma universidade que atuava como professor. Em 1971 e 1972 ele ensinou psicologia na Academia Nacional de Enfermagem em Santa Ana, El Salvador. Ele foi Decano dos estudantes e membro do conselho Superior da Universidade de 1972 à 1975. Entre 1971 e 1974 ele foi chefe do conselho editorial da Academic Journal Estudios Centroamericanos (ECA), e em 1975 foi diretor dela.
Dois anos após receber o título de professor, em 1966, Baró retornou para El Salvador e lecionou no Colégio Externado San José. Nesse período foi professor e coordenador acadêmico até o ano de 1967, quando começou a ensinar na Universidad Centroamericana "José Simeón Cañas" (UCA), porém, decide viajar para estudar Teologia na Alemanha, na cidade de Frankfurt e em Lovaine na Bélgica. Retornou apenas em 1969 para El Salvador de modo a dar continuidade aos estudos, enfim em 1970 obteve o Bacharel em Teologia e no mesmo ano intensificou os laços acadêmicos com a UCA.  


Em 1977, recebeu o título de mestrado em ciências sociais na Universidade de Chicago, na sua dissertação do mestrado escreveu sobre
Quando completou os estudos em Teologia, começou a estudar psicologia na UCA, mesma universidade em que atuava como professor. Em 1975 obtém o título de licenciado em psicologia. Ele também foi Decano dos estudantes e membro do conselho Superior da Universidade de 1972 a 1975, em 1971 e 1972 lecionou na Escola Nacional de Enfermagem em Santa Ana, entre 1971 e 1974 recebeu o cargo de chefe do conselho editorial da “Academic Journal Estudios Centroamericanos (ECA)” - Revista Estudios Centro-americanos, e em 1975 foi diretor dela.
atitudes sociais e conflitos de grupos em El Salvador. Dois anos depois, no ano de 1979, o Doutorado em Psicologia Organizacional, abordando em sua dissertação sobre a densidade populacional nas classes populares Salvadorenhas. Nessa universidade se vivia uma realidade muito diferente de El Salvador, apesar disso, Baró se voltou para a realidade Salvadorenha. Quando finalizou os estudos, se mudou para El Salvador e voltou a trabalhar na UCA onde lecionou psicologia. Em 1981, ele foi vice-reitor da academia e membro do conselho de administração. No ano seguinte, em 1982, ele foi o chefe do departamento de psicologia. Já em 1989, a vice-reitoria foi dividida em duas e Baró tornou-se vice-reitor de pós-graduação e diretor de pesquisa.


Em 1986, com o objetivo de impulsar a psicologia social e desideologizar a política polarizada em El salvador, Baró fundou o Instituto Universitário de Opinião Pública (IUDOP) e começa a trabalhar com a análise da opinião pública Salvadorenha a respeito dos problemas vividos. O Padre Ignácio Martin-Baró era membro do conselho editorial da UCA Editores e Estudos Centroamericanos (ECA), do Jornal de Psicologia Salvadorenha e da revista Polémica (Costa Rica). Ele era também um professor visitante na Universidade Central da Venezuela,  
Entre 1977 a 1979 recebeu o título de mestre em Ciências Sociais e o de doutor em Psicologia social e organizacional. Em sua dissertação do mestrado escreveu sobre a sociedade Salvadorenha e seus conflitos. Em sua tese de doutorado examinou o problema da aglomeração e pontuou sobre a densidade populacional de classe baixa de El Salvador, considerando seus efeitos nocivos, tais como isolamento social, estresse individual, desigualdade econômica e deficit habitacional. Baró esteve sempre preocupado em retratar a vivência em termos palpáveis de El Salvador, lugar pelo qual criou vínculos sociais e intelectuais. Quando finalizou os estudos, se mudou para a pequena nação na América Central e voltou a trabalhar na UCA, mas agora para lecionar psicologia.
Universidade de Zulia (Maracaibo), Universidade de Porto Rico (campus de Río Piedras), Pontificia Universidad Javeriana em Bogotá, Universidade Complutense de Madrid e Universidade da Costa Rica em San José.Martín-Baró era um membro da Associação Americana de Psicologia e da Associação Salvadorenha. Era o vice-presidente da divisão Mesoamericana da Sociedade Interamericana de Psicologia.  


Baró dedicou sua vida à luta pela libertação em El Salvador, simultaneamente, no trabalho desenvolvido com os trabalhadores de campo.
=== Atuação universitária ===
Já no meio acadêmico, publicou onze livros e uma longa lista de artigos culturais e científicos com inúmeros escritos sobre psicologia social e política, em diversos jornais e revistas Latino-Americanos e Norte Americano. Seu interesse por psicologia começou em Bogotá, onde leu diversos livros de psicologia por conta própria, Baró procurou o conselho dos melhores professores de psicologia da Pontificia Universidad Javeriana. Demonstrando interesse por psicologia social, o seu primeiro livro saiu de suas primeiras aulas em 1972, Psychodiagnosis of Latin America (Psicodiagnóstico da América Latina). Logo, outros textos universitários foram produzidos, integrando a psicologia social tradicional no contexto da guerra civil salvadorenha, marcada pela desigualdade, injustiça, governos autoritários e a guerra civil. Entre seus objetos de estudo estavam: o machismo (1968), os processos de aglomeração(1973), a saúde mental (1984), o fatalismo (1987), a violência (1988) e a guerra (1981-1989).
Em 1981, Martín-Baró foi vice-reitor da UCA e membro do conselho de administração. No ano seguinte, em 1982, tornou-se o chefe do Departamento de Psicologia. em 1989, a vice-reitoria foi dividida em duas e Baró tornou-se vice-reitor de pós-graduação e diretor de pesquisa. É importante ressaltar que a situação de El Salvador já era muito diferente da qual ele presenciou pela última vez na década de 70. A cidade agora enfrentava um conflito armado ainda maior, repleto de violência e uma notável deterioração das condições sociopolíticas.


Por conta de seu envolvimento político, e suas ideias que se opunham à política conservadora. Em 16 de Novembro de 1989, aconteceu o massacre dentro da Universidad Centroamericana (UCA), o crime hediondo foi perpetrado em El Salvador, um grupo de soldados, por ordem do alto comando das Forças Armadas, invadiu o dormitório dos jesuítas durante a madrugada, a ordem era para exterminar os intelectuais acusados de comunistas e terroristas que apoiavam a guerrilha da resistência resultando nos assassinatos dos jesuítas, Ignacio Martín-Baró, Ignacio Ellacuría, Segundo Montes, Juan Ramón Moreno, Amando López, Joaquín López y López e da funcionária Elba Ramos e sua filha
Em 1986, com o objetivo de impulsar a psicologia social, favorecer a democratização e desideologizar a política polarizada em El Salvador, Baró fundou um centro de pesquisa, o Instituto Universitário de Opinião Pública (IUDOP). A instituição começa a trabalhar com a análise da opinião pública salvadorenha a respeito dos problemas vividos, ou seja, um canal de exteriorização de todas as preocupações e vontades da população, podendo ser eles de ordem social, cultural, econômica ou política. Ignácio tinha como objetivo que a própria população, ao ver o resultado das pesquisas públicas, notassem a situação que estavam inseridas, assim se reconhecendo como membro dessa realidade e tendo consciência de sua identidade.
Celina Ramos, além disso, outros vinte e oito civis também foram executados pelo exército de El Salvador. Entre civis estavam um dirigente sindical, uma líder do movimento de mulheres universitárias, nove membros de uma cooperativa agrícola indígena e dez estudantes universitários.  


Essas mortes se somaram às de milhares de salvadorenhos - camponeses, operários, religiosos, profissionais liberais, estudantes - que, desde meados da década de 1970 até a assinatura dos Acordos de Paz em 1992. O padre Ignácio Martin Baró deixou claro o seu posicionamento ético que era estar do lado dos pobres e oprimidos como um teólogo da libertação. No momento em que alguém se solidariza e se engaja com os sofredores e oprimidos, se angaria automaticamente, inimigos entre os detentores do poder. Portanto, é importante apontar aqui que sua opção ética pelos pobres, a libertação do país, a sua práxis junto a eles, tenha sido uma das principais causas do seu assassinato.
O Padre Ignácio Martin-Baró fez parte de diversas áreas na Educação e da Comunicação, era membro do conselho editorial da UCA Editores e Estudos Centroamericanos (ECA), do Jornal de Psicologia Salvadorenha e da revista Polémica (Costa Rica). Ele era também professor visitante na Universidade Central da Venezuela, Universidade de Zulia (Maracaibo), Universidade de Porto Rico (campus de Río Piedras), Pontificia Universidad Javeriana em Bogotá, Universidad Complutense de Madri e Universidade da Costa Rica em San José. Martín-Baró era um membro da Associação Americana de Psicologia e da Salvadorenha. Era o vice-presidente da divisão Mesoamericana da Sociedade Interamericana de Psicologia.


O assassinato na UCA marcou uma virada na Guerra Civil de El Salvador. Aumentou a pressão internacional sobre o governo Salvadorenho para assinar o acordo de paz com a organização guerrilheira FMNL. Ademais, as obras do padre Ignácio Martin-Baró antes conhecida somente em países de língua espanhola e em algumas regiões dos Estados Unidos, passou a ser reconhecida mundialmente.
=== Produção acadêmica ===
Baró dedicou sua vida à luta pela libertação em El Salvador, simultaneamente, no trabalho desenvolvido com os trabalhadores do campo. Já no meio acadêmico, publicou onze livros e uma longa lista de artigos culturais e científicos, somando mais de 100 trabalhos, onde fez diversas revisões críticas fundamentais sobre psicologia social, política e relações humanas.
 
A sua produção não se limitou apenas aos jornais e revistas Latino-Americanos, mas também às revistas Norte Americanas. Seu interesse por psicologia começou em Bogotá, lugar onde leu diversos livros de psicologia por conta própria. Baró procurou o conselho dos melhores professores de psicologia da Pontificia Universidad Javeriana demonstrando interesse por psicologia social, o seu primeiro livro saiu de suas primeiras aulas em 1972, Psychodiagnosis of Latin America (Psicodiagnóstico da América Latina). Logo, outros textos universitários foram produzidos, integrando a psicologia social tradicional no contexto da guerra civil salvadorenha, marcada pela desigualdade, injustiça e governos autoritários.
 
Tinha relevantes materiais de estudo para a época: o machismo - El complejo de macho o el "machismo" (1968), processos psicossociais - Algunas repercusiones psico-sociales de la densidad demográfica en El Salvador.(1973), relação da guerra com a saúde mental - Guerra y salud mental.(1984), o fatalismo-El latino indolente: carácter ideológico del fatalismo latinoamerican (1987) e a mulher - La mujer salvadoreña y los medios de comunicación masiva (1988).
 
=== Perseguição política ===
Por conta de seu envolvimento político e suas ideias que se opunham à política conservadora, Martin-Baró sofreu várias perseguições. Em 16 de novembro de 1989 aconteceu o massacre dentro da Universidad Centroamericana (UCA), o crime hediondo foi perpetrado em El Salvador por um grupo de soldados sob ordens do alto comando das Forças Armadas, que invadiu o dormitório dos jesuítas durante a madrugada. A determinação era para exterminar os intelectuais acusados de comunistas e terroristas que apoiavam a guerrilha da resistência resultando nos assassinatos dos jesuítas, Ignacio Martín-Baró, Ignacio Ellacuría, Segundo Montes, Juan Ramón Moreno, Amando López, Joaquín López y López, da funcionária Elba Ramos e da sua filha Celina Ramos, além disso, outros vinte e oito civis também foram executados pelo exército de El Salvador. Entre civis estavam um dirigente sindical, uma líder do movimento de mulheres universitárias, nove membros de uma cooperativa agrícola indígena e dez estudantes universitários.
 
Essas mortes se somaram às de milhares de salvadorenhos - camponeses, operários, religiosos, profissionais liberais, estudantes - desde meados da década de 1970 até a assinatura dos Acordos de Paz em 1992. O padre Ignácio Martin Baró deixou claro o seu posicionamento ético, estar sempre do lado dos pobres e oprimidos como um teólogo da libertação. Portanto, é importante apontar aqui que sua opção ética pelos pobres, a libertação do país, a sua práxis junto a eles, tenha sido uma das principais causas do seu assassinato.
 
O assassinato na UCA marcou uma virada na Guerra Civil de El Salvador. Aumentou a pressão internacional sobre o governo Salvadorenho para assinar o acordo de paz com a organização guerrilheira FMNL. Ademais, as obras do padre Ignácio Martin-Baró, antes conhecidas somente em países de língua espanhola e em algumas regiões dos Estados Unidos, passou a ser reconhecida mundialmente.


==Contribuições==
==Contribuições==
• Fundador a Psicologia Social da libertação.
• Fundador da Psicologia Social da libertação.


• Em 1986, durante a guerra civil, Baró institui o IUDOP (Instituto Universitário da Opinião Pública da UCA).
• Em 1986, durante a guerra civil, Baró institui o IUDOP (Instituto Universitário da Opinião Pública da UCA).
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• Conduziu caminhos para a construção de uma psicologia mais humana e engajada nos problemas do povo latino-americano que ainda demonstram toda a sua atualidade.
• Conduziu caminhos para a construção de uma psicologia mais humana e engajada nos problemas do povo latino-americano que ainda demonstram toda a sua atualidade.
==Teoria==
==Teorias==
===A psicologia social de Martín-Baró===
===A psicologia social de Martín-Baró===
As discussões desenvolvidas por Baró ocorrem no período da Crise da Psicologia Social. Na base dessa crise está a aliança da Psicologia com a ordem instituída e o positivismo em um período de grande inquietação no mundo. Enquanto o paradigma científico pregava a neutralidade científica, o psicólogo e padre da ordem dos jesuítas Ignácio Martin-Baró, iniciou um movimento dentro da Psicologia sob o título Psicologia da Libertação que foi impulsionado pelo movimento da Teologia da Libertação. Martin-Baró defendia que a psicologia deveria desenvolver a partir das condições sociais e aspirações históricas da classe popular.
As discussões desenvolvidas por Baró ocorrem no período da Crise da Psicologia Social. Na base dessa crise está a aliança da Psicologia com a ordem instituída e o positivismo em um período de grande inquietação no mundo. Enquanto o paradigma científico pregava a neutralidade científica, o psicólogo e padre da ordem dos jesuítas Ignácio Martin-Baró, iniciou um movimento dentro da Psicologia sob o título Psicologia da Libertação que foi impulsionado pelo movimento da Teologia da Libertação. Martin-Baró defendia que a psicologia deveria desenvolver a partir das condições sociais e aspirações históricas da classe popular.
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A teoria da Psicologia Social da Libertação tem como objetivo dar respostas aos graves problemas de injustiça estrutural e desigualdades sociais, situando seu quefazer a partir das circunstâncias concretas dos latino-americanos. Tendo assim, a construção de uma Psicologia capaz de ajudar o povo a compreender sua realidade e libertar-se dos condicionamentos que sua estrutura social os impõe.
A teoria da Psicologia Social da Libertação tem como objetivo dar respostas aos graves problemas de injustiça estrutural e desigualdades sociais, situando seu quefazer a partir das circunstâncias concretas dos latino-americanos. Tendo assim, a construção de uma Psicologia capaz de ajudar o povo a compreender sua realidade e libertar-se dos condicionamentos que sua estrutura social os impõe.
==Influências e influenciados==
==Influências e influenciados==
As obras do padre Ignácio Martin-Baró foi fortemente influenciada pela guerra civil de El Salvador. A Pedagogia da Libertação, em específico o conceito de "conscientização crítica" originalmente proposto por Paulo Freire e Álvaro Vieira Pinto (Costa, 2020), exerceram influência sobre o pensamento de Baró, assim como a Teologia da Libertação e o Concílio Vaticano II em Medellín. Outrossim, o autor colombiano Orlando Fals Borda que questionou o Eurocentrismo, e um dos teóricos da Sociologia da Libertação, foi também um dos sujeitos a Influenciar Baró, tanto que o padre jesuíta escreveu Conscientización y Currículos Universitários, inspirado nas ideias do filósofo colombiano. O padre jesuíta foi influenciado pelo seu companheiro de estudos e também padre Ignácio Ellacuria, que foi assassinado na UCA pelas forças armadas de El Salvador (Junior; Guzz).
As obras do padre Ignácio Martin-Baró foi fortemente influenciada pela guerra civil de El Salvador. A Pedagogia da Libertação, em específico o conceito de "conscientização crítica" originalmente proposto por Paulo Freire e Álvaro Vieira Pinto (Costa, 2020), exerceram influência sobre o pensamento de Baró, assim como a Teologia da Libertação e o Concílio Vaticano II em Medellín. Outrossim, o autor colombiano Orlando Fals Borda que questionou o Eurocentrismo, e um dos teóricos da Sociologia da Libertação, foi também um dos sujeitos a Influenciar Baró, tanto que o padre jesuíta escreveu Conscientización y Currículos Universitários, inspirado nas ideias do filósofo colombiano. O padre jesuíta foi influenciado pelo seu companheiro de estudos e também padre Ignácio Ellacuria, que foi assassinado na UCA pelas forças armadas de El Salvador.
 
Em relação a influência exercida por ele, a psicóloga social brasileira, [[Silvia Lane]], uma das fundadoras da [[Associação Brasileira de Psicologia Social]] (ABRAPSO) e pessoa na qual foi com ele estabelecido um laço de amizade intelectual e afetiva, disse se apoiar nas ideias de Baró, seu grande amigo, para pensar o papel político da psicologia e para a organização do campo da [[Psicologia Social Comunitária]]. Lane foi a responsável por introduzir os conhecimentos de Ignácio no Brasil, utilizando-o em sala de aula e em muitos de seus artigos.  


Em relação a influência exercida por ele, a psicóloga social brasileira, Silvia Lane, uma das fundadoras da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), disse se apoiar nas ideias de Baró para pensar o papel político da psicologia. Baró influenciou na construção da teoria da Psicologia Social Comunitária (Nepomuceno), assim como alguns pensamentos da Psicologia Social. Além disso exerceu influência na Psicologia Feminista e em toda América Latina.
Baró influenciou na construção da teoria da Psicologia Social Comunitária (Nepomuceno), assim como alguns pensamentos da Psicologia Social. Além disso exerceu influência na Psicologia Feminista e em toda América Latina.
==Obras==
==Obras==
Apesar de sua vida curta, Baró publicou diversos artigos, e mesmo após a sua morte a publicação de algumas obras suas continuaram. Eis aqui todas as publicações realizadas por Baró.
Apesar de sua vida curta, Baró publicou diversos artigos, e mesmo após a sua morte a publicação de algumas obras suas continuaram. Uma grande incentivadora da disponibilização e claro, também democratização das obras desse autor foi a Universidade Centro- Americana José Simeón Cañas que disponibiliza de forma online e gratuita um acervo completo e categorizado que eles denominaram [https://www.uca.edu.sv/coleccion-digital-IMB/ "Colección Digital Ignacio Martín-Baró]”, encontra-se nele, materiais inéditos, artigos e livros, editoriais, artigos de opinião na imprensa, poesia entre outros. Eis aqui grande parte das publicações realizadas por Baró:


==='''1966'''===
==='''1966'''===
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*Munique 72: o declínio de uma mitologia. RCT 27, 288-289, 697-701.
*Munique 72: o declínio de uma mitologia. RCT 27, 288-289, 697-701.
*Orçamentos psicossociais de uma característica de nossos países. ECA 27, 290, 763-786. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "Orçamentos psicossociais do caráter", Capítulo I, pp. 39-71.
*Orçamentos psicossociais de uma característica de nossos países. ECA 27, 290, 763-786. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "Orçamentos psicossociais do caráter", Capítulo I, pp. 39-71.
 
*Orçamentos psicossociais de uma característica de nossos países. ECA 27, 290, 763-786. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "Orçamentos psicossociais do caráter", Capítulo I, pp. 39-71.
Do futuro, a técnica e o planeta dos macacos. ECA 27, 290, 795-799.
*Do futuro, a técnica e o planeta dos macacos. ECA 27, 290, 795-799.


*Para um ensino libertador. Universidades (México), 50, 9-26.
*Para um ensino libertador. Universidades (México), 50, 9-26.
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==='''1985'''===
==='''1985'''===


*Deideologização como contribuição da psicologia social para o desenvolvimento da democracia na América Latina. Boletim da Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO) 8, 3, 3-9. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "O papel desmascarador do psicólogo", Capítulo II, pp. 177-186.
*Desideologização como contribuição da psicologia social para o desenvolvimento da democracia na América Latina. Boletim da Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO) 8, 3, 3-9. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "O papel desmascarador do psicólogo", Capítulo II, pp. 177-186.
*Valores do estudante universitário salvadorenho pela primeira vez. El Salvador Psychology Bulletin 4, 15, 5-12.
*Valores do estudante universitário salvadorenho pela primeira vez. El Salvador Psychology Bulletin 4, 15, 5-12.
*Da consciência religiosa à consciência política. El Salvador Psychology Bulletin, 4, 16, 72-82.
*Da consciência religiosa à consciência política. El Salvador Psychology Bulletin, 4, 16, 72-82.
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*A assistente social salvadorenha: situação e atitudes. ECA 40, 438, 229-240.
*A assistente social salvadorenha: situação e atitudes. ECA 40, 438, 229-240.
*A oferta política de Duarte. ECA 40, 439-440. 345-356.
*A oferta política de Duarte. ECA 40, 439-440. 345-356.
*Superlotação residencial: ideologização e a verdade de um problema real.
*Superlotação residencial: ideologização e a verdade de um problema real. Journal of Social Psychology (Mexico) 1, 31-50. Rpt. 1990.
*Journal of Social Psychology (Mexico) 1, 31-50. Rpt. 1990.
*"Crianças deslocadas em El Salvador: Problemas e tratamento. Trabalho apresentado no Workshop para a troca de experiências sobre trabalho psicossocial e psicoterapêutico com crianças e a população deslocada, patrocinado por Rädda Barnen, México, 18 de fevereiro 22.
*"Crianças deslocadas em El Salvador: Problemas e tratamento. Trabalho apresentado no Workshop para a troca de experiências sobre trabalho psicossocial e psicoterapêutico com crianças e a população deslocada, patrocinado por Rädda Barnen, México, 18 de fevereiro 22.
*Conflito social e ideologia científica: Do Chile a El Salvador. Documento apresentado no Vigésimo Congresso Interamericano de Psicologia, Caracas, Rpt. 1992 (b), pp. 317-338.
*Conflito social e ideologia científica: Do Chile a El Salvador. Documento apresentado no Vigésimo Congresso Interamericano de Psicologia, Caracas, Rpt. 1992 (b), pp. 317-338.
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*É assim que pensam os salvadorenhos urbanos (1986-1987). San Salvador: Editores UCA.
*É assim que pensam os salvadorenhos urbanos (1986-1987). San Salvador: Editores UCA.
*Do ópio religioso à fé libertadora . Em M. Montero (ed.), Psicologia política latino-americana. Caracas: Panapo, 1987; Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, Capítulo III, pp. 245-280. Tradução para o inglês em J. Hasset e H. Lacey (Eds.), Rumo a uma sociedade que serve seu povo: as contribuições intelectuais dos jesuítas assassinados em El Salvador. Washington, DC: Georgetown University Press, 1991, pp. 347-370.
*Do ópio religioso à fé libertadora . Em M. Montero (ed.), Psicologia política latino-americana. Caracas: Panapo, 1987; Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, Capítulo III, pp. 245-280. Tradução para o inglês em J. Hasset e H. Lacey (Eds.), Rumo a uma sociedade que serve seu povo: as contribuições intelectuais dos jesuítas assassinados em El Salvador. Washington, DC: Georgetown University Press, 1991, pp. 347-370.
*O latino indolente: caráter ideológico do fatalismo latino-americano. In M. Montero (Ed.), Psicologia política latino-americana. Caracas: Panapo, 1987; A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "El Latino indolente", Capítulo I, pp. 73-101. Tradução para o inglês em A. Aron e S. Corne (Eds.), Writings for a Liberation Psychology. Ignacio Martín-Baró.
*O latino indolente: caráter ideológico do fatalismo latino-americano. In M. Montero (Ed.), Psicologia política latino-americana. Caracas: Panapo, 1987; A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "El Latino indolente", Capítulo I, pp. 73-101. Tradução para o inglês em A. Aron e S. Corne (Eds.), Writings for a Liberation Psychology. Ignacio Martín-Baró. Cambridge: Harvard University Press, 1996, Capítulo 12, pp. 198-220.
*Cambridge: Harvard University Press, 1996, Capítulo 12, pp. 198-220.
*Votação em El Salvador: psicologia social da desordem política. Boletim da Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO), 10, 2, 28-36.
*Votação em El Salvador: psicologia social da desordem política. Boletim da Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO), 10, 2, 28-36.
*O salvadorenho é machão?. El Salvador Psychology Bulletin, 6, 24, 101-122.
*O salvadorenho é machão?. El Salvador Psychology Bulletin, 6, 24, 101-122.
*O desafio popular à psicologia social na América Latina. El Salvador
*O desafio popular à psicologia social na América Latina. El Salvador Psychology Bulletin 6, 26, 251-270. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "A libertação como horizonte da psicologia", capítulo IV, pp. 303-321. Conferência proferida no XXI Congresso Interamericano de Psicologia realizado em Havana.
*Psychology Bulletin 6, 26, 251-270. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "A libertação como horizonte da psicologia", capítulo IV, pp. 303-321. Conferência proferida no XXI Congresso Interamericano de Psicologia realizado em Havana.
*Psicologia social da América Central: desafios e perspectivas. Entrevista. Costa Rican Journal of Psychology, 5, 71-76.
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*Processos psíquicos e poder. Manuscrito. In M. Montero (Ed.), Psicologia da ação política. Barcelona: Paidós, 1995. Tradução para o inglês em A. Aron e S. Corne (Eds.), Escritos para uma Psicologia da Libertação. Ignacio Martín-Baró. Cambridge: Harvard University Press, 1996, Capítulo 3, pp. 47-67.
*Processos psíquicos e poder. Manuscrito. In M. Montero (Ed.), Psicologia da ação política. Barcelona: Paidós, 1995. Tradução para o inglês em A. Aron e S. Corne (Eds.), Escritos para uma Psicologia da Libertação. Ignacio Martín-Baró. Cambridge: Harvard University Press, 1996, Capítulo 3, pp. 47-67.
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*Violência política e guerra como causas de trauma psicossocial em El Salvador. Journal of Psychology of El Salvador, 7, 28, 123-141. Rpt. Costa RicanJournal of Psychology 12, 13, 21-34; 1990, pp. 89-107; 1990, pp. 65-84; Traduções para o inglês em: Internatioinal Journal of Mental Health, 18, 1, (1989), pp. 3-20; Journal of La Raza Studies [San Francisco State University] 2, 1, (1990), pp. 5-13; Manchester Guardian Weekly (14 de janeiro de 1990), 23-35; Em J. Sobrino et al. (Eds.), Companions of Jesus (Mariknoll: Orbis, 1990) pp. 79-97.
*Violência política e guerra como causas de trauma psicossocial em El Salvador. Journal of Psychology of El Salvador, 7, 28, 123-141. Rpt. Costa RicanJournal of Psychology 12, 13, 21-34; 1990, pp. 89-107; 1990, pp. 65-84; Traduções para o inglês em: Internatioinal Journal of Mental Health, 18, 1, (1989), pp. 3-20; Journal of La Raza Studies [San Francisco State University] 2, 1, (1990), pp. 5-13; Manchester Guardian Weekly (14 de janeiro de 1990), 23-35; Em J. Sobrino et al. (Eds.), Companions of Jesus (Mariknoll: Orbis, 1990) pp. 79-97.
*Mulheres salvadorenhas e meios de comunicação de massa. Journal of Psychology of El Salvador 7, 29, 253-266.
*Mulheres salvadorenhas e meios de comunicação de massa. Journal of Psychology of El Salvador 7, 29, 253-266.
*Violência na América Central: uma visão psicossocial. Journal of Psychology of El Salvador 7, 28, 123-41. Rpt. 1990, pp. 123-146; Tradução para o inglês em J. Hasset e H. Lacey (Eds.), Rumo a uma sociedade que serve seu povo: as contribuições intelectuais dos jesuítas assassinados em El Salvador. Washington, DC: Georgetown University Press, 1991, pp. 333-346.
*Violência na América Central: uma visão psicossocial. Journal of Psychology of El Salvador 7, 28, 123-41. Rpt. 1990, pp. 123-146; Tradução para o inglês em J. Hasset e H. Lacey (Eds.), Rumo a uma sociedade que serve seu povo: as contribuições intelectuais dos jesuítas assassinados em El Salvador. Washington, DC: Georgetown University Press, 1991, pp. 333-346. El Salvador 1987. RCT 43, 471-472, 21-45.
*El Salvador 1987. RCT 43, 471-472, 21-45.
*Opinião pré-eleitoral e direção do voto em El Salvador. ECA 43, 473-474, 213-223.
*Opinião pré-eleitoral e direção do voto em El Salvador. ECA 43, 473-474, 213-223.
*Consequências psicológicas do terrorismo político. San Salvador (não publicado).
*Consequências psicológicas do terrorismo político. San Salvador (não publicado).
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*Superlotação residencial: ideologização e a verdade de um problema real (b). Journal of Psychology of El Salvador 9, 35, pp. 23-51.
*Superlotação residencial: ideologização e a verdade de um problema real (b). Journal of Psychology of El Salvador 9, 35, pp. 23-51.
*Violência na América Central: uma visão psicossocial (c). Journal of Psychology of El Salvador 35, pp. 123-146.
*Violência na América Central: uma visão psicossocial (c). Journal of Psychology of El Salvador 35, pp. 123-146.
*Trabalhador alegre ou trabalhador explorado? A identidade nacional do salvadorenho (d). Journal of Psychology of El Salvador 9,
*Trabalhador alegre ou trabalhador explorado? A identidade nacional do salvadorenho (d). Journal of Psychology of El Salvador 9, 35, 147-172. Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "O Latino explorado", Capítulo I, pp. 103-128.
*35, 147-172.
*Em A. Blanco (Ed.), Liberation Psychology. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "O Latino explorado", Capítulo I, pp. 103-128.
*Religião como instrumento de guerra psicológica (e). Journal of Social Issues 46, 93-107. Tradução ao espanhol em A. Blanco (Ed.), Psychology of Liberation. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "Religião e guerra psicológica", Capítulo III, pp. 227-244.
*Religião como instrumento de guerra psicológica (e). Journal of Social Issues 46, 93-107. Tradução ao espanhol em A. Blanco (Ed.), Psychology of Liberation. Madrid: Editorial Trotta, 1998, sob o título "Religião e guerra psicológica", Capítulo III, pp. 227-244.
*Psicologia social da guerra: trauma e terapia (compilação de textos) (f). San Salvador: Editores UCA.
*Psicologia social da guerra: trauma e terapia (compilação de textos) (f). San Salvador: Editores UCA.
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==Referências==
==Referências==


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#FERREIRA, Clarice Regina Catelan; FACCI, Marilda Gonçalves Dias. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2020000100008&lng=pt&nrm=iso A atuação da psicologia em contextos de pobreza: algumas contribuições de Martin-Baró.] '''Psicol. Am. Lat.''', México, n. 33, p. 67-77, jul. 2020.
#GAZTAMBIDE D.J. Martín-Baró, Ignacio. In: Leeming D.A. (eds) [https://doi.org/10.1007/978-1-4614-6086-2_813 Encyclopedia of Psychology and Religion]. Springer, Boston, MA, 2014.
#GAZTAMBIDE D.J. Martín-Baró, Ignacio. In: Leeming D.A. (eds) [https://doi.org/10.1007/978-1-4614-6086-2_813 Encyclopedia of Psychology and Religion]. Springer, Boston, MA, 2014.
#DE LA CORTE, I. Memoria de um compromisso: Lá psicología social de Ignácio Martín-Baró. Bilbao, Espanha: Descleé, 2001.
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#MARTÍN-BARÓ, Ignácio. O papel do psicólogo. '''Estudos de psicologia''', v. 2, n. 1, p. 7-27, 1996.
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#LÉO BARBOSA, Nepomuceno et al. Por uma psicologia comunitária como práxis de libertação. Psico, Porto Alegre, v. 39, n. 4, p. 456-464, 8 out. 2008.
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#OLIVEIRA, Lucian Borges; RAQUEL SOUZA LOBO, Guzzo. A vida e a obra de Ignácio Martín-Baró: o paradigma d libertação. Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica , Campinas, p. 1-7, 1 set, 2013.
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#GUARESCHI, P. Pressupostos epistemológicos implícitos no conceito de libertação. '''Psicologia social para América Latina: O resgate da psicologia da libertação. Campinas: Alínea''', 2009.
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#MARTIN-BARO, Ignácio. [https://doi.org/10.1590/S1413-294X1997000100002 O papel do Psicólogo]. Estud. psicol. Natal, 1997, vol.2, n.1, p.7-27.
#MARTIN-BARO, Ignácio. [https://doi.org/10.1590/S1413-294X1997000100002 O papel do Psicólogo]. Estud. psicol. Natal, 1997, vol.2, n.1, p.7-27.


==Autoria==
==Autoria==
Verbete criado inicialmente por: Maria Stefany Lima e Vitória Bom Gomes, como exigência parcial para a disciplina de Estudos Avançados Em História da Psicologia da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2020.2, publicado em 2021.1
Verbete criado inicialmente por: Maria Stefany Lima e Vitória Bom Gomes, como exigência parcial para a disciplina de Estudos Avançados Em História da Psicologia da UFF de Rio das Ostras. Revisado por Anna Clara Domingues Cabral de Andrade.
[[Categoria:Personagens]]
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