Experimentos psicológicos acerca da manipulação e sugestionabilidade: mudanças entre as edições

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[[Leon Festinger|Festinger]] e [[James Merrill Carlsmith|Carlsmith]] atribuíram o resultado surpreendente à [[Dissonância Cognitiva]], pois, enquanto o grupo 1 não precisou falar para outros uma opinião que não tiveram, sua pesquisa de opinião não foi afetada; o grupo 3 não teve que buscar tantas justificativas internas para apresentar a outros uma opinião contrária a sua, uma vez que a recompensa seria alta o suficiente para compensar a “mentira”; enquanto o grupo 2 precisou buscar dentro dessa dissonância uma razão melhor para falar sobre o experimento coisas que não necessariamente seriam verdade na opinião pessoal deles. Portanto, sua conclusão foi que, quanto maior a necessidade de buscar justificativas para atitudes que sejam destoantes de sua verdadeira opinião, mais a [[Dissonância Cognitiva]] irá agir para que o indivíduo encontre tais razões e justificativas.
[[Leon Festinger|Festinger]] e [[James Merrill Carlsmith|Carlsmith]] atribuíram o resultado surpreendente à [[Dissonância Cognitiva]], pois, enquanto o grupo 1 não precisou falar para outros uma opinião que não tiveram, sua pesquisa de opinião não foi afetada; o grupo 3 não teve que buscar tantas justificativas internas para apresentar a outros uma opinião contrária a sua, uma vez que a recompensa seria alta o suficiente para compensar a “mentira”; enquanto o grupo 2 precisou buscar dentro dessa dissonância uma razão melhor para falar sobre o experimento coisas que não necessariamente seriam verdade na opinião pessoal deles. Portanto, sua conclusão foi que, quanto maior a necessidade de buscar justificativas para atitudes que sejam destoantes de sua verdadeira opinião, mais a [[Dissonância Cognitiva]] irá agir para que o indivíduo encontre tais razões e justificativas.
===Jonathan L. Freedman, Scott C. Fraser e e Técnica “Pé-Na-Porta”===
===Jonathan L. Freedman, Scott C. Fraser e e Técnica “Pé-Na-Porta”===
[[Jonathan L. Freedman]], nascido em 1954 e formado em Yale em 1985 e [[Scott Fraser]] são ambos colaboradores da Universidade de Stanford (1996) para estudo da [[Técnica "Porta-Na-Cara"|técnica FITD ("Foot-in-the-door")]]. A [[Técnica FITD ("Foot-in-the-door")|técnica do pé-na-porta]] consiste em uma tática de conformidade, que visa fazer uma pessoa concordar com uma grande solicitação fazendo ela primeiramente aceitar uma solicitação menor, mais modesta. Essa técnica funciona com a criação de uma conexão entre a pessoa que vai fazer as solicitações e a pessoa que será solicitada. Está técnica produziu evidências convincentes de que quando é imposta uma pressão externa maior, geralmente, as pessoas acabam convencidas a contribuir com a solicitação pedida pelos pesquisadores  
[[Jonathan L. Freedman]], nascido em 1954 e formado em Yale em 1985 e [[Scott Fraser]] são ambos colaboradores da Universidade de Stanford (1996) para estudo da [[Técnica "-na-porta"|técnica FITD ("Foot-in-the-door")]]. A [[Técnica "-na-porta"|técnica do pé-na-porta]] consiste em uma tática de conformidade, que visa fazer uma pessoa concordar com uma grande solicitação fazendo ela primeiramente aceitar uma solicitação menor, mais modesta. Essa técnica funciona com a criação de uma conexão entre a pessoa que vai fazer as solicitações e a pessoa que será solicitada. Está técnica produziu evidências convincentes de que quando é imposta uma pressão externa maior, geralmente, as pessoas acabam convencidas a contribuir com a solicitação pedida pelos pesquisadores  


Para comprovar a técnica foi feito um experimento onde os pesquisadores telefonaram para dois grupos de donas de casa da Califórnia, onde um grupo receberia primeiro um pedido menor e depois de alguns dias receberia um pedido maior, e o outro grupo receberia apenas o pedido maior. Posteriormente foi adicionada duas condições ao experimento para ajudar a especificação da diferença entre os grupos no teste, onde em um terceiro grupo não seria feito o pedido menor mas contaria mais dois contatos com as donas de casa, sem executarem qualquer solicitação. Sendo assim, os pesquisadores ligaram para as donas de casa com intenção de fazer o primeiro pedido e solicitaram a elas as respostas de algumas perguntas sobre produtos de limpeza para casa, sendo esse o pequeno pedido a ser atendido pela dona de casa. Três dias depois, os pesquisadores telefonariam novamente para a mesma dona de casa e então pediram que um grupo de cinco a seis homens pudessem ir até a casa  dela para fazer uma avaliação dos produtos usados, tendo uma possível duração de duas horas de investigação e enumeração dos produtos. Assim, este seria o grande pedido. No segundo grupo, apenas foi feito o pedido maior.
Para comprovar a técnica foi feito um experimento onde os pesquisadores telefonaram para dois grupos de donas de casa da Califórnia, onde um grupo receberia primeiro um pedido menor e depois de alguns dias receberia um pedido maior, e o outro grupo receberia apenas o pedido maior. Posteriormente foi adicionada duas condições ao experimento para ajudar a especificação da diferença entre os grupos no teste, onde em um terceiro grupo não seria feito o pedido menor mas contaria mais dois contatos com as donas de casa, sem executarem qualquer solicitação. Sendo assim, os pesquisadores ligaram para as donas de casa com intenção de fazer o primeiro pedido e solicitaram a elas as respostas de algumas perguntas sobre produtos de limpeza para casa, sendo esse o pequeno pedido a ser atendido pela dona de casa. Três dias depois, os pesquisadores telefonariam novamente para a mesma dona de casa e então pediram que um grupo de cinco a seis homens pudessem ir até a casa  dela para fazer uma avaliação dos produtos usados, tendo uma possível duração de duas horas de investigação e enumeração dos produtos. Assim, este seria o grande pedido. No segundo grupo, apenas foi feito o pedido maior.