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O artigo “O papel do experimentador e do sujeito na situação experimental”, de 1953, fala sobre a importância da experimentação em um ambiente no qual todos os fatores que podem influenciar os resultados sejam reconhecidos e extremamente controlados. Só dessa forma poderiam ser feitas observações de seus efeitos e alcançar resultados compatíveis. Embora o campo da psicologia experimental estivesse entrando em declínio, ela continuava a achar esse um bom método. Bori ainda defende a introspecção como método experimental, porém ressalta as dificuldades em utilizá-la e controlá-la.
Em 1954, Carolina propôs a inclusão da estatística para o estudo de psicologia, pois vê como de suma importância que os profissionais tenham conhecimentos de outras áreas e que saibam ler, interpretar e criticar dados estatísticos. | O artigo “O papel do experimentador e do sujeito na situação experimental”, de 1953, fala sobre a importância da experimentação em um ambiente no qual todos os fatores que podem influenciar os resultados sejam reconhecidos e extremamente controlados. Só dessa forma poderiam ser feitas observações de seus efeitos e alcançar resultados compatíveis. Embora o campo da psicologia experimental estivesse entrando em declínio, ela continuava a achar esse um bom método. Bori ainda defende a introspecção como método experimental, porém ressalta as dificuldades em utilizá-la e controlá-la.
Em 1954, Carolina propôs a inclusão da estatística para o estudo de psicologia, pois vê como de suma importância que os profissionais tenham conhecimentos de outras áreas e que saibam ler, interpretar e criticar dados estatísticos. | ||
Em 1955, publicou “Desenho no estudo da personalidade: a prova de desenho da figura humana” que coloca o método desenvolvido por [[Karen Machover]] em análise | Em 1955, publicou “Desenho no estudo da personalidade: a prova de desenho da figura humana”, que coloca o método desenvolvido por [[Karen Machover]] em análise. Este método apresenta a hipótese que, no desenho, o indivíduo expressa partes de seu comportamento pela projeção. Bori conclui que muitas das técnicas apresentadas seriam inadequadas para os propósitos de diagnóstico e orientação de tratamento. Porém, dois anos depois utilizou-se desse método para um estudo no interior de Minas Gerais, no qual buscou descobrir as possibilidades de relações entre variáveis e os métodos utilizados, em vez de verificar hipóteses. Portanto, não descartou o uso de desenhos para pesquisas, apenas o exigiu em um ambiente controlado e sem falta de informações. | ||
Em 1956, publicou | Em 1956, publicou um artigo sobre “Como o laboratório de psicologia estuda a expressão da personalidade”, retomando Aristóteles, Camper, Darwin e [[William James]], considerando este último um autor revolucionário. | ||
O artigo “Estudo psicológico do grupo” de 1957 tinha foco em estudar a personalidade e reitera a importância da experimentação para a psicologia | O artigo “Estudo psicológico do grupo”, de 1957, tinha foco em estudar a personalidade e reitera a importância da experimentação para a psicologia, defendendo assim que o conhecimento produzido em laboratórios é o único meio de verificar hipóteses. | ||
Ela também publicou pesquisas com conteúdos históricos de vários temas, como a distância social.
De 1958, “Percepção e arte” é um resumo que não traz tantas informações como suas outras analisando a criação artística e o teórico da psicologia dando foco maior na percepção. | Ela também publicou pesquisas com conteúdos históricos de vários temas, como a distância social.
De 1958, “Percepção e arte” é um resumo que não traz tantas informações como suas outras obras, desta vez analisando a criação artística e o teórico da psicologia dando foco maior na percepção. | ||
A tese de doutorado “Experimentos de interrupção de tarefas e a teoria de motivação de [[Kurt Lewin]]” de 1959 com o estudo da psicologia experimental propôs produzir conhecimento sob condições rigorosas de controle experimental, em um laboratório. E a teoria deveria ser comprovada por esse método experimental | A tese de doutorado “Experimentos de interrupção de tarefas e a teoria de motivação de [[Kurt Lewin]]”, de 1959, com o estudo da psicologia experimental, propôs produzir conhecimento sob condições rigorosas de controle experimental, em um laboratório. E a teoria deveria ser comprovada por esse método experimental. Bori também abordou o aspecto da motivação nessa tese. | ||
== Reconhecimento == | == Reconhecimento == | ||
Em 1998, uma edição especial da | Em 1998, uma edição especial da Revista Psicologia USP foi dedicada a ela. Muitos pesquisadores escreverem artigos ressaltando o impacto que o posicionamento e a militância de Carolina Bori tiveram na colaboração para o reconhecimento do profissional “psicólogo” e para implantação de cursos e laboratórios de Psicologia Experimental, além de sua atuação em diversos órgãos de divulgação de ciência. “Doutora Carolina é lembrada por colegas das muitas instituições pelas quais passou como uma das personalidades reconhecidamente mais expressivas da Psicologia e da ciência brasileira. (2004, p. 189)” Guedes, M. C. (2004). Memorável Carolina Martuscelli Bori (1924-2004). [[Memorandum]], 7. Outro grande feito de Bori foi receber o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília, tornando-se a primeira mulher a atingir esse marco. Além disso, teve homenagens da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da [[Associação Americana de Psicologia (APA)]]. | ||
== Ver também == | == Ver também == | ||
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* [[Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília]] | * [[Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília]] | ||
* [[Isaias Pessotti]] | * [[Isaias Pessotti]] | ||
* [[Karen Machover]] | |||
* [[Kurt Lewin]] | |||
* [[Maria Amélia Matos]] | * [[Maria Amélia Matos]] | ||
* [[Maria do Carmo Guedes]] | * [[Maria do Carmo Guedes]] | ||
* [[Sociedade Brasileira de Psicologia]] | * [[Sociedade Brasileira de Psicologia]] | ||
* [[William James]] | |||
== Referencias == | == Referencias == |
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