Lawrence Kohlberg nasceu em 25 de outubro de 1927, na cidade de Bronxville, e faleceu em 19 de janeiro de 1987, na cidade de Boston. Foi um conhecido psicólogo e professor norte-americano. Seu interesse dentro do campo psi centrava-se na área do desenvolvimento, sendo o criador da teoria dos “Estágios de Desenvolvimento Moral”, teoria responsável por sua fama.
BiografiaEditar
Da infância ao início da vida adultaEditar
Em 1927, em Bronxville, Nova Iorque, Estados Unidos, nascia o psicólogo social americano Lawrence Kohlberg. Seu pai, Alfred Kohlberg, era um rico comerciante que atuava no ramo da seda. Sua mãe chamava-se Charlotte Albrecht Kohlberg. A boa condição financeira de sua família possibilitou que Kohlberg estudasse em bons colégios, de reconhecida qualidade acadêmica. Lawrence era o filho mais novo de uma família com quatro filhos.
Lawrence Kohlberg não foi um adolescente disciplinado. Costumeiramente, era penalizado por fumar e beber com os amigos, além de fugir para namorar. Apesar dos atos proibidos que cometia, Kohlberg não se sentia culpado por infringir as regras. De acordo com Francisco (2006, p. 35), Kohlberg “acreditava que as regras que violava eram resultantes de convenções arbitrárias e não do princípio de justiça ou da preocupação pelos direitos e bem-estar das pessoas”.
Em 1945, após concluir o ensino médio na Phillips Academy, em Andover, Massachusetts, Kohlberg iniciou o serviço militar na Marinha Mercante dos Estados Unidos. Vale lembrar que o ano de 1945 foi marcado pelo final da Segunda Guerra Mundial e que, por esse motivo, Kohlberg interrompeu seus serviços na Marinha Americana. Na sequência, tornou-se voluntário no navio clandestino Padacah. A missão, coordenada pela organização militar sionista Haganah, tinha como objetivo transportar judeus para a Palestina, porém o navio foi interceptado por britânicos. Para enganar os fiscais e proteger os judeus, Kohlberg dizia que as camas dos refugiados eram contêineres para bananas, daí a origem do título de seu artigo “Beds for Bananas”, onde o pesquisador relatava a violência aplicada durante a captura, como o uso de gás lacrimogêneo e até mesmo a morte de bebês. Kohlberg foi preso no Chipre, onde ficou em um campo de concentração, escapando com a ajuda da Haganah, que providenciou documentos falsos para que ele pudesse fugir.
Início da vida acadêmicaEditar
Após esse período conturbado, relativo ao trabalho voluntário no navio Padacah e sua prisão, Kohlberg ingressou na Universidade de Chicago em 1948, para cursar Psicologia. Por ter um rendimento nos testes de admissão bem acima da média, concluiu a graduação em Psicologia em apenas um ano.
Em 1958, obteve seu doutorado também na Universidade de Chicago. Seu trabalho versava sobre a existência de estágios de desenvolvimento moral, universais e invariáveis. A tese de doutorado de Kohlberg representou uma ampliação da obra de Piaget, identificando seis estágios de desenvolvimento moral. É importante destacar que Piaget abordou o desenvolvimento da consciência moral até os 12 e 13 anos, fase em que o indivíduo alcançaria a moral autônoma. Já Kohlberg afirmava que esse nível de desenvolvimento só seria alcançado em torno dos 20 anos de idade, no melhor dos casos.
É importante destacar que apontamentos de Kohlberg tiveram como influência os trabalhos dos seguintes estudiosos: George Herbert Mead, John Dewey, Platão, Émile Durkheim e Jean Piaget, tendo esse último uma influência crucial em sua pesquisa.
Pesquisa empírica sobre o desenvolvimento moralEditar
Nos anos seguintes à conclusão do doutorado, Kohlberg dedicou-se a provar empiricamente a sua hipótese da existência de estágios de desenvolvimento moral universais. Para isso, o autor deu continuidade aos seus estudos na tentativa de comprovar a validade de sua tese, nas mais diversas realidades culturais. Isso foi importante para que pudesse demonstrar a validade de sua hipótese de desenvolvimento moral independente do contexto cultural. Outro objetivo alcançado com esta parte de suas pesquisas foi o refinamento e melhor definição dos estágios já elaborados.
Ao observar durante 20 anos um grupo de meninos, Kohlberg finalmente concluiu que o desenvolvimento moral segue uma sequência de estágios que não é afetada pelas questões culturais. Seus estudos iniciaram quando os meninos tinham entre 10 e 16 anos e foram finalizados quando os meninos tinham idade entre 22 e 28 anos. Sua pesquisa consistia em propor dilemas morais aos meninos e observar suas respostas. Ao longo desses 20 anos, o mesmo grupo de meninos era entrevistado a cada quatro anos.
Como já foi dito, Kohlberg observou o desenvolvimento moral em diversos lugares do mundo, como na Malásia, Taiwan, Turquia, México e Estados Unidos. Sua investigação teve como resultado a publicação da obra Essays on moral development no ano de 1981, composta por 3 volumes.
Foram realizados inúmeros estudos nas mais diversas culturas até 1985. Os resultados de todos esses trabalhos culminaram na mesma conclusão: a de que os estágios podem ser observados no desenvolvimento humano, independentemente do local ou contexto cultural, religião, etnia e outros fatores.
Vida e carreiraEditar
Kohlberg foi contratado pela Universidade de Harvard, onde assumiu o cargo de docente na Graduate School of Education. Sua vida também foi marcada pela participação em movimentos políticos, como o movimento civil contra a discriminação racial e contra a guerra do Vietnã, na década de 1970. Também atuou em prisões e escolas de ensino médio nos Estados Unidos, onde tinha como objetivo implantar a ideia de “comunidade justa”, que consistia em adotar práticas para o exercício de uma democracia participativa.
Enquanto esteve em Belize para realização de pesquisas, no ano de 1971, Kohlberg contraiu um parasita intestinal que lhe causou uma infecção. A partir disso, sentiu constantes dores, ao longo de 16 anos. Tal condição fez com que sua saúde ficasse debilitada, desenvolvendo também um quadro de depressão.
Fim da vidaEditar
Kohlberg faleceu em janeiro de 1987, aos 59 anos. Seu carro foi localizado estacionado em uma rua e o seu corpo foi encontrado no mar, três meses depois do seu desaparecimento, na cidade de Boston, aparentando se tratar de um caso de suicídio.
ContribuiçõesEditar
Conceitos, apontamentos e teoriaEditar
Por suas fortes influências advindas dos trabalhos de Piaget, Kohlberg desenvolveu sua teoria calcada na ideia de que o desenvolvimento moral está ligado ao desenvolvimento cognitivo. Segundo Vidigal (2011, p. 50), o trabalho de Piaget tinha como foco central o desenvolvimento humano, com interesse no desenvolvimento cognitivo, mas mesmo assim, tratou de questões referentes ao desenvolvimento moral, limitando-se a falar apenas de crianças. O resultado de suas pesquisas foi divulgado no livro "O Juízo Moral na Criança", publicado em 1932. Kohlberg, por sua vez, foi além de seu mestre nos estudos sobre a moralidade, dedicando grande parte de sua vida ao desenvolvimento de uma teoria a respeito do assunto. Como resultado, sua contribuição teórica vigorou nos estudos a respeito do desenvolvimento moral (BIAGGIO, 1997).
Diferente de Piaget, Kohlberg produziu um estudo longitudinal com crianças e adolescentes, indo até a fase adulta dos participantes. Para este, o desenvolvimento humano se constitui na relação do sujeito com o meio, não sendo passível de separação. Tal pensamento é o ponto central na moralidade para Kohlberg.
Outra contribuição de Kohlberg foi a elaboração de uma sequência universal do desenvolvimento da moral. De acordo com ele, todo ser humano passa por uma sequência de estágios de desenvolvimento. Tal sequência pode ser observada nas mais variadas culturas e contextos.
TeoriaEditar
A Teoria do Desenvolvimento Moral, estabelecida por Kohlberg, é vista no campo científico como uma grande contribuição para a Psicologia Cognitivista. Kohlberg pôde por anos acompanhar as visões de Piaget e seu trabalho durante sua vida acadêmica e, a partir disso, postular uma teoria que pudesse contribuir para o cenário científico. Sua teoria, por ter um caráter universal e sequencial, assim como a teoria piagetiana, necessitou se enquadrar dentro de algumas normas, como por exemplo, a de que o desenvolvimento se dá de forma contínua e progressiva no ser humano, sendo raro identificarmos alguém que regrida nas fases do desenvolvimento, ou então, a de que não é possível ao ser humano “pular” estágios. Foi nessa perspectiva que Kohlberg ampliou os estudos de Piaget, desenvolvendo três níveis de desenvolvimento moral. De acordo com a teoria de Kohlberg, cada nível é subdividido em dois estágios, totalizando seis estágios de desenvolvimento moral. Os níveis de desenvolvimento são os seguintes: pré-convencional, convencional e pós-convencional, contendo em cada nível, dois estágios, como foi dito anteriormente.
No nível pré-convencional, observado na faixa etária de 2 a 6 anos, as regras morais são impostas sobre a criança, sendo inicialmente respeitadas por medo de punições, porém a criança percebe também que o cumprimento dessas regras lhes garante recompensas. Essa fase é marcada pelo egocentrismo. Nesse nível, existem dois estágios:
1- Punição e obediência: basicamente, a criança observa as regras e as cumpre, a fim de evitar punições. Ao ser punida, o tamanho de sua punição acaba por indicar o tamanho do erro praticado. Neste estágio, a criança não distingue pensamentos diferentes dos seus, porém respeita uma figura de maior poder.
2- Hedonismo instrumental: neste estágio, ainda há o medo da punição, porém a criança percebe que pode ser recompensada se cumprir as regras. Ela percebe que o outro também tem desejos, sendo capaz de realizar uma troca, porém a condição é que essa troca seja de seu próprio interesse.
No nível convencional, há um comportamento baseado naquilo que se é esperado da criança ou adolescente, buscando sempre uma aprovação e mantendo a ordem social. Nesse nível há também o medo da punição, porém o que mais vale para o indivíduo são os julgamentos. Esse período é observado na faixa etária próxima aos 10 anos de idade (Idade Escolar) até a adolescência.
3- Relações interpessoais: neste estágio, há o ideal de “bom garoto”. Aquilo que agrada os outros lhe garante receber a aprovação dos mesmos. Ainda nesse nível, as atitudes carregadas de boas intenções podem sobrepor uma ação vista como imoral, como por exemplo, "brigar" (imoral) para "defender" (boa intenção) um animal indefeso.
4- Autoridade mantém a ordem social: neste estágio, o que está expresso nas leis é o que de fato vale para o indivíduo. É através das leis que se sabe o que a sociedade espera dos indivíduos. Além disso, as autoridades são figuras que determinam essas leis e, portanto, têm voz ativa na sociedade.
No nível pós-convencional, o indivíduo consegue decidir o que é certo ou errado por uma noção mais universal do que é a justiça; por mais que manter a ordem social seja algo que importe bastante para esses indivíduos, eles ainda podem discordar das leis e das figuras de ordem, tomando as leis como algo mutável. Geralmente, suas escolhas estarão pautadas nos direitos humanos e na ordem social. O nível pós-convencional pode ser observado no período final da adolescência, tendo início na vida adulta. É importante ressaltar que, ao demarcarmos as faixas etárias de cada nível, buscamos nos aproximar ao máximo de uma estimativa. Porém, em especial nesse nível, as pesquisas de Kohlberg apontam que são raros os indivíduos estadunidenses que alcançam o 5º estágio, e apenas algumas figuras como Ghandi, Madre Tereza e Luther King, por exemplo, alcançaram o 6° estágio (SAMPAIO, 2007, p. 587).
5- Contrato social: neste estágio, o indivíduo avalia sua conduta a partir de sua visão das leis. Por exemplo, se as leis são democráticas e contemplam uma maioria de forma positiva, além de preservar os direitos humanos, estas leis são bem vistas e são seguidas em sua maioria. Caso contrário, desrespeitar as leis não é visto como algo negativo.
6- Princípios universais: neste estágio, o indivíduo escolhe de forma consciente adotar um ponto de vista ético como princípio e, a partir deste, julgar as leis. Quando a lei contempla os princípios éticos do sujeito, ela é facilmente adotada. Quando a lei não atende a esses princípios éticos, o indivíduo priorizará agir conforme seus princípios.
Para Kohlberg, os princípios éticos estão relacionados a valores como: “vida humana, propriedade, verdade, filiação ou ligação afetiva, autoridade, lei e contrato, consciência e punição” (BATAGLIA, 1996, apud VIDIGAL, 2001, p.58). De maneira geral, esses princípios são universais, para além de todo contrato social. Ainda sobre esse 6° estágio, pode-se afirmar que nele o sujeito é capaz de ter empatia, compreender as afecções sofridas pelos indivíduos em determinada situação e buscar uma solução que contemple a todos.
Kohlberg defendia que a moralidade era amadurecida quando o sujeito fosse capaz de entender que a justiça não era exatamente respeitar as leis, uma vez que, algumas leis, podem ser moralmente equivocadas e por isso, devem ser questionadas com o objetivo de modificá-las. Todo ser humano teria a capacidade para superar as convicções e valores da cultura em que foi moldado, ao invés de passivamente aceitar tudo que vem dela. Este é o aspecto mais importante de sua teoria, tornando-a única e diferente das demais existentes. (BIAGGIO, 1997, s/p). Então, pode-se dizer que para a teoria kohlberniana, o mais alto nível de desenvolvimento moral só seria atingido quando o sujeito compreendesse a diferença entre justiça e lei. Ao alcançar tal diferenciação, seria possível ao sujeito utilizar a justiça como critério para refletir a respeito das leis, ao invés de aceitá-las de forma passiva e transformando-as, quando necessário.
Para identificar o nível de desenvolvimento moral do sujeito, Kohlberg utiliza os conceitos de normas e os elementos envolvidos no processo de escolha do participante diante de um dilema. As normas podem ser compreendidas como os valores morais que norteiam a postura do participante, diante de um dilema. Os elementos podem ser definidos como os motivos que levam o sujeito a fazer determinada escolha. Vale lembrar que, ao analisar apenas as normas (valores), não seria suficiente para a compreensão e identificação do estado do desenvolvimento moral do sujeito observado. Apenas a relação entre normas e elementos tornaria esse processo possível.
Segundo Kohlberg, só seria possível ao sujeito passar para o próximo estágio caso o mesmo vivenciasse conflitos internos, nos quais a problemática do dilema entrasse em confronto com suas questões morais pessoais. Somente depois desse confronto (que tinha como resultado um conflito cognitivo) o sujeito conseguiria maturar o julgamento moral.
Dilemas utilizados e o Moral Judgment Interview (MJI)Editar
No estudo da moral, Kohlberg elaborou o Moral Judgment Interview (MJI), um instrumento de pesquisa em psicologia com três versões (A, B e C) e que consiste na apresentação de três dilemas morais acompanhado de uma entrevista semi-estruturada sobre cada dilema. Os dilemas apresentam conflitos de três tipos:
- Qualidade de vida e violação das leis vs. obediência às leis;
- Consideração e caráter da própria ação vs. atendimento à justiça e necessidade de punição;
- Manutenção de contrato vs. manutenção da autoridade
Dilema de HeinzEditar
Em sua pesquisa sobre o desenvolvimento moral, Kohlberg apresentava alguns dilemas morais aos entrevistados. A partir das respostas obtidas, o pesquisador conseguia identificar em que nível do desenvolvimento moral o sujeito encontrava-se. Dentre os dilemas utilizados por Kohlberg, encontramos o Dilema de Heinz:
Uma mulher com câncer está próxima da morte. Um farmacêutico descobriu um medicamento que os médicos acreditam que pode salvá-la. O farmacêutico está cobrando 2.000 dólares por uma pequena dose - 10 vezes o que o medicamento custa para ele fabricar. O marido da mulher doente, Heinz, pede dinheiro emprestado a todos os conhecidos, mas consegue reunir apenas 1.000 dólares. Ele implora ao farmacêutico para lhe vender o medicamento por 1.000 dólares ou deixar que ele pague o restante mais tarde. O farmacêutico recusa, dizendo, “Eu descobri o medicamento e vou ficar rico com ele. ” Heinz, desesperado, arromba a loja do homem e rouba o medicamento. Heinz deveria ter feito isso? Por quê? (KOHLBERG, 1969 apud PAPALIA E FELDMAN, 2013, p. 407).
Segundo Ravella (2010, p. 49), diante do dilema de Heinz, algumas perguntas poderiam ser feitas:
- Deve ou não Heinz assaltar a farmácia e roubar o medicamento? Por quê?
- Se Heinz não gostasse da mulher devia roubar ou não o medicamento? Por quê?
- Se a pessoa que estava a morrer não fosse a mulher, mas um desconhecido, devia ou não Heinz roubar o medicamento? Por quê?
- Como deve Heinz roubar o medicamento, sabendo que por lei é proibido roubar? (Isto, se o sujeito defender que Heinz deve roubar).
- É importante que as pessoas façam tudo o que podem para salvar a vida de alguém? Por quê?
Segundo Vidigal (2011), a depender do nível em que o pesquisado se encontrava, as seguintes respostas poderiam ser encontradas:
- Estágio 1 – “Se você deixa sua esposa morrer, estará em um grande problema. Será acusado por não gastar o dinheiro para salvá-la, e você e o farmacêutico serão investigados pela morte dela. (VIDIGAL, 2011, p. 60)
- Estágio 2 – “Se acontecer de você ser pego, você devolve a droga e não pega uma sentença muito grande. Não vai te incomodar muito ter cumprido essa pequena sentença se você tiver sua esposa quando sair. ” (VIDIGAL, 2011, p. 61)
- Estágio 3 – “Ninguém vai considerar que você é mal por ter roubado a droga, mas sua família irá pensar que você é um marido desumano se você não o fizer. Se você deixar a sua esposa morrer, nunca mais será capaz de olhar ninguém nos olhos novamente. ” (VIDIGAL, 2011, p. 61)
- Estágio 4 - “Se você tem um senso de honra, você não deixa a sua esposa morrer porque você tem medo de fazer a única coisa que irá salvá-la. Você sempre se sentirá culpado por ter causado sua morte e não cumpriu o seu dever para com ela. ” (VIDIGAL, 2011, p. 62)
- Estágio 5 – “Se você deixar sua mulher morrer, seria por medo, não por julgar correto. Assim, você perderia o auto respeito e, provavelmente, o respeito dos outros também. ” (VIDIGAL, 2011, p. 62)
- Estágio 6 – “Se você não roubar a droga e deixar sua mulher morrer, você sempre condenará a si mesmo por isso. Você não poderá ser culpado e terá vivido de acordo com as leis, mas não terá vivido de acordo com os seus próprios padrões de consciência. ” (VIDIGAL, 2011, p. 63)
Ainda sobre as respostas típicas ao dilema de Heinz, encontramos em Papalia e Feldman (2013, p.409) a seguinte organização:
- Estágio 1:
A favor: “Ele deve roubar o remédio. Não é errado fazê-lo. Não é, porque primeiro ele quis pagar. O remédio que ele levaria vale só duzentos dólares; na verdade ele não está levando um remédio de dois mil dólares".
Contra: “Ele não deve roubar o remédio. É crime. Ele não tinha permissão; usou a força, invadiu e entrou. Ele causou muitos danos e roubou um remédio muito caro".
- Estágio 2:
A favor: “Está certo roubar o remédio, pois sua mulher precisa e ele quer que ela viva. Não é que ele queira roubar, mas é o que ele tem de fazer para salvá-la".
Contra: “Ele não deveria roubar. O farmacêutico não está errado nem é mau; ele só quer lucrar. É para isso que ele está no negócio - para ganhar dinheiro".
- Estágio 3:
A favor: “Ele deve roubar o remédio. Ele só está fazendo o que é natural um marido fazer. Não se pode culpá-lo de fazer algo por amor à esposa. Ele seria culpado se não amasse a esposa o suficiente para salvá-la".
Contra: “Ele não deve roubar. Se a esposa morrer, ele não tem culpa. Não é porque ele é cruel ou não ama suficientemente sua mulher a ponto de fazer tudo que é legalmente possível. O farmacêutico é que é egoísta ou cruel".
- Estágio 4:
A favor: “Você deve roubar. Se não fizer nada, deixará sua mulher morrer. A responsabilidade será sua se ela morrer. Você precisa levar o remédio com a ideia de pagar o farmacêutico".
Contra: “É natural que ele queira salvar a esposa, mas é sempre errado roubar. Ele sabe que está tirando um remédio valioso do homem que o fabricou".
- Estágio 5:
A favor: “A lei não foi criada para essas circunstâncias. Levar o remédio nessa situação, na verdade, não é certo, mas é justificável".
Contra: “Você pode não culpar totalmente uma pessoa por roubar, mas circunstâncias extremas de fato não justificam tomar a lei em suas próprias mãos. Você não pode aceitar que as pessoas roubem toda vez que estiverem desesperadas. O objetivo pode ser bom, mas os fins não justificam os meios".
- Estágio 6:
A favor: “Essa é uma situação que o força a escolher entre roubar e deixar sua mulher morrer. Numa situação em que deve ser feita uma escolha, é moralmente correto roubar. Ele tem de agir em termos do princípio de preservação e respeito à vida".
Contra: “Heinz está diante da decisão de considerar ou não as outras pessoas que precisam do remédio tanto quanto sua mulher. Ele deve agir não de acordo com os seus sentimentos pela esposa, mas considerando o valor de todas as vidas envolvidas".
Dilema de JaneEditar
Judy era uma menina de 12 anos. Sua mãe prometeu a ela que ela poderia ir a um show que ia acontecer na sua cidade se ela economizasse dinheiro para comprar um ingresso para o show. Ela conseguiu economizar os quinze dólares do preço do ingresso mais outros cinco dólares. Contudo, sua mãe mudou de ideia e disse a Judy que ela precisava gastar o dinheiro em roupas novas para a escola. Judy ficou desapontada e decidiu ir ao show mesmo assim. Ela comprou uma passagem e disse à mãe que só conseguiu economizar cinco dólares. Naquele sábado, ela foi à apresentação e disse à mãe que passaria o dia com uma amiga. Uma semana se passou sem que sua mãe descobrisse. Judy então contou para a sua irmã mais velha, Louise, que tinha ido à apresentação e mentido para a mãe sobre isso. Louise deve contar para sua mãe que Judy mentiu?
Outra versão:
A mãe de Jane promete que ela poderá ir ao baile no sábado se lavar a louça durante a semana inteira. Jane lava a louça, mas chegando o sábado, sua mãe diz ter mudado de idéia, e não a deixará ir ao baile. Jane sai escondida de casa e vai ao baile, confiando o segredo à sua irmã Mary. Mary deve contar o fato para a mãe?
Dilema do capitão (variação 1)Editar
Um avião charter caiu no pacífico sul. Três pessoas sobreviveram. O piloto e três passageiros. Um dos passageiros era um senhor de idade avançada que tinha o ombro quebrado. O outro era um jovem, forte e saudável. Havia alguma chance de que o barco salva-vidas conseguisse chegar a salvo na ilha mais próxima se dois homens remassem continuamente por três semanas. Todavia, havia quase nenhuma chance se os três homens permanecessem no barco. Primeiro, o suplemento alimentar era insuficiente. Tinha pouco até para manter dois homens vivos pelo período de três semanas. Segundo, uma tempestade aproximava-se e o barco certamente viraria a menos que um homem não estivesse a bordo. Uma decisão deveria ser tomada rapidamente.
Dilema do capitão (variação 2)Editar
Na Coréia, um grupo de dez soldados foi suplantado em números [outnumbered] e estava se retirando perante o inimigo. O grupo havia cruzado uma ponte sobre um rio, mas os inimigos ainda estavam do outro lado. Se alguém voltasse para a ponte e explodisse tudo, o grupo poderia escapar. Todavia, o homem que retornasse para explodir a ponte não conseguiria escapar com vida. O capitão perguntou se havia voluntários, mas ninguém se ofereceu. Se ninguém voltasse, era virtualmente certo que todos morreriam. (...) O capitão finalmente decidiu que tinha duas alternativas. A primeira era ordenar que o homem responsável pela demolição [demolition man] ficasse para trás. Se esse homem fosse enviado, a probabilidade de que a missão fosse cumprida com sucesso era de 80%. A segunda alternativa era selecionar alguém por sorteio. Se qualquer um que não o homem responsável pela demolição fosse selecionado, a probabilidade de que a missão seria cumprida com sucesso era de 70%. Qual das duas alternativas o capitão deveria escolher e por quê?
Dilema de JoeEditar
Joe é um garoto de 14 anos que queria muito ir para o acampamento. Seu pai prometeu que ele poderia ir se ele mesmo economizasse dinheiro para isso. Assim, Joe trabalhou bastante entregando jornais e economizou os quarenta dólares que custava para ir para o acampamento, e ainda um pouco mais. Mas pouco antes do acampamento começar, seu pai mudou de ideia. Alguns de seus amigos decidiram fazer uma pescaria especial, e o pai de Joe estava sem o dinheiro que isso custaria. Então ele disse a Joe para lhe dar o dinheiro que ele economizou com a entrega de jornais. Joe não queria desistir de ir para o acampamento, então pensa em se recusar a dar o dinheiro ao pai.
Dilema dos dois irmãosEditar
Dois jovens, irmãos, estavam com sérios problemas. Eles estavam secretamente deixando a cidade com pressa e precisavam de dinheiro. Karl, o mais velho, invadiu uma loja e roubou mil dólares. Bob, o mais jovem, foi até um velho aposentado que era conhecido por ajudar as pessoas na cidade. Ele disse ao homem que estava muito doente e que precisava de mil dólares para pagar a operação. Bob pediu ao velho que lhe emprestasse o dinheiro e prometeu que o pagaria de volta quando se recuperasse. Na verdade, Bob não estava nem um pouco doente e não tinha intenção de pagar ao homem de volta. Embora o velho não conhecesse Bob muito bem, ele lhe emprestou o dinheiro. Então Bob e Karl fugiram da cidade, cada um com mil dólares.
CríticasEditar
As principais críticas à teoria de Kohlberg, se referem às seguintes questões:
Universalidade dos estágiosEditar
Alguns críticos à teoria de Kohlberg, colocam em dúvida a ideia de que os estágios de desenvolvimento moral ocorrem da mesma maneira e de forma universal nos indivíduos. Há autores que defendem que a sequência de estágios, proposta por Kohlberg só se aplicam a sociedades capitalistas liberais.
Acusação de adoção de uma perspectiva elitistaEditar
Estudiosos (principalmente os que defendem o Relativismo Moral), criticam a teoria de Kohlberg, uma vez que ela defende a existência de juízos morais mais adequados que os outros. Nesta perspectiva, os seres humanos seriam divididos em dois grupos: os mais morais e os menos morais.
Desconsideração às diferenças referentes ao gêneroEditar
Encontramos principalmente em Carol Gilligan, a crítica de que a teoria de Kohlberg não leva em consideração as questões de gênero. Tal crítica pode ser fundamentada no fato de que a pesquisa realizada por Kohlberg, só contou com a participação de indivíduos do sexo masculino em sua amostra. Essa postura metodológica, trouxe à tona a acusação de que Kohlberg não levou em conta as especificidades do desenvolvimento moral das meninas. Para Ravella (2010, p. 64), Gilligan defendia a existência de uma postura ética, característica das mulheres, conceituada pela autora como uma “ética do cuidado” (ethics of care). A concepção de Gilligan, representa um contraste à teoria de Kohlberg, uma vez que essa se caracteriza pela “ética da justiça”, pautada nos direitos e normas. Como exemplo de trabalhos em que Gilligan aborda o assunto, destacamos sua tese In a Different Voice: Psychological Theory and Women’s Development e o texto In a Different Voice: Womens’s Conceptions of Self and of Morality, de 1977 (SPINELLI, 2019, p. 247).
Desvalorização da influência de aspectos como emoção e hábito no desenvolvimento moralEditar
Outro ponto que coloca em dúvida a teoria de Kohlberg se refere ao fato de que ele não aborda em seus estudos a influência das emoções e do hábito, não dando a esses aspectos a devida importância.
Escola de Cluster e aplicação da técnica de educação moral “Comunidade Justa”Editar
Nas décadas de 1960 e 1970, escolas alternativas começaram a despontar nos Estados Unidos. No ano de 1974, pais e professores requisitaram que Kohlberg assistisse uma escola, com uma proposta alternativa, em Cambridge. Como Kohlberg já desejava uma oportunidade nesse sentido, aceitou o pedido e assim foi concebida a escola alternativa chamada de Cluster. (BIAGGIO, 1997, n.p.)
A escola possuía 64 estudantes, 6 docentes e pessoal administrativo que se reuniam em grupo, cerca de duas horas por dia. Cluster fazia parte de outra escola, a Cambridge High School, uma escola pública de grande porte. Apesar dos alunos passarem mais tempo na Cambridge, se identificavam mais com a Cluster e julgavam-se não pertencentes à Cambridge. Cerca de 3 vezes por semana, os estudantes participavam de aulas de inglês e estudos sociais na Cluster (BIAGGIO, 1997).
Uma vez por semana acontecia uma “reunião da comunidade”. Participavam desses encontros alunos e professores, com a proposta de conversarem sobre as demandas e questões e discutia-se também regras e a manutenção delas. Tudo era decidido através de discussões, e o voto da maioria prevalecia. Havia paridade entre os votos, uma vez que os votos de professores e alunos tinham o mesmo valor (BIAGGIO, 1997).
A agenda da reunião da comunidade era elaborada com antecedência com a participação de Kolberg, da equipe e dos alunos voluntários. Assim, Kohlberg e professores debatiam sobre quais tópicos eram relevantes para uma discussão moral na reunião. Um dia antes da reunião, alunos e professores se encontravam nos pequenos grupos que eram denominados de "grupos conselheiros”.
Na escola de Cluster, a igualdade era um ideal valorizado e buscado por todos, a todo momento. Sendo assim, professores e alunos eram vistos como iguais, no que se referia às regras, direitos e deveres. (BIAGGIO, 1997).
Cronologia biográficaEditar
1927 - Nasce Kohlberg, em Nova Iorque, EUA.
1945 – Kohlberg ingressa na marinha dos Estados Unidos. No mesmo ano, se voluntaria no navio para levar judeus à Palestina.
1948 – Admitido na Universidade de Chicago, para cursar Psicologia.
1955 – Casou-se com Lucille Stigberg.
1958 – Conclusão do doutorado.
1981- Publicação da obra “Essays on Moral Development. ”
1968 – Contratado para lecionar em Harvard.
1971 – Kohlberg viaja para Belize, onde contrai uma parasita intestinal, que o deixa permanentemente doente.
1974 – Aceitou convite feito por um grupo de pais e professores, para assessorar uma escola alternativa em Cambridge.
1987 – Morre Kohlberg, aos 59 anos. Suspeita de suicídio.
Discípulos/Seguidores/Quem influenciouEditar
Segundo Ravella (2010, p. 14), a teoria de Kohlberg tem grande influência nas questões da educação moral, sendo assim, ao longo dos anos, diversos pesquisadores interessaram-se pelo trabalho desenvolvido por Kohlberg e foram influenciados por ele. Como exemplo, podemos citar James Rest e Elliot Turiel. Ambos defendiam a teoria desenvolvida por Kohlberg, principalmente no que se refere à importância que o estudioso deu à função da razão. Ainda de acordo com Ravella (2010, p.14), é possível encontrar trabalhos, realizados em língua inglesa que falam sobre uma abordagem chamada “neo-kohlberguiana”. Neste contexto, destacamos mais uma vez James Rest e seu trabalho, publicado no ano de 1999, desenvolvido em parceria com Darcia Narvaez, Muriel J. Bebeau e Stephen J. Thoma.
Sobre trabalhos influenciados pela teoria de Kohlberg, em língua portuguesa, Ravella (2010, p. 15), chama a atenção para a pouca quantidade desses estudos. Destaca-se as obras de Orlando Lourenço, professor da Universidade de Lisboa, e Júlia Oliveira Formosinho, professora da Universidade de Minho.
No cenário brasileiro, em Ângela Maria Biaggio, encontramos uma importante obra também influenciada pelos apontamentos de Kohlberg. De acordo com Ravella (2010, p. 15), Biaggio “trabalha com as metodologias de pesquisa de Kohlberg desde os anos 70 do século passado. ”
ObrasEditar
● The Philosophy of Moral Development: Moral Stages and the Idea of Justice
● Moral Stages: A Current Formulation and a Response to Critics (Contributions to Human Development)
● Lawrence Kohlberg′s Approach to Moral Education - F. Clark Power, Ann Higgins, Lawrence Kohlberg
● The Measurement of Moral Judgement - Ann Colby, Lawrence Kohlberg, Betsy Speicher, Alexandra Hewer, Daniel Candee, John Gibbs e Clark Power
● Constructivist Early Education, Overview an Comparison With Our Program: Overview and Comparison With Other Programs - Rheta Devries, Lawrence Kohlberg
Relação com outros personagens ou teoriasEditar
As pesquisas de Kohlberg tiveram como base o trabalho do seu professor, Jean Piaget a respeito do desenvolvimento moral. Em seus estudos, Piaget analisou esse aspecto do desenvolvimento em indivíduos até 12-13 anos de idade. Tal fato representou para Kohlberg uma limitação na teoria piagetiana. Se compararmos os apontamentos feitos por Kohlberg e os de Piaget, encontraremos alguns pontos em comum e também algumas diferenças. Sobre as semelhanças destacamos as escolhas metodológicas e os objetivos de ambos. No que se refere à metodologia, tanto Piaget quanto Kohlberg utilizaram o modelo de entrevista clínica. Em seu trabalho sobre a constituição da moralidade, Piaget investigou a forma como as crianças se comportavam diante de questões como “regras do jogo, mentira, roubo e muitos aspectos da noção de justiça” (VIDIGAL, 2011, p.50). Essa investigação resultou no livro “O Juízo Moral na Criança”, publicado em 1932. Como já foi dito, Kohlberg utilizou uma metodologia muito próxima à de seu mestre Piaget. A abordagem metodológica utilizada em sua investigação é conhecida como The Moral Judgment Interviw (MJT) -A Entrevista de Julgamento Moral- onde Kohlberg apresentava aos entrevistados dilemas morais, com o objetivo de compreender o pensamento do participante. Dentre os dilemas apresentados durante as pesquisas, destacamos o dilema de Heinz. Cabe destacar que ao apresentar um dilema a um participante, onde esse deveria fazer uma escolha, o foco de Kohlberg centrava-se no porquê da escolha e não na escolha propriamente dita. Podemos dizer que Kohlberg estava mais interessado nas justificativas das respostas, do que se elas estavam “moralmente certas ou erradas”.
No que se refere ao objetivo de estudo, podemos dizer que tanto Kohlberg quanto Piaget interessaram-se em descobrir de que maneira a moralidade se desenvolve, embora o foco principal da obra de Piaget seja o desenvolvimento cognitivo.
Como já foi dito, a análise das teorias de Kohlberg e Piaget nos permite identificarmos algumas diferenças entre elas. Destacamos as seguintes:
● Em sua obra, Kohlberg utiliza o conceito de estágios de desenvolvimento, enquanto Piaget utiliza o conceito de etapas.
● Para Piaget, a moral autônoma seria alcançada por volta dos 12 anos de idade, enquanto Kohlberg acreditava que essa moral seria alcançada por volta dos 20 anos de idade, no melhor dos casos.
● Outra diferença pode ser encontrada no fato de que para Piaget a ação antecede o juízo moral (definido como a capacidade cognitiva de diferenciar o certo e o errado), enquanto Kohlberg defendia o inverso.
Ver tambémEditar
VídeoEditar
ReferênciasEditar
- ASSIS, E. R. de; CARNEIRO, K. T.; BRONZATTO, M.; CAMARGO, R. L. de. Lawrence Kohlberg e os anos de chumbo: demandas por justiça e a procura pela moralidade pós-convencional. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 20, n. 1, p. 276–297, 2018.
- BATAGLIA, Patrícia Unger Raphael; MORAIS, Alessandra de; LEPRE, Rita Melissa. A teoria de Kohlberg sobre o desenvolvimento do raciocínio moral e os instrumentos de avaliação de juízo e competência moral em uso no Brasil. Estud. psicol. Natal, n.15, v.1, Abr, 2010.
- BIAGGIO, Angela Maria Brasil. Kohlberg e a "Comunidade Justa": promovendo o senso ético e a cidadania na escola. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 47-69, 1997.
- BIAGGIO, Angela Maria Brasil. Universalismo versus relativismo no julgamento moral. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 5-20, 1999.
- CÂMARA, Luiz; ANDRADE, Marcelo. Educação moral e diversidade: diálogos a partir de Habermas e Kohlberg. Educação e Filosofia, n.28, v.56, p.729-755, 2014.
- DÍAZ-SERRANO, José. Development of moral judgment according to kohlberg as an academic performance determining factor in social sciences for a group of secondary education students. Revista Electrónica Educare, n.19, v.3, p.1-14, 2015.
- DOOREY, Marie. "Lawrence Kohlberg". Encyclopedia Britannica.
- FRANCISCO, Rachel Herdy de Barros. A República e o Homem comum: um estudo sobre a competência cívica. Dissertação de mestrado. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Direito, 97fls.
- KLEINMAN, Paul. Tudo que você precisa saber sobre Psicologia: um livro prático sobre o estudo da mente humana. Editora Gente. São Paulo, 1. ed. 2015.
- MARQUES, Ramiro. O ensino de valores em Kohlberg. Santarém.
- KOLLER, Silvia Helena; BERNARDES, Nara M. G. Desenvolvimento moral pró-social: semelhanças e diferenças entre os modelos teóricos de Eisenberg e Kohlberg. Estud. psicol. Natal, n.2, v.2, Dez, 1997.
- LUCILLE (STIGBERG). KOHLBERG OBTUARY. The Boston Globe, 2018.
- PAPALIA, Diane E. FELDMAN, Ruth Duskin. Parte 5: adolescência. Desenvolvimento Humano. 12a ed. Porto Alegre: AMGH Ed. Ltda, 2013, p.384-449.
- RAVELLA, Gerald Jaya Raj. O pensamento moral em jovens: o juízo moral em Lawrence Kohlberg. Dissertação de Mestrado em Filosofia Política. Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2010.
- SAMPAIO, Leonardo Rodrigues. A psicologia e a educação moral. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 27, n. 4, pág. 584-595, dez de 2007.
- SPINELLI, L. M. Contra uma moralidade das mulheres. Revista ethic@, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, v. 18, n. 2, p. 245-262. Set de 2019.
- VIDIGAL, Sonia Maria Pereira. Formação de personalidade ética: as contribuições de Kohlberg e van Hiele. Dissertação de Mestrado em Educação. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
- WEEKS, Marcus. Se liga na Psicologia. Ilustração Daniela Boraschi. et al; tradução Bruno Alexander. Editora Globo. Rio de Janeiro, 1 ed, 2018.
AutoriaEditar
Verbete criado inicialmente por: Juliana de Azevedo Santos, Kevin Souza dos Santos Silva, Ralfe Viana Costa, como exigência parcial para a disciplina de Psicologia e Desenvolvimento Cognitivo da UFF de Rio das Ostras. Criado em 2021.1. publicado em 2021.1.