Antonio Gomes Penna nasceu em 13 de maio de 1917, na cidade do Rio de Janeiro. Cursou Economia, Direito e Filosofia, além de ter adquirido os títulos de doutor em Psicologia Geral e Psicologia Educacional. Teve uma extensa carreira acadêmica, contabilizando mais de 50 anos de magistério em diversas instituições e disciplinas, desde o ensino primário até a pós-graduação, destacando-se sua atuação como professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sua condecoração como Professor Emérito na mesma instituição. Sua profícua produção bibliográfica conta com mais de 100 artigos publicados e cerca de 30 obras de estrita autoria, a maioria sobre diversos temas da psicologia. Contribuiu principalmente para o desenvolvimento da história da psicologia enquanto uma disciplina acadêmica no Brasil, através de suas aulas, obras e atividades de orientação sobre o tema, além de ter defendido sua inclusão nos cursos de graduação em psicologia. Foi também uma importante figura para a institucionalização da formação em psicologia no Brasil, tendo participado da criação de diversos cursos de graduação e pós-graduação no país, sendo principalmente responsável pela criação do Curso de Psicologia da UFRJ. Faleceu em 08 de setembro de 2010, com 93 anos de idade.

BiografiaEditar

Vida familiarEditar

Antonio Gomes Penna nasceu em 13 de maio de 1917, na cidade do Rio de Janeiro. Sua família é de origem portuguesa e fortemente ligada ao catolicismo, sendo o filho mais novo do segundo casamento de sua mãe, Maria Amélia Campos Penna, com um rico industrialista chamado João Gomes Penna. Foi o mais novo entre cinco irmãos, três irmãos e uma irmã do primeiro casamento de sua mãe e uma irmã do segundo.

A juventude de Penna foi marcada por certo conforto, desde sua infância até o início de sua vida adulta, não havendo maiores necessidades de começar a trabalhar por questões financeiras. O que não o impediu de exercer seu primeiro ofício relativamente cedo — aos 23 anos de idade — e sempre trabalhando de maneira intensa. Enquanto sua mãe desejava que o filho trilhasse a carreira intelectual, seu pai desejava que o sucedesse nos negócios da fábrica, embora nunca tenha deixado de garantir recursos financeiros para que pudesse estudar o que lhe interessava.

Penna casou pela primeira vez em 1942, com uma vizinha do bairro em que morava e também neta do marechal Floriano Peixoto. Desse casamento, nasceram os seus dois filhos, o mais velho chamado Lincoln Abreu Penna e a mais nova Edna Penna, sendo que o primeiro tornou-se historiador e a segunda, psicóloga. O casamento durou 12 anos, chegando ao seu término em 1954. Sua primeira esposa fora diagnosticada com um grave caso de esquizofrenia e, com a separação do casal, Penna ficou responsável pela tutela jurídica dela por vários anos, até o momento em que Lincoln passou a exercer tal função.

Ainda no ano de 1954, morreu o pai de Penna aos 78 anos de idade. Em 1956, também com 78 anos de idade, morreu a sua mãe, da qual sempre fora muito próximo. Por conta de uma cegueira oriunda de um glaucoma, ela sofreu uma queda fatal dentro de casa.

O segundo casamento de Penna ocorreu alguns anos após o término do primeiro, com uma ex-colega da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro). Entretanto, o casamento terminou de maneira abrupta, tendo em vista que sua segunda esposa foi acometida por um câncer de fígado que a matou no intervalo de um mês, mais especificamente no dia 11 de fevereiro de 1958.

Por fim, o terceiro e último casamento de Penna aconteceu em dezembro de 1959, ano em que reencontrou uma antiga aluna que agora era sua colega de trabalho no Instituto de Educação, Marion Merlone dos Santos. O casamento de ambos foi alvo de controvérsias na época, pois se tratava da união conjugal entre um recém-viúvo de 41 anos de idade com uma mulher consideravelmente mais jovem (23 anos de idade), que também acabara de se separar de seu antigo marido. Por conta disso, surgiram propostas de que os dois fossem expulsos da instituição, ou então, que fossem transferidos para evitar o “mau exemplo”. Não obstante esse episódio, o casal teve um longo e duradouro relacionamento de 50 anos, isto é, até a data em que Penna veio a falecer, no dia 8 de setembro de 2010.

Formação acadêmicaEditar

Penna concluiu seus estudos primários e secundários no Instituto La-Fayette, no Rio de Janeiro. Embora não tivesse interesse em seguir os passos do pai no ramo dos negócios, mas ainda querendo atender suas vontades, Penna ingressou na Escola do Comércio aos dezessete anos de idade, um dos primeiros cursos de Economia da cidade do Rio de Janeiro. Posteriormente, ingressou na Faculdade Nacional de Direito da antiga Universidade do Brasil (atual UFRJ), recebendo assim o título de bacharel em Direito em 1944. Em 1945, ingressou no curso de Filosofia da Faculdade Nacional de Filosofia da mesma universidade, participando de uma pequena turma de 4 alunos e graduando-se em 1948, adquirindo o título de licenciado em Filosofia. Foi a sua graduação na Filosofia que o levou a estudar fenomenologia, o método fenomenológico e, inclusive, a se aproximar da psicologia, a qual dedicou-se intensivamente após terminar o curso. Também completou dois doutorados, um em Psicologia Geral e outro em Psicologia Educacional, obtidas pelas livres docências que realizou na Universidade da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro) sobre os respectivos assuntos, a primeira em 1957 e a segunda em 1960.

Atuação profissionalEditar

A carreira profissional de Penna é notoriamente marcada pelo magistério, tendo começado a lecionar em 1940 e aposentado-se compulsoriamente em 1987, quando estava prestes a completar 70 anos de idade. O que não o impediu de dar aulas por mais alguns anos e de continuar a participar de bancas de mestrado e doutorado em diversos estados, para além do Rio de Janeiro. Nesses mais de 50 anos de docência, Penna passou por várias instituições educativas, tanto privadas quanto públicas, desde o ensino primário à pós-graduação, sem contar sua passagem por instituições militares e nas Sociedades de Psicanálise do Rio de Janeiro. Lecionou sobre diversos assuntos nas áreas da Economia, Filosofia, Sociologia, História e Psicologia, sendo esta última a que mais se beneficiou com sua atuação, sobretudo no ensino de história da psicologia, assunto que abordou em sala de aula por mais de 15 anos. Também desempenhou diversas funções administrativas ao longo de sua carreira, e esteve presente na criação de vários programas de pós-graduação em Psicologia. A partir de 1949, tem começo sua extensa produção bibliográfica, que ao todo conta com 53 verbetes na Enciclopédia Mirador Internacional, mais de 100 artigos e cerca 30 livros publicados, muitos dos quais foram elaborados a partir dos conteúdos das aulas que ministrava e dedicados à Psicologia. E a partir da década de 1970, passou a orientar diversas dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Instituto La-Fayette (1942-1947)Editar

Em 1942, Penna começou a trabalhar como professor no Instituto La-Fayette, colégio no qual havia realizado seus estudos primários e secundários. Nessa instituição, ministrou aulas sobre história, psicologia e filosofia, até que em 1944 passou a integrar na condição de assistente o Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, ministrando a partir desse momento a disciplina de Psicologia Geral. Continuou a exercer esse cargo até o ano de 1947, quando se afastou dele.

Colégio Andrews (1949-1957)Editar

Penna também foi professor no Colégio Andrews, desde 1949 até 1957, onde lecionou sobre economia, filosofia, sociologia e psicologia. A pedido do diretor do colégio, ministrou dois cursos para o corpo docente, tendo um deles contado com a presença de Anísio Teixeira. Em 1957, foi convidado para assumir a direção do colégio, mas por motivos de ordem pessoal, recusou o convite. Penna retornou a tal colégio quando houve a criação das classes experimentais, mas apenas permaneceu por um breve período.

Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1949-1967)Editar

Após ter concluído sua graduação em Filosofia, ainda em 1948, Penna recebeu dois convites de professores da própria Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil: um para integrar como assistente da cadeira de História da Filosofia, feito pelo professor Álvaro Vieira Pinto, e outro para integrar como assistente da cadeira de Psicologia, a pedido do professor Nilton Campos. Vale lembrar que, no Brasil, a Psicologia ainda não era uma disciplina autônoma e independente, e que a profissão de psicólogo não havia sido regulamentada até o momento, por isso o curso de Psicologia da antiga Universidade do Brasil estava submetido aos departamentos de Filosofia e de Pedagogia.

Penna aceitou o convite de  Nilton Campos e assumiu a função em 1948, mas como sua nomeação apenas aconteceu em maio de 1949, passou o ano de 1948 sem receber qualquer remuneração por tal ofício. Ele ficou encarregado de dar aulas ao primeiro ano do curso de Psicologia, mas devido aos diversos problemas de saúde de Nilton Campos, acabava lecionando durante os seus três anos de duração. Além disso, Penna lecionou por um ano a disciplina de História da Filosofia, substituindo o professor Álvaro Vieira Pinto quando este tirou licença para exercer atividades docentes no Paraguai.

Passou a integrar o Instituto de Psicologia — que funcionava como um órgão complementar às cadeiras de Psicologia Geral e Psicologia Educacional, submetidas respectivamente aos departamentos de Filosofia e Pedagogia — em 1951 ao ser nomeado pelo seu diretor, Nilton Campos. No mesmo ano, propôs a criação de uma revista científica do próprio instituto, intitulada “Boletim do Instituto de Psicologia”, cuja publicação estendeu-se até 1974. Devido a um erro técnico que ocorreu no primeiro volume, a revista recebeu o título de “Anuário do Instituto de Psicologia”, o que fez com que o Boletim contabilizasse 22 volumes em vez de 23, como deveria ter sido. O Boletim funcionava como um meio para publicar textos dos docentes da Faculdade Nacional de Filosofia e do Instituto de Psicologia, sendo a maioria correspondente ao conteúdo das aulas que ministravam.

Permaneceu no instituto até o ano de 1958, quando pediu demissão após ter sido nomeado professor de Psicologia Educacional no Instituto de Educação, mediante aprovação em concurso. Não obstante, continuou trabalhando como assistente de Nilton Campos desde 1949 até 1963, ano em que este veio a falecer.

Com a morte de Nilton Campos, Penna assumiu interinamente a cátedra que seu mestre ocupava na época, a de Psicologia Geral, e o Instituto de Psicologia também passou a ser dirigido temporariamente por Eliezer Schneider. Juntos, começaram a criar o Curso de Psicologia na Faculdade Nacional de Filosofia, cabendo ao Penna organizá-lo junto dos professores da faculdade e dos psicólogos do instituto.

Em 1964, foram criados tanto o Curso de Psicologia como o Departamento de Psicologia que deveria ministrá-lo, o qual Penna dirigiu — ainda na condição de interino — até 1967, quando ocorreu a extinção da Faculdade Nacional de Filosofia.

A criação do Curso foi marcada por diversos obstáculos, o que incluiu a oposição por parte de psiquiatras e a disponibilização de uma única sala de aula, localizada na sede do próprio Instituto de Psicologia. A princípio, estava prevista a entrada de 40 alunos, mas por conta de medidas judiciais tomadas por candidatos “excedentes” (que foram aprovados, mas excediam as vagas disponíveis) e de um decreto, 120 alunos foram aceitos. Diante desse número muito maior de alunos do que o esperado, e também da falta de espaço físico para acomodá-los, foi necessário alocar uma turma para o período da manhã e outra para o período da tarde, o que não impediu os corredores do instituto de serem utilizados como uma extensão da sala de aula para acomodar os excedentes. A primeira turma do curso contou com a presença de figuras como Luiz Alfredo Garcia-Roza, que veio a ser professor titular de Psicologia Geral da UFRJ, Franco Lo Presti Seminério, futuro diretor do Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), e Marion Merlone dos Santos Penna, esposa de Penna e futura diretora do Instituto de Psicologia da UFRJ (1981-1985).  

Em 1965, Penna prestou concurso para se tornar professor catedrático efetivo de Psicologia Geral da Faculdade Nacional de Filosofia — anteriormente ocupada pelo seu mestre Nilton Campos. Na prova de aula, foi sorteado o tema sobre o método fenomenológico e suas aplicações na psicologia; Na prova prática, foi sorteado o tema sobre “Estudo da memória”; Na prova escrita, foi sorteado o tema “A influência do pensamento de Demócrito na evolução da Psicologia”; Por fim, a tese apresentada por Penna abordava o tema “Percepção e Comportamento Exploratório”. Ele foi aprovado no concurso com uma média superior a 9,50, conquistando assim a cátedra tão desejada em 27 de agosto. Mas com a extinção da Faculdade Nacional de Filosofia em 1967, o seu título de professor catedrático foi substituído pelo de professor titular.

Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1967-1997)Editar

Com a extinção da Faculdade Nacional de Filosofia, o Curso de Psicologia passou a ser dirigido pelo Instituto de Psicologia. Mas como o instituto ainda era um órgão suplementar, ele não atendia aos critérios necessários para exercer as funções de uma faculdade. Assim, Penna atuou como interino na direção do instituto para garantir que tais critérios fossem atendidos, modificando seu regimento, criando uma congregação, organizando os departamentos e, juntamente com sua esposa, professora Marion Merlone dos Santos Penna, organizando a Divisão de Psicologia Aplicada. Além disso, foi nesse período que o Instituto estabeleceu convênios com o Detran e o Colégio Santo Inácio.

Em 1978, Penna foi indicado para se tornar o diretor efetivo do Instituto de Psicologia, função que exerceu até 1981. Durante sua gestão, criou o primeiro programa de pós-graduação do Instituto de Psicologia da UFRJ, o qual teve uma curta duração devido à baixa produção científica de seus participantes.

Em 1987, quando completou 70 anos de idade, Penna teve que se aposentar compulsoriamente pela UFRJ. Logo após sua aposentadoria, em 1988, recebeu o título de Professor Emérito do Instituto de Psicologia da UFRJ, que o permitiu lecionar e exercer atividades de orientação por mais alguns anos em certos programas de pós-graduação do instituto.

Universidade do Estado da Guanabara (1950-1970)Editar

Em 1950, Penna assumiu a cátedra interina de Psicologia Educacional do Departamento de Pedagogia da antiga Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade Estadual do Rio de Janeiro), cujo catedrático efetivo era Lourenço Filho, substituindo-o temporariamente. No mesmo ano, também tomou posse da cátedra interina de Psicologia Geral do Departamento de Filosofia, a qual permaneceu até o ano de sua aposentadoria, em 1970.

Além disso, Penna realizou duas docências livres nessa universidade. A primeira foi feita ao final de 1957, na cátedra de Psicologia Geral, o que concedeu-lhe um doutorado em Psicologia Geral. A segunda foi feita em 1960, na cátedra de Psicologia Educacional, o que concedeu-lhe um doutorado em Psicologia Educacional.

Durante esse período, Penna também ministrou aulas de filosofia para um grupo seleto de alunos em sua própria casa, tais como Luiz Alfredo Garcia-Roza, José Guilherme Merquior, Clauze Ronald de Abreu, Maniusia Mota de Oliveira, Helcio Mendonça e entre outros, muitos dos quais vieram a se tornar professores da UERJ e da UFRJ.

Escolas militares (1953-1968)Editar

Em 1953, Nilton Campos recebeu um convite da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica (ECEMAR) para ministrar um curso sobre Psicologia Aplicada às Forças Armadas. Poucos dias antes do curso começar, pediu a Penna que o substituísse, visto que sua saúde havia piorado. Assim, Penna ministrou o curso em seu lugar, discorrendo sobre temas como liderança, disciplina, seleção, propaganda, e continuou sendo convidado a lecioná-lo até 1968, quando os convites pararam de ser feitos devido a suspeitas de suas supostas ações “subversivas”. Nesse ínterim, Penna desenvolveu o “Manual de Psicologia Aplicada às Forças Armadas”, que se tornou leitura obrigatória na Aeronáutica até 1970. Também foi professor fundador da disciplina Psicologia Aplicada às Forças Armadas na Escola de Aeronáutica no Campo dos Afonsos, o que fez durante dois anos, até que pediu para um ex-aluno assumir o seu lugar.

Além de ter ministrado aulas para a aeronáutica, entre o final da década de 1950 e o início da década de 1960 Penna lecionou diversos cursos para oficiais do exército que visavam exercer a função do ensino, ensinando-lhes sobre psicologia da aprendizagem, psicologia da linguagem, psicologia da percepção etc.

Instituto de Educação (1958-1963)Editar

O Instituto de Educação, fundado por Anísio Teixeira e considerado a primeira escola de nível superior para a formação de professores, contou com a participação de Penna enquanto professor de Psicologia Educacional, entre 1958 a 1963. Em 1964, foi transferido dessa instituição para a recém-criada Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI).

Fundação Getúlio Vargas (1971-1992)Editar

Em 1970, Penna foi convidado pelo diretor do então chamado Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas (ISOP/FGV), Franco Lo Presti Seminério, para participar de uma comissão que criaria um programa de pós-graduação em Psicologia Aplicada. Tal comissão contou com a presença de Eliezer Schneider e seria presidida por Lourenço Filho, mas este faleceu antes das reuniões finalizarem. Em janeiro de 1971, Penna foi nomeado chefe do centro de pós-graduação e coordenador da pós-graduação em Psicologia, coordenando assim os cursos de mestrado e doutorado. Nesse ínterim, a sigla ISOP passou a significar Instituto Superior de Estudos e Pesquisas Psicossociais, ampliando assim o escopo da instituição.

Ao final da década de 1980, o Conselho Superior da Fundação Getúlio Vargas decidiu priorizar a formação e as pesquisas nas áreas da economia e da administração, o que gradualmente levou ao fim dos demais centros de pesquisas, estudos e pós-graduação. Com isso, o ISOP/FGV foi extinto, e a pós-graduação em Psicologia deixou de oferecer disciplinas e aceitar novos estudantes, mas suas atividades tiveram prosseguimento tendo em vista o número de alunos que ainda estavam elaborando suas dissertações e teses. Penna continuou exercendo a direção da pós-graduação em Psicologia, mas que agora estava subordinada à Escola de Administração Pública. Por fim, com a titulação dos últimos alunos da pós-graduação em Psicologia, o curso foi extinto e Penna dispensado da Fundação em novembro de 1992. Em outras palavras, Penna coordenou os cursos de mestrado e doutorado em Psicologia dessa pós-graduação do início ao fim.

Com o desligamento gradual do programa de pós-graduação em psicologia ao final da década de 1980, certos acordos foram estabelecidos entre a própria FGV, a UFRJ e a CAPES. Isso fez com que o programa fosse transferido para o Instituto de Psicologia da UFRJ, onde Penna deu continuidade às suas atividades.

Universidade Gama Filho (1971-1980)Editar

Poucas semanas depois de sua nomeação no ISOP/FGV, Penna foi convidado a ocupar o cargo de Vice-Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Gama Filho, uma das primeiras grandes universidades particulares do Rio de Janeiro que surgiram na década de 1970, devido a expansão do sistema privado no ensino superior. Aceitou o cargo e, posteriormente, também atuou na Direção do Departamento de Psicologia, permanecendo em ambos até 1980. Além disso, foi responsável pela criação e coordenação do programa de mestrado em Psicologia dessa universidade, tendo projetado e colocado em funcionamento o curso de mestrado em Psicologia Educacional e outro em Psicologia Teórica, os quais começaram em 1973 e funcionaram até os primeiros anos da década de 1980.

Outras instituiçõesEditar

Como um dos membros fundadores da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), Penna lecionou a disciplina intitulada “Teoria da Percepção” entre 1964 a 1967, tendo em vista seu profundo conhecimento sobre o assunto, sobretudo pela  Psicologia da Gestalt.

Posteriormente, de 1964 a 1970, Penna ministrou a mesma disciplina no Instituto de Belas Artes e na Escola de Artes Visuais do Estado.

Além disso, Penna teve uma rápida passagem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ para lecionar sobre o mesmo tema.

Conflitos durante a carreira profissionalEditar

Ao longo de sua carreira profissional, Penna vivenciou diversos episódios turbulentos, a maioria devido às repressões que marcaram o período da ditadura militar brasileira (1964-1985).

Os primeiros episódios conflituosos ocorreram antes da ditadura militar, ao final da década de 1940, e teriam sido desencadeados por dois motivos. Em primeiro lugar, Penna estava participando de uma chapa para disputar a direção do Sindicato de Professores, e um dos seus colegas de chapa estava diretamente envolvido com o Partido Comunista. Em segundo lugar, Penna havia assinado um documento protestando contra o fechamento do Partido Comunista, ainda que jamais tivesse sido filiado ao próprio e a qualquer outro partido político em sua vida. Com isso, a chapa inteira foi considerada comunista, fazendo com que seus membros fossem registrados no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Já na época da ditadura militar, em 1968, Penna participou da Passeata dos Cem Mil, uma manifestação popular que se mostrou contrária às práticas ditatoriais do governo, estando também presentes outros professores da UFRJ, incluindo sua esposa. Logo após, houve uma reunião no Colégio André Maurois, onde foi produzido um documento protestando contra as agressões causadas aos estudantes. Penna foi um dos integrantes dessa reunião que assinou o documento, além de ter integrado o grupo de professores que levou tal documento ao Palácio da Cultura, entregando-o diretamente às autoridades do Ministério da Educação. Por causa dessas ações, Penna e seus colegas professores foram fotografados por agentes do DOPS e de outros órgãos de segurança, para serem futuramente investigados.

Ainda em 1968, Penna prestou um concurso para concorrer à vaga de professor titular na cadeira de Psicologia Geral da Universidade da Guanabara. Foi o único candidato do concurso e, com a banca examinadora já formada, estava se preparando para realizar as provas do exame. Entretanto, na semana anterior à realização das provas, recebeu um comunicado de que o concurso havia sido suspenso, sem ser informado dos motivos que levaram à sua suspensão. Aparentemente, o reitor da universidade, irmão de um importante general do exército, recebeu um documento afirmando que Penna não poderia se tornar professor catedrático, tendo em vista a suspeita dos militares de suas ditas atividades “subversivas”. Diante do ocorrido, Penna pediu aposentadoria especial em 1970 para não ter mais contato com essa universidade estadual.

Em 1971, quando Penna foi nomeado chefe do centro de pós-graduação e coordenador dos programas de pós-graduação em Psicologia do ISOP/FGV, o presidente da instituição recebeu um pedido do representante do Ministério da Educação, na época um general, para que sua nomeação fosse desfeita, tendo em vista novamente sua condição de “subversivo”. A situação foi resolvida por um colega do presidente da FGV, que se dirigiu ao Palácio de Cultura para ser entrevistado pelo general. Nesse caso, as acusações dirigidas ao Penna afirmavam que este criticava os militares e que estava sempre conversando com os alunos. Quanto a sua relação com os alunos, foi respondido que se tratava de sua obrigação devido aos cargos que desempenhava; quanto aos militares, coube também ao próprio general investigar mais a fundo. Não obstante esse episódio, Penna foi nomeado e continuou a exercer os cargos supracitados até novembro de 1992.

Tal como ocorreu com sua nomeação para os cargos do ISOP/FGV, situação similar aconteceu quando Penna foi nomeado para desempenhar cargos de direção na Universidade Gama Filho, no mesmo ano. Um documento idêntico que fora enviado para o ISOP/FGV também foi recebido pelo fundador da universidade, que decidiu manter a nomeação de Penna mediante a um termo de responsabilidade.

Além dos casos supracitados, a carreira acadêmica de Penna encontrou obstáculos durante sua trajetória no Instituto de Psicologia da UFRJ, abarcando o período em que também exerceu interinamente a função de diretor do instituto, marcado por ameaças de aposentadoria e punições.

Uma primeira punição foi decorrente de uma greve estudantil contra um professor do instituto. A greve realizada por duas turmas foi ocasionada por uma insatisfação diante da qualidade das aulas ministradas pelo dito, que estavam exigindo uma qualidade melhor de ensino. Diante disso, Penna convocou uma reunião que contou com a presença desse professor, na qual foi descoberta que este jamais havia redigido o programa da disciplina e que não havia conhecimento dos textos clássicos sobre o assunto, embasando as aulas em sua própria experiência profissional. Não obstante, o professor exigiu que os alunos fossem punidos, insistindo que a greve era de tom estritamente político. Penna tentou encontrar uma solução amistosa junto aos alunos com que tinha maior proximidade, para evitar que o movimento fosse interpretado dessa forma e, consequentemente, as punições advindas. Penna não teve sucesso, visto que o professor em questão foi nomeado vice-diretor do instituto, impossibilitando-o de buscar a solução que desejava. Algum tempo depois, Penna foi punido por não ter aplicado punições aos grevistas, o que foi considerado falta de cumprimento de suas obrigações, e diversos alunos foram expulsos da UFRJ. Em virtude da punição que sofreu, Penna foi chamado ao DOPS para justificar os motivos que o levaram a não punir os grevistas.

Posteriormente, uma segunda punição foi decorrente de uma acusação anônima, afirmando que Penna faltava muitas das aulas que deveria lecionar. Como punição, Penna teve sua carga horária de 24 horas reduzida para 12 horas, acarretando em perdas salariais.

Uma terceira punição ocorreu em 1970, devido ao tema da redação escolhido para compor o vestibular do Instituto de Psicologia da UFRJ. Penna havia sido indicado para coordenar o vestibular do Instituto, e uma banca foi formada para aperfeiçoar a prova de português. A banca decidiu que o tema da redação daquele ano seria o questionamento proferido pelo Papa João XXIII (“Para onde caminha a humanidade?”), acompanhado de nomes de personagens e episódios históricos para causar reflexões aos vestibulandos (como Che Guevara, Martin Luther King, o poder negro etc). Por conta disso, o teor da prova foi considerado “subversivo”, sendo Penna acusado de ter permitido sua realização. A punição sofrida por Penna foi escolhida pelos seus colegas de trabalho da UFRJ.

Mais um episódio conflituoso aconteceu no período em que Penna assumiu interinamente a direção do Instituto de Psicologia, quando permitiu a realização de uma assembleia estudantil no auditório do próprio Instituto. Logo após esse evento, foi aberta uma Comissão de Inquérito, na qual foi convocado para prestar depoimentos sobre o ocorrido. O presidente da comissão exigiu que Penna identificasse os alunos envolvidos, pedindo-lhe que informasse nomes, mas este afirmou que não conhecia nenhum dos envolvidos e que a assembleia tinha apenas como objetivo discutir problemas de infraestrutura da universidade.

Em 1973, Penna foi convocado ao Palácio da Cultura para responder um processo quanto às suas atividades "subversivas", cujo andamento poderia levar à sua aposentadoria. Lá, ouviu as diversas acusações que foram registradas pelos órgãos de segurança, as quais poderia contestar. Dentre elas, estavam suspeitas sobre o prestígio que tinha em relação aos seus colegas do Instituto de Psicologia; suas muitas conversas com estudantes, que seriam provas de doutrinação ideológica; a filiação de seu filho ao Partido Comunista, que por extensão, o tornaria também um comunista; pregações de um marxismo disfarçado, através das aulas que lecionava sobre gestaltismo e fenomenologia; e que falaria mal dos militares. Além disso, foi trazido à tona o documento que assinou no Colégio André Maurois, logo após a Passeata dos Cem Mil, protestando contra a violência que os militares exerceram sob os estudantes. As acusações foram refutadas através de diversos atestados concedidos por amigos do professor.

ContribuiçõesEditar

História da psicologia no BrasilEditar

Pode-se afirmar que Penna é um dos primeiros acadêmicos do Brasil que se interessou pela história da psicologia, não tendo apenas lecionado extensivamente sobre o assunto, como também publicou obras inteiras dedicadas ao tema já nas décadas de 1970 e 1980, o que contribuiu para o desenvolvimento da disciplina no país. Suas principais obras sobre o assunto são “Introdução à história da psicologia contemporânea”, de 1978, e “História das idéias psicológicas”, de 1981. Tais livros demonstram a preocupação de Penna com o passado da Psicologia, notórios por trazer uma visão interdisciplinar sobre a formação do campo enquanto disciplina científica, e foram objetos de comentário tanto no interior do país quanto no exterior. Além disso, são obras que se tornaram referências de importante consulta nos principais centros acadêmicos do Brasil, tanto para estudantes, professores e pesquisadores.

Assim como foi um dos primeiros brasileiros a se interessar pela história da psicologia de maneira geral, Penna também foi um dos primeiros a se debruçar sobre a história da psicologia brasileira, estudando o surgimento da psicologia no Rio de Janeiro e resgatando seus principais personagens. Nesse sentido, publicou diversos trabalhos sobre contribuições específicas de certos autores, assim como, em 1992, publicou o livro “História da psicologia no Rio de Janeiro”, que relata a história do Instituto de Psicologia da UFRJ e evidencia as contribuições de diversas figuras importantes para o desenvolvimento da psicologia brasileira, como Manoel Bomfim, Plínio Olinto, Lourenço Filho, Nilton Campos, Maurício de Medeiros etc.

Para além de suas obras sobre história da psicologia, Penna foi um dos organizadores do primeiro seminário de história da psicologia na América Latina, que ocorreu nos dias 11 e 12 de abril de 1988. O evento recebeu patrocínio de importantes instituições, como do Instituto Superior de Estudos e Pesquisas Psicossociais, que pertencia à Fundação Getúlio Vargas, da Associação Brasileira de Psicologia (ABP) e da Associação Brasileira de Psicologia Aplicada (ABPA). O seminário teve como objetivo estudar figuras importantes no desenvolvimento da psicologia na América Latina, e contou com a participação de conferencistas estrangeiros, desde outros países da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa. Além disso, Penna apresentou um trabalho sobre as contribuições de Nilton Campos.

Vale acrescentar que Penna foi um grande defensor do ensino da história da psicologia, defendendo a inclusão desta disciplina nos currículos dos cursos de graduação em psicologia desde 1964, quando organizou o Curso de Psicologia da antiga Faculdade Nacional de Filosofia (atual UFRJ). Além disso, o professor também contribuiu para o surgimento de muitas produções acadêmicas sobre a história da psicologia, seja através de suas aulas, obras e orientações.  

Institucionalização da formação em psicologia no BrasilEditar

A institucionalização da psicologia brasileira ocorreu a partir de 1962, quando houve a promulgação da Lei 4.119, que dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. Penna foi uma das figuras que contribuiu diretamente para a efetivação dessa lei por meio de inúmeras ações. Como através da organização e criação do Curso de Psicologia da Faculdade Nacional de Filosofia (1964) e na sua posterior migração para o Instituto de Psicologia da UFRJ (1967); suas colaborações na criação de outros cursos de psicologia no Rio de Janeiro; as viagens que realizou para outras regiões do país para aprovar cursos de psicologia, a pedido do Ministério da Educação; além de ter sido coordenador da pós-graduação em psicologia no ISOP/FGV (1971-1992) e organizado a pós-graduação em psicologia da Universidade Gama Filho.

Cronologia biográficaEditar

  • 1917: Nascimento de Antonio Gomes Penna no dia 17 de maio.
  • 1934: Ingressa na Escola do Comércio, um dos primeiros cursos de Economia do Rio de Janeiro.
  • 1940: Começa a trabalhar como professor, lecionando História da Economia.
  • 1942: Primeiro casamento. Começa a trabalhar no Instituto La-Fayette lecionando sobre história, psicologia e filosofia.
  • 1944: Finaliza a graduação na Faculdade Nacional de Direito da antiga Universidade do Brasil (atual UFRJ), obtendo o bacharelado em Direito. Torna-se assistente no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto La-Fayette, onde leciona Psicologia Geral.
  • 1945: Começa sua terceira graduação, desta vez no curso de Filosofia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.
  • 1946 ou 1947: Encerra suas atividades docentes no Instituto La-Fayette.
  • 1948: Finaliza a graduação em Filosofia. Aceita o convite de Nilton Campos para se tornar o seu assistente.
  • 1949: Começa a trabalhar no Colégio Andrews, onde lecionou sobre filosofia, sociologia, economia e psicologia. No mês de maio, é oficializada sua nomeação como assistente de Nilton Campos.
  • 1950: Assume na condição de interino a cátedra de Psicologia Educacional da antiga Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ), substituindo Lourenço Filho temporariamente. Também assume na condição de interino a cátedra de Psicologia Geral dessa mesma universidade.
  • 1951: É nomeado por Nilton Campos para integrar o Instituto de Psicologia da antiga Universidade do Brasil. Propõe a criação de uma revista científica do próprio instituto, intitulada “Boletim do Instituto de Psicologia”. Publicação do primeiro volume dessa revista, excepcionalmente nomeada “Anuário do Instituto de Psicologia”.
  • 1953: Começa a ministrar um curso sobre Psicologia Aplicada às Forças Armadas na Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica (ECEMAR).
  • 1954: Falecimento do pai, João Gomes Penna.
  • 1956: Falecimento da mãe, Maria Amélia Campos Penna, ao sofrer uma queda fatal em casa.
  • 1957: Realiza sua primeira livre docência em Psicologia Geral na Universidade da Guanabara, adquirindo o título de doutor na área. É convidado para assumir a direção do Colégio Andrews, mas recusa o convite. Encerra suas atividades docentes em tal colégio.
  • 1958: Falecimento da segunda esposa de Penna, no dia 11 de fevereiro. Pede demissão do Instituto de Psicologia da Universidade do Brasil, tendo em vista sua nomeação como professor de Psicologia Educacional no Instituto de Educação.
  • 1959: Terceiro casamento de Penna em dezembro, com Marion Merlone dos Santos Penna .
  • 1960: Realiza sua segunda livre docência em Psicologia Educacional na Universidade da Guanabara, adquirindo o título de doutor na área.
  • 1963: Falecimento de Nilton Campos. Com isso, assume interinamente a cátedra ocupada pelo mestre, a de Psicologia Geral da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Último ano de sua atuação docente no Instituto de Educação.
  • 1964: Junto de Eliezer Schneider, organizam e criam o Curso de Psicologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e o Departamento de Psicologia que deveria ministrá-lo, o qual Penna assume a direção na condição de interino. É transferido do Instituto de Educação para a recém-criada Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), onde leciona como professor fundador a disciplina Teoria da Percepção.
  • 1965: Torna-se professor catedrático de Psicologia Geral da Universidade do Brasil.
  • 1966: Publicação de seu primeiro livro, “Percepção e Aprendizagem”.
  • 1967: Extinção da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Com isso, Penna deixa de assumir a direção do Departamento de Psicologia e o Curso de Psicologia passa a ser dirigido pelo Instituto de Psicologia, o qual assume interinamente sua direção. Fim de suas atividades docentes na ESDI.
  • 1968: Participa da Passeata dos Cem Mil. Fim de suas atividades docentes na ECEMAR, por suspeitas de suas atitudes “subversivas”. Presta concurso para concorrer à vaga de professor titular na cátedra de Psicologia Geral da Universidade da Guanabara,  que acaba sendo suspenso na semana anterior à realização das provas, mesmo sendo candidato único e apresentado uma tese que fora previamente aceita. Publicação da obra “Percepção e Realidade: Introdução ao Estudo da Atividade Perceptiva”.
  • 1970: É convidado por Franco Lo Presti Seminério, diretor do Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas (ISOP/FGV), para participar de uma comissão responsável pela criação de um programa de pós-graduação em Psicologia Aplicada. É punido pelos militares por ter permitido a realização do vestibular do Instituto de Psicologia da UFRJ com conteúdo “subverviso”. Aposenta-se da Universidade da Guanabara, em virtude do cancelamento do concurso que prestou para a cátedra de Psicologia Geral. Publicação da obra “Comunicação e Linguagem”.
  • 1971: No mês de janeiro, é nomeado chefe do centro de pós-graduação e coordenador da pós-graduação em Psicologia do ISOP/FGV; tentativa por parte dos militares de suspender sua nomeação, mas sem êxito. Poucas semanas depois da nomeação, é convidado para ocupar o cargo de Vice-Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Gama Filho; mais uma tentativa sem êxito por parte dos militares de impedir sua nomeação na Universidade Gama Filho.
  • 1973: Coordena o programa de mestrado em Psicologia da Universidade Gama Filho, do qual participou da criação. É convocado ao Palácio da Cultura para responder um processo quanto às suas atividades “subversivas”; as acusações recebidas foram refutadas por meio de diversos atestados concedidos por amigos do professor.
  • 1974: Publicação do último volume do “Boletim do Instituto de Psicologia”.
  • 1975: Publicação da obra “Motivação e Emoção”.
  • 1976: Publicação da obra “Linguagem, Personalidade e Terapia”.
  • 1978: Torna-se diretor efetivo do Instituto de Psicologia da UFRJ. Publicação da obra “Introdução à História da Psicologia Contemporânea".
  • 1980: Publicação das obras “História das Ideias Psicológicas” e “Aprendizagem e Motivação”.
  • 1981: Encerra suas atividades como diretor efetivo do Instituto de Psicologia da UFRJ.
  • 1984: Publicação da obra “Introdução à Psicologia Cognitiva”.
  • 1987: Aposenta-se compulsoriamente da UFRJ, quando estava prestes a completar 70 anos de idade. Publicação da obra “Cognitivismo, Consciência e Comportamento Político”.
  • 1988: Nos dias 11 e 12 de abril, ocorre o primeiro seminário de história da psicologia na América Latina, sendo um dos responsáveis por sua organização e onde apresenta um trabalho sobre as contribuições de Nilton Campos para a psicologia. Recebe o título de Professor Emérito do Instituto de Psicologia da UFRJ, permitindo-o lecionar e exercer atividades de orientação no programa de pós-graduação dessa instituição. Publicação da obra “Psicologia e História”.
  • 1990: Publicação da obra “Filosofia da Mente: Introdução ao Estudo Crítico da Psicologia”.
  • 1992: Publicação das obras “História da Psicologia” e “História da Psicologia no Rio de Janeiro”. No mês de novembro, é dispensado da FGV, em virtude da extinção da pós-graduação em Psicologia dessa instituição.
  • 1994: Publicação da obra “Freud, as Ciências Sociais e a Filosofia”.
  • 1995: Publicação da obra “Introdução à Psicologia Política”.
  • 1997: Publicação da obra “Repensando a Psicologia”.
  • 1999: Publicação das obras “Em Busca de Deus: Introdução à Filosofia da Religião" e “Introdução à Filosofia da Moral”.
  • 2000: Publicação das obras “Introdução à Epistemologia” e “Introdução ao Gestaltismo”.
  • 2001: Publicação das obras “Introdução à Psicologia Fenomenológica", "Introdução à Psicologia Genética de Piaget”, “Introdução à Aprendizagem e Memória” e “Introdução à Motivação e Emoção”.
  • 2003: Publicação da obra “Introdução à Psicologia da Linguagem e do Pensamento”.
  • 2004: Publicação das obras “Introdução à Psicologia do Século XX” e “Introdução à Antropologia Filosófica”.
  • 2006: Publicação da obra “Os Filósofos e a Psicologia”.
  • 2010: Falece aos 93 anos de idade, no dia 08 de setembro.

Discípulos/seguidores/quem influenciouEditar

Durante sua extensa trajetória acadêmica, Penna influenciou diretamente diversos alunos e/ou orientandos, muitos dos quais vieram a se tornar professores acadêmicos e prestaram-lhe as mais elogiosas homenagens, como por exemplo: Arthur Arruda Leal Ferreira, professor titular do Instituto de Psicologia da UFRJ; Virginia Kastrup, professora titular do Instituto de Psicologia da UFRJ; Maria Lucia Seidl de Moura, professora titular do Instituto de Psicologia da UERJ; Eduardo Henrique Passos Pereira, professor titular do Instituto de Psicologia da UFF; Angélica Bastos de Freitas Rachid Grimberg, professora do Instituto de Psicologia da UFRJ; Helmuth Ricardo Krüger, professor titular da Universidade Católica de Petrópolis; Marcia Oliveira Moraes, professora titular do Departamento de Psicologia da UFF; Luiz Alfredo Garcia-Roza, que foi professor emérito da UFRJ; Nelson Antônio Alves Lucero, professor associado da UFES. E outros acadêmicos, além de prestarem homenagens, intitularam-se discípulos do professor.

A título de exemplo, Luís Cláudio Mendonça Figueiredo, psicanalista, professor aposentado da USP e professor da PUC-SP, foi aluno de Penna entre 1965 e 1968, fazendo parte da segunda turma do recém criado Curso de Psicologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Ao final do terceiro ano do curso, foi convidado pelo próprio professor para se tornar o seu assistente quando terminasse o bacharelado, mas por motivos de outra ordem, isso não aconteceu. Não obstante a distância geográfica, visto que Figueiredo continuou sua vida acadêmica e profissional além do Rio de Janeiro, os dois jamais perderam o contato pessoal e intelectual. Dito isso, Figueiredo dedicou inteiramente sua obra “Matrizes do pensamento psicológico” ao Penna como um gesto de retribuição por tudo que aprendeu com o professor, e em todos concursos que prestou na USP, fez questão de tê-lo como presença obrigatória nas bancas, pois considerava pertencer a mesma tradição de pensamento do seu mestre, em outras palavras, um de seus herdeiros.

Obras/fundaçõesEditar

LivrosEditar

  1. Percepção e Aprendizagem. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1966.
  2. Percepção e Realidade: Introdução ao Estudo da Atividade Perceptiva. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1968.
  3. Comunicação e Linguagem. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1970.
  4. Motivação e Emoção. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1975.
  5. Introdução à História da Psicologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
  6. Linguagem, Personalidade e Terapia. Rio de Janeiro: Eldorado, 1976.
  7. Aprendizagem e Motivação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.
  8. História das Ideias Psicológicas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980.
  9. Introdução à Psicologia Cognitiva. São Paulo: EPU, 1984.
  10. Cognitivismo, Consciência e Comportamento Político. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987.
  11. Psicologia e História. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988.
  12. Filosofia da Mente: Introdução ao Estudo Crítico da Psicologia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1990.
  13. História da Psicologia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1992.
  14. História da Psicologia no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1992.
  15. Freud, as Ciências Sociais e a Filosofia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1994.
  16. Introdução à Psicologia Política. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1995.
  17. Repensando a Psicologia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1997.
  18. Em Busca de Deus: Introdução à Filosofia da Religião. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1999.
  19. Introdução à Filosofia da Moral. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1999.
  20. Introdução à Epistemologia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2000.
  21. Introdução ao Gestaltismo. Rio de Janeiro: Imago Editora RJ, 2000.
  22. Introdução à Psicologia Fenomenológica. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001.
  23. Introdução à Psicologia Genética de Piaget. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001.
  24. Introdução à Aprendizagem e Memória. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001.
  25. Introdução à Motivação e Emoção. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2001.
  26. Introdução à Psicologia da Linguagem e do Pensamento. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2003.
  27. Introdução à Psicologia do Século XX. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2004.
  28. Introdução à Antropologia Filosófica. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2004.
  29. Os Filósofos e a Psicologia. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2006.

Prêmios e reconhecimentosEditar

  • Condecoração com a Medalha Santos Dumont, devido aos serviços prestados na Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica (ECEMAR).
  • Condecoração com a Medalha Pedro Ernesto, devido às suas contribuições docentes na cidade do Rio de Janeiro. Recebida na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
  • Título de Professor Emérito do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP-UFRJ), em 1988.
  • Inauguração do Centro de Estudos Antonio Gomes Penna no IP-UFRJ.
  • Homenagem aos 90 anos, pelo Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.

Relação com outros personagens ou teoriasEditar

Waclaw RadeckiEditar

Ainda que Penna jamais tivesse encontrado Radecki em pessoa, o professor considerava ter uma dívida intelectual com esta figura da psicologia. Uma dívida que não veio necessariamente do fato de ter sido discípulo de dois alunos do Radecki, no caso, Jaymes Grabois e Nilton Campos, visto que ambos comentavam pouco sobre as ideias do polonês e falavam mais sobre aspectos anedóticos e pessoais da figura em si. De todo modo, Penna comenta como uma versão resumida do “Tratado de Psicologia” do Radecki, a qual encontrou em uma livraria de livros usados no Rio de Janeiro, o fez reler tal obra inúmeras vezes ao longo de sua vida, inclusive, consultando-a novamente anos após sua aposentadoria compulsória pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em uma de suas releituras da obra de Radecki, tentou compreender um conceito tanto obscuro utilizado pelo autor, o “discriminacionismo afetivo”, através da leitura cruzada sobre suas ideias acerca da discriminação perceptiva e da afetividade.

Nilton CamposEditar

Nilton Campos é mais uma figura a qual Penna afirmou estar em débito, ao ponto de dizer que devia sua cátedra conquistada em 1965 ao mestre. Penna fora aluno de Nilton em 1944, tanto no curso de Direito como no de Economia, e também quando cursou Filosofia na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Já em 1948, logo após ter concluído sua graduação em Filosofia, foi convidado por Nilton para ser o seu assistente na cátedra de Psicologia do curso, dando início a uma longa e proveitosa relação de trabalho que durou até 1963.

Nilton foi um psiquiatra cujos interesses intelectuais estavam mais próximos da psicologia e da filosofia, tendo pouco contato com a prática clínica propriamente dita. Sua carreira foi bastante voltada à docência de aspectos teóricos da psicologia e do próprio campo da filosofia. Com algumas ressalvas, seu perfil intelectual é considerado um tanto próximo ao de Penna, e ambos compartilhavam um grande interesse pela psicologia fenomenológica e pelo gestaltismo.

Devido a diversos problemas de saúde do Nilton, Penna ficou encarregado de dar um número consideravelmente maior de aulas do que se esperava de um assistente — a princípio, ele deveria dar o primeiro ano do curso, mas por vezes lecionava durante os três anos de sua duração —, e também precisava auxiliar o seu mestre com situações cotidianas, como dar-lhe uma carona para casa após o expediente de trabalho, pois o psiquiatra não conseguia andar sozinho pela cidade sem ser acompanhado, inclusive para atravessar ruas.

Em 1948, Nilton assumiu a direção do Instituto de Psicologia da Universidade do Brasil, e em 1951, Penna foi nomeado para colaborar no Instituto. Dessa forma, os dois também trabalharam juntos no Instituto de Psicologia até 1958, ano em que Penna pediu demissão após sua nomeação como professor de Psicologia Educacional no Instituto de Psicologia.  Ainda em 1951, Penna sugeriu a Nilton a criação de uma revista científica do próprio Instituto, cuja primeira publicação saiu no mesmo ano e foi idealizada como “Boletim do Instituto de Psicologia”, estendendo-se até 1974.

Em 1953, Nilton recebeu um convite da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica (ECEMAR) para ministrar um curso sobre Psicologia Aplicada às Forças Armadas. Novamente, por questões de saúde, não se sentiu bem o suficiente para lecionar o curso, e pediu a Penna que o substituísse. Assim, Penna ministrou o curso em seu lugar e continuou a lecioná-lo até 1968.

Com a morte de Nilton em 1963, Penna assumiu interinamente a cátedra de Psicologia Geral da Universidade do Brasil, que fora conquistada pelo seu mestre em 1948. Além disso, apresentou diversos trabalhos sobre as contribuições de Nilton Campos para a psicologia brasileira, dedicando-lhe boas páginas em sua obra “História da Psicologia no Rio de Janeiro”, de 1992.

Lourenço FilhoEditar

Outra figura com a qual Penna se sentiu endividado, Lourenço Filho foi responsável pela organização e direção do Instituto de Educação, onde Penna trabalhou como professor de Psicologia Educacional entre 1958 a 1963. Além disso, Lourenço Filho foi professor catedrático efetivo de Psicologia Educacional na Universidade da Guanabara (atual UERJ), onde Penna atuou como professor interino na mesma cátedra para substituí-lo temporariamente a partir de 1950.

Penna participou de uma reunião que contou com a presença de professores de São Paulo e do Rio de Janeiro para discutir a regulamentação da profissão de psicólogo e da formação em psicologia, a qual se deu sob a direção de Lourenço Filho.

Além disso, Lourenço Filho foi responsável por indicar o nome de Penna ao Itamaraty para fundar, organizar e dirigir uma Faculdade de Filosofia no Paraguai, mais especificamente em Assunção, e assumiria também a cátedra de Psicologia da instituição. Penna rejeitou o convite por motivos familiares, e repassou a proposta para um de seus ex-alunos.

Lourenço Filho também o convidou para assumir a presidência da Associação Brasileira de Psicologia Aplicada — a qual fundou junto de Myra y López —, tendo em vista o fim do mandato do antigo presidente, Padre Benko; assim, Penna presidiu tal Sociedade por dois anos. E pouco antes de falecer, aceitou o convite de Penna para prefaciar sua obra “Comunicação e Linguagem”, de 1970.

Ainda em 1970, Penna foi convidado pela direção do Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas (ISOP/FGV) para participar de uma comissão responsável por criar um programa de pós-graduação em Psicologia Aplicada, comissão esta que seria presidida por Lourenço Filho. Entretanto, com a morte de Lourenço Filho no dia 03 de agosto do mesmo ano, as reuniões prosseguiram sem a participação do mestre e com ninguém ocupando sua função original, o que foi decidido por unanimidade pela comissão.

Após sua morte, Penna também dedicou ao mestre boas páginas no seu livro “História da Psicologia no Rio de Janeiro”, de 1992, e voltou a escrever sobre ele na saudosa obra “Lourenço Filho - Outros aspectos, mesma obra”, de 1997, organizada pelo professor Carlos Monarcha.

Maurilio Teixeira Leite PenidoEditar

Penna considera o padre Penido um dos professores mais importantes de sua formação, em suas palavras, “[...] a maior cabeça filosófica que o Brasil já teve [...]”, com quem efetivamente aprendeu a pensar (PENNA, 2004, p. 5). Ele foi um de seus professores na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Também foi professor da Universidade de Friburgo, na Suíça, onde lecionou sobre psicologia da religião, além de ser considerado um importante teólogo que publicou diversas obras na Europa durante a década de 1930. Penna dedicou algumas de suas próprias obras ao mestre, como “História das ideias psicológicas”, de 1991, e a mais expressiva de sua relação intelectual com o padre, “Em Busca de Deus: Introdução à Filosofia da Religião”, de 1999.

David José PerezEditar

Perez foi professor de Economia Política quando Penna cursou Economia, curso que começou aos 17 anos de idade. Suas aulas, consideradas brilhantes e muito variadas, causaram-lhe uma forte impressão, de tal forma que o influenciou a seguir os passos do professor. Assim, Penna iniciou suas atividades docentes seis anos depois, quando já havia terminado o curso de Economia, lecionando sobre História da Economia durante cinco anos.

Eliezer SchneiderEditar

Eliezer Schneider foi colega de trabalho e um querido amigo de Penna. Eles se conheceram na década de 1940, e tornaram-se amigos mais próximos quando trabalharam juntos no Instituto de Psicologia, na época em que era apenas um órgão suplementar da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Logo na primeira edição do “Boletim do Instituto de Psicologia”, nomeado excepcionalmente “Anuário do Instituto”, os textos de Penna e Schneider ocuparam mais de 50% das páginas da publicação.

Com a morte de Nilton Campos em 1963, Schneider ocupou interinamente a direção do Instituto de Psicologia e Penna ocupou interinamente a cátedra de Psicologia Geral. Nesse ínterim, foram encontrados nas gavetas do antigo diretor esboços de um projeto de criação do Curso de Psicologia na Faculdade Nacional de Filosofia. Assim, ambos começaram a planejar a criação do Curso de Psicologia da Faculdade Nacional de Filosofia (atual Curso de Psicologia do Instituto de Psicologia da UFRJ), marcada pela forte oposição de psiquiatras e por questões burocráticas, que se sucedeu em 1964.

Schneider e Penna também vivenciaram juntos diversos episódios turbulentos durante a ditadura militar, sofrendo ameaças e punições pelas suas atividades “subversivas” desempenhadas na UFRJ, por exemplo. No caso de Schneider, seu explícito posicionamento político e seu envolvimento em atividades de militância da esquerda, como sua participação na Juventude Comunista, tornaram-no alvo de perseguição pela ditadura.

Já em 1970, os dois estiveram juntos na comissão responsável pela criação de um programa de pós-graduação em Psicologia Aplicada na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ver tambémEditar

Boletim do Portal História da PsicologiaEditar

Este verbete está publicado também no Boletim do Portal História da Psicologia 2, e pode ser acessado aqui

ReferênciasEditar

  1. BROZEK, J; LÉON, R. Recentes desenvolvimentos na historiografia da psicologia no Brasil. In: BROZEK, J; MASSIMI, M (orgs). Historiografia da psicologia moderna: versão brasileira. São Paulo: Unimarco; Loyola, 1998. p. 223-228.
  2. BROZEK, J. Brasiliana: o final da década de 1980. In: BROZEK, J;  MASSIMI, M (orgs). Historiografia da psicologia moderna: versão brasileira. São Paulo: Unimarco; Loyola, 1998. p. 229-235.
  3. FERREIRA, A. A. L. Antônio Gomes Penna: estudante incondicional, cartógrafo e olheiro (ou como se contagiar com um desejo profuso). Mnemosine, v. 3, n. 1, p. 210-222, 2007. Acesso em: 14 fev. 2023.
  4. FERREIRA, A. A. L. & PENNA, M. M. S. (Orgs). Antonio Gomes Penna: Convivências, Histórias e Memórias. Rio de Janeiro: Nau, 2015.
  5. FIGUEIREDO, Luís Cláudio. Antonio Gomes Penna: razão e história. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
  6. FONSECA, Luiz Eduardo Prado. Os (Des)caminhos da Psicologia no século XX: Um estudo sobre a história do Instituto de Psicologia da UFRJ. Tese de Doutorado (História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia) – Programa de Pós-Graduação em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2020.
  7. GREGOL, E; DELMONDES, G. F. S; MIRANDA, R. L. Percorrendo a trajetória de um pioneiro. Memorandum, 31, p. 313-316, 2016. Acesso em: 14 fev. 2023.
  8. JACÓ-VILELA, A. M. Antonio Gomes Penna: psicologia, história e filosofia em uma trajetória dedicada ao ensino. Memorandum: Memória e História em Psicologia, [S. l.], v. 19, p. 239–248, 2010. Acesso em: 14 fev. 2023.
  9. KRÜGER, Helmuth. Contribuição de Antonio Gomes Penna para a História da Psicologia. In: GUEDES, Maria do Carmo (org.). Historiografia e história da psicologia. São Paulo: EDUC, 1998. p. 51-61. Acesso em: 14 fev. 2023.
  10. KRÜGER, Helmuth. Antonio Gomes Penna. Psicologia: Ciência e Profissão. 21 (1), p. 97–97, 2001. Acesso em: 13 fev. 2023.
  11. PENNA, A. G. Entrevista Antonio Gomes Penna. Estudos de Psicologia (Natal), 2 (1), 109-134, 1997. Acesso em: 13 fev. 2023
  12. PENNA, A. G. Minha caminhada na psicologia. Mnemosine, v. 1, n. 0, p. 3-18, 2004. Acesso em: 13 fev. 2023.

Links externosEditar

  1. Vídeo do Conselho Federal de Psicologia sobre Antonio Gomes Penna, contando com sua participação
  2. Nota de pesar do Conselho Federal de Psicologia pelo falecimento de Antonio Gomes Penna
  3. Entrevista com Antonio Gomes Penna para o Colégio Andrews
  4. Entrevista com Marion Merlone dos Santos Penna para o Colégio Andrews
  5. Curriculum Vitae de Arthur Arruda Leal Ferreira
  6. Curriculum Vitae de Virginia Kastrup
  7. Curriculum Vitae de Maria Lucia Seidl de Moura
  8. Curriculum Vitae de Eduardo Henrique Passos Pereira
  9. Curriculum Vitae de Angélica de Bastos de Freitas Rachid Grimberg
  10. Curriculum Vitae de Helmuth Ricardo Krüger
  11. Curriculum Vitae de Marcia Oliveira Moraes
  12. Curriculum Vitae de Nelson Antônio Alves Lucero
  13. Curriculum Vitae de Luís Cláudio Mendonça Figueiredo

AutoriaEditar

Verbete criado originalmente por Gunther Mafra Guimarães, durante o período em que foi bolsista de extensão tecnológica pela Agência de Inovação da Universidade Federal Fluminense (AGIR), tendo assim recebido financiamento para sua criação. Criado em 2023.1, publicado em 2023.1.

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